As vicissitudes da vida fazem com que aumente nosso sentimento de saudosismo. É comum, pensar que no passado vivíamos melhor, os relacionamentos eram mais verdadeiros e saudáveis, várias coisas tinham mais qualidade, eram melhores. Na realidade, eram mesmo. Porém, vivemos neste tempo e há a necessidade de que busquemos viver o presente. Ontem já passou e o amanhã ainda não chegou. Realmente, vivemos muito mais no ontem e no amanhã do que no hoje, talvez seja uma forma de fugir do hoje, talvez …
Hoje, temos coisas muito boas, temos a tecnologia, a praticidade de equipamentos, que faz com que com menor tempo e muitas vezes, sem que saiamos do local, possamos resolver várias coisas.
Hoje, temos avanços científicos que tornam a área da saúde capaz de prevenir e tratar doenças, antes nunca imaginado. Vacinas, cirurgias realizadas on – line e através da robótica, a previsão de doenças, o aperfeiçoamento da genética, dentre outras maravilhas.
Hoje, existem opções de lazer, antigamente impensadas, em horas, chegamos em destinos diversos e usufruímos de maravilhas mundializadas.
Hoje, há uma economia globalizada, produtos são construídos em diferentes partes do mundo e juntados com eficácia em uma outra. São comercializados mundialmente, encaminhados aos interessados por transporte também mundializado;
Hoje, socialmente podemos nos relacionar com número inenarrável de pessoas, aumentando e diversificando relações e conhecimentos;
Também, hoje, a cultura pode ser difundida e propagada de maneira a ser possível seu acesso por meio de telefones acessíveis ou Internet disponibilizada, gratuitamente, pelos governos e iniciativas privadas;
Hoje, a política é mais transparente e torna possível a entrada daqueles interessados a exercitá-la. Há a divulgação mundial de ações políticas, possibilidades e alcances.
Hoje, o meio ambiente, é disponível a pessoas e grupos conhecê-lo e também suas políticas, usufruir de locais públicos é uma possibilidade nos âmbitos locais e mundiais.
Temos notícias de um tempo em que havia uma verdadeira ditadura de educação de filhos, regras sociais, relações trabalhistas e educacionais em que somente as pessoas de famílias com melhores condições poderiam estudar e galgar melhores postos de trabalho. Inegavelmente, nos dias atuais, existem melhores possibilidades para maior número de pessoas. Mulheres eram encaminhadas para casamentos arranjados e poucas delas conseguiam sair dessas relações de poder e o fazendo eram estigmatizadas pelo resto de suas vidas.
As famílias nasciam seguindo tal partido político e seguiam por gerações. Mudar, era algo impensado ou não estimulado. Eram escorraçados aqueles e aquelas que por trazerem em suas genéticas, tendências de ordem sexual divergentes do sexo masculino e feminino, eram mandados para locais distantes de onde a família vivia, geralmente para as grandes capitais, como estratégias para não envergonharem seus pais. As mudanças pessoais, sociais, profissionais, intelectuais, eram pouco estimuladas e permitidas.
Assim, por mais que tenhamos problemas na atualidade, poderíamos dizê-lo com forte apoio teórico, hoje temos a possibilidade de criar nossas vidas e reinventá-las quando necessário ou quisermos. A liberdade é maravilhosa. Termos novas possibilidades é uma oxigenação indispensável. Porém, para o uso da liberdade, há que se ter noção. Há que se ter educação. Liberdade não é apenas subverter a ordem, é saber o que se quer e para que a mudança é necessária e boa. O grande pensador Sêneca, já dizia: “Não existe vento favorável a quem não sabe onde deseja ir.”
Hoje, é possível fazer uma história melhor que ontem e possivelmente, melhor do que amanhã.
Pense nisso!