O mercado pet brasileiro faturou R$ 69 bilhões no ano passado. O número representou um recorde do setor e alta de quase 15% sobre 2022, quando o faturamento foi de R$ 60,2 bilhões. Esses quase R$ 70 bilhões que os donos de animais de estimação despejaram no mercado em 2023 consolidaram o Brasil como o terceiro maior player global de um segmento que movimentou, em todo o mundo, US$ 180 bilhões no ano passado.
Considerando a cotação do dólar em dezembro de 2023 (em torno de R$ 4,90), o mercado brasileiro fechou o ano passado com faturamento de cerca de US$ 14 bilhões, quase 8% dos US$ 180 bilhões do setor no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, com US$ 81 bilhões (45%), e da China, com US$ 15 bilhões (8,3%).
Se o assunto é carga tributária, no entanto, o Brasil aparece em primeiro lugar. No país, a taxa média dos quatro setores nos quais o segmento é dividido (comida, serviços, produtos de higiene e veterinário) chega a 50% do preço final. Nos Estados Unidos, esse número é de 6,6% (13% dos tributos pagos no Brasil) e na China, de 17% (34% da taxação nacional).
A população de animais de estimação no Brasil também é a terceira maior do mundo: 160 milhões de bichos. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) e do Instituto Pet Brasil (IPB), que projetam alta de 12% no faturamento do setor para este ano, em relação a 2023, indo de R$ 69 bilhões para R$ 77 bi.
O montante é dividido por diversos segmentos, sendo que o maior deles é o de comida, que deve fechar 2024 com R$ 42,3 bilhões (55% do total previsto). Este ano, o Brasil deverá produzir 4,2 milhões de toneladas de alimentos para pets, alta de 3,4% sobre 2023.
As vendas de animais são o segundo segmento com melhor faturamento (com previsão de R$ 8,1 bilhões para este ano), deixando em terceiro lugar os produtos veterinários (R$ 8 bi). Na sequência, vêm serviços veterinários (R$ 7,6 bi), serviços gerais (R$ 6,4 bi) e serviços de cuidados (R$ 4,4 bi). Desse pacote, os dois setores que devem apresentar maior alta entre 2023 e 2024 são os de produtos e serviços veterinários, com 16% e 14% respectivamente.
Os canais de acesso a itens e serviços aos quais os tutores mais recorrem são os pet shops de pequeno e médio porte, que têm projeção de faturamento para este ano de R$ 37,5 bilhões (48,7% do total). Em segundo lugar, ficam as clínicas e hospitais veterinários, que devem faturar R$ 13,8 bilhões este ano (18% do total). Já no e-commerce, os pet shops virtuais são os líderes, representando 40,6% das vendas online (R$ 2,4 bilhões de um total de R$ 5,9 bi). Na sequência, aparecem as lojas virtuais das mega stores (R$ 1,6 bi ou 27%) e, logo abaixo, as lojas virtuais de pequenos e médios pet shops, que representam 21,5% do total (pouco menos de R$ 1,3 bi).
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Setor pet do Brasil tem o 3º maior faturamento mundial e é o mais tributado do mundo