Quando Caos era o princípio, firmou Gaia(a Terra), o tártaro gelado e úmido formou nos seus grotões e Urano (o Céu) acoplava-a constante e totalmente, não havendo uma fresta entre eles.
Dessa união nasceram os titãs, 12 no total (6 homens 6 mulheres) criaturas magníficas, colossais e impressionantes que eram aprisionados por Urano no interior da Terra (Gaia). Urano temia perder o poder se os libertasse.
O poder já estava lá, muito antes, além do Estado, na imortalidade do verbo. Causa inicial, irresistível, irrecusável. Aqueles que o desejam querem ficar cada vez mais embebido que foi, num momento breve na transição da imortalidade.
Cansado com a tirania de Urano, Gaia escondeu o caçula dos titãs, Cronos em uma caverna, quando já estava pronto incitado por Gaia, atacou o pai com uma foice diamantada e o castrou atirando seu órgão no mar. De sua espuma nascera a mais bela filha de Urano: Afrodite.
Urano sentiu o golpe e a armação dos dois, recuou e foi parar onde ele está hoje, no céu. Nessa fenda criada ininterruptamente entre o céu e a Terra, Cronos dela se ocupou personificando o tempo, nada pois, resistiria a ele ao tempo. Monumentos espetaculares ainda resistem ao tempo e o nosso desafio é tentar permanecer o maior tempo possível, pois quem vencer Cronos terá o poder.
O poder novamente aparece e aqueles que tentam vencer o titã Cronos utilizam-se de todos os meios para mais tempo usufruí-lo, mas Cronos dá validade. Aquele que tem o poder não admite perdê-lo e quanto mais próximo essa hora se aproxima as vísceras regalam e tudo vira objeto para que o desejo possa fluir.
É a arte insana da política querer moldar um poder para nele ficar mais tempo. Cronos carregou a maldição de Urano, também foi eliminado por um de seus filhos, Zeus. O inverno de insegurança e medo revela a síndrome nos olhos daquele que vive o momento que tem que concorrer para se manter no poder.
Teremos um encontro titânico na Primavera.