O varejo restrito brasileiro – sem considerar vendas de veículos e material de construção – deve apresentar crescimento de 1,1% em 2019 na comparação com o ano passado, de acordo com projeção da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
É um resultado fraco e um indicativo de que a economia brasileira parou de se recuperar. Trata-se de um número bem inferior aos 2,3% de 2018 e aos 2,1% de 2017. Em maio, o varejo cresceu 1,3% na variação em 12 meses, segundo o IBGE.
No começo do ano, as expectativas de aumento para o setor estavam na faixa entre 2% e 3%, mas as dificuldades econômicas já não permitem mais uma recuperação nesse patamar.
Se a reforma da Previdência for aprovada rapidamente e os demais ajustes foram viabilizados, a confiança do consumidor e do empresariado tende a aumentar, o que por sua vez melhora a projeção para o comércio. Os segmentos que têm deixado o varejo no azul em 2019 são supermercados, farmácia e artigos de uso pessoal – “produtos de primeira necessidade e de menor valor”.
A projeção foi feita pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal/ACSP com base em dados: do varejo do IBGE; dos juros, do crédito à pessoa física e da massa salarial ampliada disponível, do Banco Central; e do Índice Nacional de Confiança/ACSP.