Os Rolling Stones estão comemorando 60 anos de carreira, ou seja, a festa do Jubileu de Diamante da banda de rock mais longeva de todos os tempos, e umas das melhores e mais influentes também. Em julho de 1962, eles se apresentaram pela primeira vez oficialmente com esse nome no Marquee Club, em Londres, tocando clássicos de blues para uma pequena plateia. Seis décadas depois, aqui estão eles em 2022 iniciando mais uma turnê mundial que planeja passar pelos cinco continentes, com shows no Brasil inclusive. Posso afirmar: quem gosta de rock e de história não deveria perder esse espetáculo.
No início, os Stones eram um quinteto, com Mick Jagger nos vocais, Keith Richards e Brian Jones nas guitarras, Bill Wyman no baixo e Charlie Watts na bateria. Ao longo dessa caminhada, perderam Bryan para os excessos com as drogas em 1969, substituído na ocasião por Mick Taylor, que por sua vez deu lugar à Ron Wood em 1975.
Depois da turnê mundial de 1990, foi a vez de Bill Wyman (o mais idoso então) deixar o grupo, e que acabou não sendo substituído. O quinteto passou então a ser um quarteto. Continuaram por mais 30 anos nesse formato, sempre fazendo turnês mundiais, com shows antológicos como o ocorrido na praia de Copacabana em fevereiro de 2006, para um público de mais de um milhão e duzentas mil pessoas. Naquela ocasião, já eram considerados verdadeiros dinossauros do rock.
Eis que, no ano passado o icônico e adorado baterista Charlie Watts morreu aos 80 anos, e o quarteto passou a ser um trio.
Mick Jagger e Keith Richards fazem 79 anos agora em 2022. Jagger, no próximo dia 26 de julho, e Richards em dezembro. Ron Wood, o caçula, fez 75 anos no mês passado. Alguém deve estar pensando: “Estão velhos demais para o rock!” Respondo: Fake News! Basta assistir qualquer show recente, disponível no youtube ou em vários dvd’s por aí, e constatar o óbvio: eles continuam ótimos, competentes e tem um extenso catálogo de sucessos que poucos na face da Terra possuem!
Ao vivo, eles se apresentam acompanhados por um grupo de músicos excepcionais, todos vindos das exigentes escolas do blues e jazz. No palco, são incríveis e deixam aquela sensação de quero mais no final. Podemos cravar que, sessenta anos depois, continuam fazendo o melhor rock’n roll do planeta.
Mas não dá pra negar: o fim da estrada dos Rolling Stones não está longe, e um dia eles irão curtir uma merecida aposentadoria. Portanto, fica a dica: temos a oportunidade de estarmos assistindo a história da música em tempo real, e um show dos Stones é um capítulo à parte. Quando anunciarem as datas no Brasil e o início da venda dos ingressos, não vou perder a oportunidade de assistir esses caras que escreveram a trilha sonora de momentos marcantes da minha vida, e sempre momentos felizes e de boas memórias.
E quando os Stones saírem de cena, quem sabe Keith Richards finalmente será objeto de estudos científicos aprofundados, que poderão definitivamente descobrir sua verdadeira idade. Bem, provavelmente ainda nesse século…