O varejo em dezembro continuou a perder fôlego, porém, terminou 2020 com um leve crescimento. Segundo os economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a perspectiva de concessão de novo auxílio emergencial poderia evitar que essa perda de ritmo se acentue ao longo dos próximos meses.
O leve aumento das vendas do varejo restrito em 2020 pode ser explicado pela concessão do auxílio emergencial, pelos menores juros, pela maior disponibilidade de crédito.
A crise econômica decorrente da pandemia e as medidas de isolamento social tenderam a privilegiar as compras mais essenciais e relacionadas com a maior permanência nos lares, o que causou a expansão observada nas vendas de supermercados, farmácias, material de construção, móveis e eletrodomésticos.
Pelos mesmos motivos as maiores quedas foram registradas nas aquisições de veículos e tecidos, vestuário e calçados.
Uma recuperação mais consistente das vendas, contudo, dependerá de aumentos mais robustos da renda e do emprego, que, por sua vez, estão atrelados à evolução da pandemia e à realização das reformas estruturais, principalmente no campo das despesas públicas.