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Homepage > Colunas > Claret Jr - Visão Geral > O quase fim do mundo
28 de outubro de 2021

O quase fim do mundo

Era por volta de meio dia e meio da última segunda feira, 04 de setembro, quando tentei enviar uma mensagem pelo Whatsapp, dez minutos e nada. “Deve ser uma instabilidade no aplicativo” – pensei. Fui para o Facebook, e mais dez minutos e a página não atualizava, “Opa! Aí tem!” E tinha mesmo! Quando acessei o Instagram e enfim confirmei que estava tudo parado, e as reclamações começaram a borbulhar, relaxei e fui curtir o Orkut.
É obvio que a parte do Orkut é zoeira de minha parte, mas zoada mesmo ficou a segundona de grande parte dos 2 bilhões e oitocentos milhões de usuários das redes sociais em questão, o que significa “SÓ” um terço da população global. Boa parte destas pessoas, utilizam estas plataformas não somente para interação social e diversão, mas também para negócios em geral, modalidade que cresceu exponencialmente durante a pandemia, devido à necessidade do isolamento e distanciamento social. Ou seja, em quase 7 horas de blackout nestas redes, o prejuízo foi considerável, e ajudou a derrubar as bolsas de valores mundo afora, e a desvalorizar o real frente ao dólar. Para se ter uma ideia, o chefão maior destes brinquedos, Mark Zuckerberg, perdeu quase 6 bilhões de dólares em um único dia, o que o fez cair da quarta posição de ser humano mais rico do mundo, para a quinta. Que dó.
Ao final daquele dia, com tudo voltando a funcionar normalmente, pudemos perceber o quão dependentes estamos das redes sociais. No Brasil, essa dependência remete principalmente ao Whatsapp, uma vez que somos o segundo maior usuário deste aplicativo no mundo, atrás apenas da Índia. Por aqui, ele é utilizado pra tudo: vendas de produtos, envio de documentos, arquivos de áudio, grupos de trabalho, ferramenta de pesquisa, divulgação de notícias, e em substituição às chamadas de telefone. Aliás, somente depois que o aplicativo travou, é que os seres humanos ultra-antenados se lembraram que o smartphone também servia para fazer chamadas telefônicas, e daí não teve jeito mesmo, a solução foi se ver obrigado a conversar pelo celular, com uma pessoa do outro lado da linha. Que estresse!
Veja bem, não que eu seja velho (costumo dizer que sou seminovo, revisado e com baixa quilometragem), mas quem ficou nervosinho na última segunda feira, não sabe o que é um orelhão, uma ficha da Telesp, um telefone de disco e nunca conversou com uma “telefonista”. Nunca na vida tentou passar um “fax”, e a folha ficou presa na máquina. Não teve a emoção de revelar um filme de 36 fotos da Kodak Multicolor, e enviar a foto pelo correio para um parente ou amigo. Não faz ideia do que é viajar para uma praia no Nordeste, e esperar uma hora e meia numa agência da Telebrás pra ligar pra casa, depois das 20hs porque era mais barato, só pra dizer que estava tudo bem, e que voltava no próximo final de semana.
Meu ponto é: minha geração participou ativamente da transição tecnológica da era analógica dos anos 80 e início dos 90 para a era digital atual, e talvez por isso, tenha suportado tranquilamente uma tarde de segunda feira “off-line”. Se quer saber, achei até relaxante.
O problema, e minha preocupação, é a galerinha que já nasceu ouvindo música no Spotify e assistindo vídeo no YouTube, pedindo comida pelo iFood, fazendo reunião pelo Zoom e compartilhando foto da balada. Nada contra a tecnologia, mas se um probleminha técnico no Whats, Face e Insta (para os íntimos) que durou 7 horinhas deixou esse povo perdido fico imaginando as consequências apocalípticas de quando finalmente ocorrer o tal prometido “bug do milênio”… lembram disso?

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