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18 de junho de 2021

Uma aposta mortal

Venho acompanhando atentamente a “CPI da Covid” do Senado Federal desde o início de seus trabalhos, em 27 de abril passado, e, pelas análises da maioria dos senadores, especialistas médicos e analistas políticos, vai se chegando à conclusão de que as evidências apontam para uma política deliberada de exposição da população ao vírus, comprovando que o governo federal fez uma aposta muito arriscada, em especial por volta de agosto e setembro do ano passado.

Naquele momento, a primeira onda de contágio do coronavírus começava a dar sinais de desaceleração, e por meio do chamado “Ministério Paralelo da Saúde”, o presidente Bolsonaro foi convencido a apostar na chegada da “imunidade de rebanho” (ou coletiva, como queiram), e decidiu retardar ao máximo a compra de vacinas, por uma simples questão financeira, afinal, “pra quê comprar vacinas agora, se ao final do ano (2020) o vírus já estará controlado?”, imaginaram os “especialistas”, auxiliares informais da Presidência.

Bolsonaro, que nunca foi favorável à qualquer vacina, pensou ter encontrado uma justificativa mais do coerente para não autorizar a compra dos imunizantes, e desautorizou qualquer sinalização de compra até o final do ano, o que automaticamente colocou nosso país no final das filas para contratação de insumos e vacinas, frente a todos os laboratórios fabricantes, com exceção do Butantan, fornecedor obrigatório para o Plano Nacional de Imunização. Isso se mostrou, como todos sabemos e estamos vivenciando, em uma catástrofe.

Dada a falta de coordenação do Ministério da Saúde, do comportamento negacionista do presidente, da ausência de isolamento social da população em geral, e do aparecimento de novas variantes do vírus, a tal aposta na imunidade de rebanho foi por agua abaixo, e as consequências desta desastrosa aposta foram mortais.

As contas já foram feitas pelos epidemiologistas, e se o Brasil tivesse comprado, em agosto do ano passado as vacinas oferecidas naquele momento pela Pfizer, Covax-Facility e Butantan, teríamos hoje mais que o dobro de brasileiros vacinados com a segunda dose, e teríamos salvado algo em torno de 100.000 vidas. A gestão temerária e irresponsável do governo federal na compra de vacinas proporcionou um verdadeiro extermínio de cidadãos brasileiros, que foram abandonados à própria sorte em meio a uma pandemia onde as únicas armas conhecidas de combate ao vírus são o isolamento social, medidas sanitárias e claro, VACINA!

E março deste ano, uma nota técnica divulgada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) condenou a estratégia de se apostar na imunidade de rebanho, como forma de controlar a covid-19. Os pesquisadores afirmaram na publicação que: “…é ilusório esperar que a progressão da epidemia leve ao seu próprio controle, até porque uma pessoa infectada não ganha imunidade contra o vírus, ao contrário, as condições de intensa e contínua transmissão favorecem a aparição de novas variantes do vírus”.

A maior responsabilidade que um gestor público deve ter no exercício do seu mandato, é o de zelar pela vida da sua comunidade, daqueles que, de alguma forma ou em algum momento dependerão do amparo do governo que ele comanda. Ao apostar numa estratégia errática e sem nenhum amparo científico, nosso presidente demonstrou sua total incapacidade para liderar uma nação num momento de tamanha importância na vida de todos aqueles que perderam pessoas queridas, e que poderiam ter tido uma outra chance. Definitivamente, com a vida não se aposta!

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