Júlio do Sindicato, Andresa Furini e Dr. Maurício são candidatos declarados
Após as Eleições e a definição do quadro político de Batatais para os próximos 4 anos, aguarda-se agora a escolha por parte do executivo dos secretários municipais que estarão à frente de cada uma das pastas da gestão pública, bem como a definição de quem será o presidente da Câmara Municipal. No caso do Poder Legislativo a escolha é por votação entre os 15 eleitos, o que sempre ocorre após cerimônia de posse no dia 1º de janeiro. Nesta semana entramos em contato com alguns vereadores eleitos para saber como estão as conversações e quais os nomes apresentados para a disputa da cadeira.
A Vereadora Marilda de Fátima Covas, eleita pelo PSDB, disse que a escolha da presidência da Câmara deve passar por análises dos cenários que podem ser montados, tendo em vista a sua composição. “Os vereadores eleitos e que não fizeram parte da coligação do Prefeito eleito, farão oposição sistemática? O grupo de vereadores eleitos em coligação com o Prefeito, garantem a maioria necessária para a aprovação de projetos importantes para o cumprimento do plano de governo apresentado? Os vereadores que se apresentam para a disputa, conhecem o funcionamento da Casa e estão preparados para assumir a responsabilidade que tal cargo exige? Lembremos que, o presidente da Câmara, é o segundo na sucessão do prefeito, caso isto seja necessário. A escolha da presidência da Câmara acontecerá no dia 1º de janeiro de 2021 e, até lá, muitos diálogos deverão ocorrer, pelo menos é isto que esperamos. A presidência da Câmara, mais que uma questão pessoal, deve ser entendida e trabalhada, também, como uma estratégia de governo. Devemos buscar uma convergência dos pontos elencados e, em consenso, escolhermos o/a presidente da Câmara, para o biênio 2021/2022”, informou.
O Vereador reeleito Wladimir Ferraz de Menezes, do MDB, lembrou que o presidente da Câmara deve ter um pouco de conhecimento do Regimento Interno, da Lei Orgânica do Município e do funcionamento operacional da casa e isto só se consegue estando a algum tempo lá. “Se na eleição não houver um consenso em relação ao nome e precisarem da minha contribuição estarei à disposição”, disse.
Os novos parlamentares são cautelosos, dizendo que é preciso de tempo para tomar conhecimento do funcionamento da Câmara. “Não pretendo ser candidato à presidência da Câmara. Minha decisão se motiva por dois fatores: é meu primeiro mandato e preciso aprender muito antes de exercer esse cargo de tamanha importância. Além disso, a atividade de presidente da Câmara é incompatível com a advocacia e, caso eu fosse eleito, teria que deixar de ser advogado. Portanto, para esse biênio me coloco à disposição para estar junto à comunidade e aprender dia a dia as principais necessidades das pessoas”, afirmou Rafael Prodossimo, eleito pelo PP. Eduardo Ricci, do mesmo partido, disse que não vai colocar seu nome porque o PP, após reunião entre os 4 vereadores eleitos (Dr. Maurício, Marco Santana, Rafael Prodossimo e Eduardo Ricci), foi decidido o apoio para o nome do Vereador Dr. Maurício. “Nossos votos estão na mão dele para sua eleição, ou até mesmo, se ele desistir, vamos seguir com os votos para pessoa que o Dr. Maurício apoiar. O Partido Progressistas foi o partido com maior número de vereadores eleitos e estamos unidos para ajudar na verdadeira renovação da administração pública”, ressaltou.
A Vereadora eleita Capitão Cláudia, do PSL, não colocará seu nome para a disputa. “Acho importante, pelo menos nesses dois primeiros anos de mandato, nós vereadores eleitos pela primeira vez, ganharmos um pouco de experiência e aprendermos mais sobre a dinâmica de uma Câmara Municipal”, afirmou.
Da mesma forma, Abdenor Tahan Maluf, do PL, quer neste primeiro momento tomar conhecimento das atividades da Câmara. “Não pretendo colocar meu nome. Vou iniciar meu primeiro mandato de vereador e nos primeiros meses quero conhecer com detalhes como funcionam as coisas, conhecer melhor os companheiros de legislativo. Inclusive, no momento, ainda não tenho candidato, fui procurado por 3 pretendentes à presidência e ainda não defini”, disse.
