Olá pessoal! Como tivemos Oscar nesta semana vamos falar um pouquinho da sétima arte.
Confesso a vocês que estava torcendo para “O Beco do Pesadelo” para melhor filme, pois o diretor era ninguém menos que Guilhermo del Toro, um escritor, diretor, produtor e roteirista que particularmente sou fã, já li vários livros dele, normalmente assisto todos os filmes, e vocês provavelmente também. Filmes como Kung Fu Panda 2, A forma da Água, O gato de botas e O Hobbit estão entre seus muitos trabalhos.
O Beco do Pesadelo conta a história de um ambicioso vigarista Stanton Carlisle (Bradley Cooper), que tem um talento para manipular pessoas, junto a uma clarividente e seu marido mentalista ele evoluiu rapidamente, e sua ascensão também é muito rápida, levando-o a se arriscar absurdamente cada vez mais. Depois de assistir o filme ficamos com aquela sensação estranha que nos leva a pensar que aquilo não pode ter acontecido.
Voltando a premiação, os filmes que concorreram ao posto mais alto da noite e seus respectivos prêmios foram:
Belfast – Melhor roteiro original
No Ritmo do Coração – Ganhou como melhor filme, melhor ator coadjuvante para Troy Kotsur, melhor roteiro adaptado
Não Olhe Para Cima – Não levou estatuetas
Drive My Car – Não levou estatuetas
Duna – Melhores efeitos visuais, melhor trilha sonora original, melhor fotografia, melhor montagem, melhor direção e arte, e melhor som
King Richard: Criando Campeãs – Melhor ator para Will Smith
Licorice Pizza – Não levou estatuetas
O Beco do Pesadelo – Não levou estatuetas
Ataque dos Cães – Melhor diretora para Jane Campion
Amor, Sublime Amor – Melhor atriz coadjuvante para Ariana DeBose
Os demais prêmios foram para as seguintes obras:
007 – Sem Tempo para Morrer – Melhor Canção
Os Olhos de Tammy Faye – Melhor atriz para Jessica Chastain, melhor maquiagem e penteados
Encanto – Melhor animação
Doraibu mai kā – Melhor filme estrangeiro
Summer of Soul – Melhor longa metragem
The Long Goodbye -Melhor curta metragem
The Windshield Wiper – Melhor curta de animação
The Queen of Basketball – Melhor documentário de curta-metragem
Cruella – Melhor figurino
Um outro filme que me surpreendeu demais foi Duna, e como viram acima ele levou para casa 6 estatuetas, ele conta a história de um jovem brilhante que ainda está descobrindo seu lugar no mundo, mas cujo destino está além de sua compreensão. Para garantir o futuro de seu povo, ele viaja até o planeta mais perigoso do universo e arriscará sua vida em terras distantes enquanto aprende sobre as culturas de outros povos. Encontramos uma trama repleta de política e religiosidade, cujo herdeiro de uma poderosa família que foi vítima de um golpe, é treinado nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos.
Finalmente vamos falar do grande vencedor, que eu tenho que confessar que ainda não assisti a esta versão, mas ele foi baseado em um filme francês chamado A Família Bélier de 2014, e este eu assisti duas vezes.
No Ritmo do Coração acabou surpreendendo a todos, seu principal adversário era o Ataques dos Cães. Ele foi lançado no Festival de Sundance de 2021, trata-se de um filme independente, que ganhou o prêmio principal do festival no início do ano passado, sendo adquirido pela Apple pelo valor de US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 125 milhões). Como mencionei é uma refilmagem do francês A Família Bélier, só que com uma grande diferença, a versão americana é estrelada por atores surdos.
O filme acompanha uma família de quatro, dos quais apenas a filha mais nova é ouvinte. Aluna do ensino médio, Ruby (Emilia Jones) é cantora, mas precisa dividir o tempo entre os estudos e ajudar os pais e o irmão, todos surdos. Ruby entra para o coral da escola, mas tem certas dificuldades para se expressar por não se sentir confortável no centro das atenções.
Ironicamente, ela é a mais talentosa da turma. O título original do filme é CODA, que em inglês é uma sigla para filhos de pais surdos (children of deaf adults, no original). Mas há um duplo sentido, já que “Coda” é como é chamada a parte final de uma música, e no filme tudo se conecta por conta do dom da filha para o lado musical. Quando ela recebe a oportunidade de fazer o teste para uma universidade prestigiosa numa cidade distante, ela enfrenta o dilema de abandonar a família que sempre dependeu dela.
Para finalizar hoje uma velha frase de Mark Twain: “A bondade é uma linguagem que o surdo consegue ouvir e o cego consegue ver”.