Homem Bomba”, resumidamente é um sujeito que, carregando quilos de explosivos amarrados ao próprio corpo representa potencial perigo de explosão, por algum motivo que ele pensa ser muito importante para ele próprio, para um grupo de pessoas ou uma causa qualquer. A definição é bem mais extensa, mas o que importa dizer aqui, é que se trata de uma pessoa extremamente perigosa.
No mundo político, “Homem Bomba” vez ou outra dá o ar da graça, mas não carregando bombas como as citadas no início deste artigo, mas informações que podem ter um efeito tão devastador quanto. Acredite, esse segundo exemplo é igualmente (ou mais) perigoso, principalmente se atuar junto à personagens com endereço profissional em Brasília, com ligações com um tal Palácio do Planalto.
Depois de muito tentar, os Bolsonaros conseguiram fornecer aos seus adversários um artefato de potência nuclear chamado “Fabrício Queiroz”, um verdadeiro HD móvel de milhares de tera bytes de informações de todos os tipos, desde as mais memoráveis até as mais desprezíveis sobre a vida política do clã Bolsonaro. Queiroz é pessoa de confiança do presidente desde a época de exército, quando o então Tenente Bolsonaro dava ordens ao soldado Queiroz. De lá pra cá, também trabalhou para seus filhos, em especial para o 02 Flávio.
Frise-se aqui que o surgimento deste Homem Bomba se deu por culpa e incompetência exclusiva da equipe do próprio presidente, que ao que tudo indica e as investigações irão melhor esclarecer, tinha conhecimento e encobria um esquema (bem mal feito) de desvio de verbas de assessores parlamentares, conduzido por Queiroz a mando do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Quem acompanha a política palaciana em nosso país vai se lembrar que o então presidente Collor caiu por um processo que se iniciou com a compra de uma Fiat Elba para o presidente, com dinheiro vindo de uma conta do seu então tesoureiro de campanha, PC Farias, e deu no que deu.
Se a investigação ficasse somente nessa denúncia já seria grave para o presidente. Mas a cada dia, a galinha vai soltando mais penas.
Surgiu na investigação, recursos que teriam sido repassados à Flávio Bolsonaro por Adriano Nóbrega, o miliciano morto pela polícia baiana em 2019, e que teve a mãe e a ex-mulher como funcionárias fantasmas no gabinete de Flávio. E as investigações estão apenas começando.
O elo com o presidente, além de Flávio é claro, é o seu atrapalhado advogado Wassef, que colocou o Homem Bomba para se esconder em seu escritório (que não era escritório) em Atibaia, e agora também terá que prestar esclarecimentos.
Essa novela acabou de começar, e poderá ter nos últimos capítulos momentos explosivos, com locações finais na Câmara dos Deputados, com seus pares se dirigindo ao microfone para dizer “sim” ou “não”. À conferir.
Em tempo: e ainda não encontraram a “Mulher Bomba”, que até o final da finalização deste artigo, continuava foragida.