Olá pessoal, hoje trago uma notícia muito triste para os fãs do Internet Explorer, para os íntimos apenas IE, isso mesmo, aquele ícone que nos acompanha desde o Windows 95 foi sepultado no dia 15 deste mês.
Para que todos entendam, este é o aplicativo que muitos de nós usávamos, e alguns doidos ainda usam para navegar na internet.
A história do navegador
O Internet Explorer foi lançado em 1995. Quando chegou ao mercado, o navegador bateu de frente com o também finado Netscape Navigator, que dominava a internet na época e nenhum jovem nos dias de hoje chegou a utilizá-lo. Menos de dez anos depois, o browser se tornou o navegador mais utilizado no mundo, presente em mais de 90% dos computadores.
Lembro do início da minha empresa, que estávamos desenvolvendo um software que seria utilizado por usuários que tinham computadores Windows e praticamente 100% utilizavam o IE como navegador padrão.
O tal sucesso do Internet Explorer, que era distribuído junto com o Windows, acabou matando o Netscape, o que serviu de estímulo para um dos maiores processos sobre concorrências desleais da história até hoje.
O domínio do navegador começou a cair após o crescimento de rivais como o Google Chrome e FireFox, que dominaram o setor após 2010.
Em 2015, a Microsoft tentou repaginar seu programa substituindo o Internet Explorer pelo Edge, mas a primeira versão do navegador acabou não fazendo sucesso algum.
Atualmente, a Microsoft atua no mercado de navegadores com o novo Edge, que utiliza o mesmo motor do Chrome e está disponível como padrão no Windows 10 e Windows 11, além de ter uma versão mobile.
A inercia e a posterior decadência
Na época de seu sucesso estrondoso o Internet Explorer acomodou a Microsoft, que ficou admirando sua glória e contribuiu para a decadência dos padrões da internet. Como era amplamente mais popular do que alternativas muito mais qualificadas como Mozilla Firefox, Netscape ou Opera, muitas vezes não fazia sentido para desenvolvedores gastarem recursos na implementação de novas tecnologias suportadas por esses programas e ainda não seguidas como padrão pela Microsoft. Entenderam o problema?
Em 2009, o Firefox dominava mais de 30% do mercado, pouco mais da metade dos 58% abocanhado pelo Internet Explorer nesta época, e a ultrapassagem parecia apenas questão de tempo. Um ano antes disso, porém, um gigante entrou na parada: o Google lançou o Chrome e investiu pesado em recursos e publicidade para entrar na briga, e foi logo se posicionando muito bem.
O Mozilla Firefox que tinha muitos fãs, boa performance e nasceu de uma organização sem fins lucrativos já tinha grande dificuldade de lutar contra a Microsoft, e a coisa ficou ainda pior quando uma das companhias mais lucrativa do planeta trouxe as suas armas para a disputa. No terceiro trimestre de 2013, o Chrome passava o Internet Explorer e a lista de navegadores mais usados tinha um novo líder depois de 15 anos de domínio ininterruptos do IE.
O fim
Mesmo depois de ter melhorado tudo no Edge, e estar novamente sendo utilizado por alguns fãs, isso não foi suficiente para manter esta iniciativa, e depois de 27 anos, com muita história para contar, o IE nos deixa.
Os desenvolvedores
Sou de um grupo de usuários que foram marcados profundamente por decisões da Microsoft, pois vivi junto aos meus colegas de profissão muitos problemas com atualizações de nossos programas, houve uma época em que avisávamos o usuário que aquela versão do IE não era segura ou estável o suficiente para ele usar naquele processo. Muito trabalho para lidar com situações deste tipo.
Para concluir vai uma frase clichê de despedida que acho que cairá como uma luva: “Não chore porque terminou. Sorria porque aconteceu.”