Eleito pelo PC do B, Paulo Borges, nos informou que não é sua pretensão primária, mas existe uma sondagem quando a viabilidade de seu nome. “O que é certo também, é nossa consciência quanto ao caráter da responsabilidade que exige o cargo, e do valor que o Poder Legislativo representa perante a nossa sociedade, sendo o verdadeiro guardião da democracia. Sabemos que muitos dos 15 que foram eleitos não anseiam essa responsabilidade, talvez pela indisposição de tempo, seja talvez, até por impedimento e/ou indisponibilidade profissional, e, portanto, não participarão da disputa, o que enxuga o pleito. Se essa nossa viabilidade se confirmar, estou à disposição dos meus colegas vereadores para a disputa, e se assim o quiserem e confirmarem através do voto, estou preparado o pretenso cargo”, afirmou.
O Vereador Cláudio Faria, popular Boy, do PTB, não pretende concorrer, mas se disse preparado. “Quero continuar o trabalho que venho desenvolvendo como vereador há vários anos, sempre me dedicando em buscar um contato direto com o batataense. Agora reeleito vou seguir o meu perfil que é rodar a cidade ouvindo a população e representar a sociedade perante o poder legislativo, lutar pelos interesses da coletividade, elaborar leis municipais e fiscalizar as ações do poder executivo”, destacou.
Os vereadores Sebastião Santana Júnior, do DEM, e Anabella Pavão, do PSOL apenas responderam que não são candidatos. Gustavo Rastelli, do MDB, disse que ficaria muito honrado em ser o Presidente e gostaria de dar continuidade ao trabalho que a mesa 2019/2020 vem desenvolvendo, como o projeto de resolução aprovado na última sessão, onde toda tramitação de matéria será por meio digital. “Vejo bons amigos/amigas que colocaram o nome a apreciação, eu votaria neles também, pois sei que podem desenvolver ótimos resultados”, frisou.
Marcos Santana, que volta a ocupar uma cadeira na Câmara, agora pelo PP, informou que no momento não tem nenhuma pretensão de presidir a casa de leis. “Seria uma honra, mas exige de nós tempo disponível e muita dedicação. Sou comerciante de profissão e não teria o tempo necessário para me dedicar a esta função”, disse.
OS CANDIDATOS DECLARADOS E EM CAMPANHA
Júlio do Sindicato Rural, do PSDB, que pela segunda vez foi o vereador mais votado da cidade, é candidato. “Nestes últimos quatro anos pude aprender muito sobre o funcionamento da Câmara Municipal e venho recebendo incentivo por parte de muitas pessoas para que eu coloque o meu nome para disputar a presidência da Câmara Municipal. Já comecei a conversar com os colegas vereadores, dizendo da minha vontade e ao mesmo tempo respeitando aqueles que também pretendem participar da eleição. Hoje me sinto mais maduro no trabalho legislativo e, com a excepcional votação que os batataenses me deram, não posso deixar de me colocar à disposição para enfrentar os desafios em todas as oportunidades. Se conseguir me eleger presidente, meu objetivo será de trabalhar muito, junto com todos, para o desenvolvimento de Batatais, sempre valorizando o legislativo e o trabalho realizado por cada vereador”, destacou.
A Vereadora Andresa Furini, do PSB, confirmou sua intenção de disputar a presidência. “Estou indo para o terceiro mandato, e digo que os vereadores que estão há mais tempo do que eu já tiveram oportunidades e contribuíram, pois, tivemos muitos avanços. Fiz parte da mesa diretora, Juninho Gaspar era o presidente e eu secretariei. Este ano tivemos mais mulheres eleitas, uma boa oportunidade para ter uma presidente mulher e com a experiência dos outros mandatos também contribuir com nossa casa de leis”, disse.
Maurício Damacena, do PP, disse que já colocou seu nome à disposição. “Nós do PP estamos unidos e fechados nesta questão. Tenho apoio de outros colegas vereadores eleitos, que já conversei, que tem a boa vontade em apoiar a minha candidatura. Pretendo ser presidente para colocar em prática novas ideias, sempre com objetivo de valorizar não só o legislativo, mas também valorizar os funcionários, dentro do que puder. Pensamos na questão do Plano que Carreira, que pode ser colocado em pauta para incentivar os funcionários que já prestam um grande trabalho para os vereadores e para a cidade, acredito que sempre é possível buscar algo mais”, frisou.
DECISÃO SOMENTE NA HORA
Tradicionalmente a decisão dos vereadores pela escolha do presidente ocorre somente no dia 1º de janeiro, após o momento da posse, com articulações rápidas. Desta vez os nomes estão sendo lançados publicamente com antecedência, mas até lá o cenário pode sofrer alterações. Como mais da metade dos vereadores eleitos não compõem a atual Câmara, a disputa ganha em expectativa pela postura que cada um vai tomar em sua primeira grande decisão após assumir o cargo.