Ultimamente o que mais temos vistos, são atitudes e ou medidas impopulares de nossos governantes. Poderíamos ficar por aqui horas e horas a numerar tantas e tantas delas. Administrar a coisa pública não é tarefa fácil, pois, a pouco tempo atrás assistimos a coragem do Prefeito Eduardo a cortar custos de sua administração, a fim de colocá-la nos eixos do controle de entrada e saída de recursos. Vimos também a não realização em nosso Município, aliás, por várias vezes e por diversos governantes, a não realização das festividades de carnaval entre tantas outras festas populares de nosso povo. Administrar é a amarga tarefa de elencar e eleger prioridades, seja do âmbito financeiro, seja de âmbito administrativo. Diz ainda que o bom administrador deve ter estômago em demitir até a própria mãe, se assim for o necessário. Consta do manual deste profissional que para tal, necessário uma boa dose de coragem, aliás Winston Churchil já disse “é a primeira das qualidades do ser humano, por assegurar todas as demais”. Sem a destemida coragem não vamos até a esquina, essa é a grande verdade e, para administrar seja o que lá for, necessário a presença dela. John Kennedy escreveu Política e Coragem relatando grandes atos de oito senadores americanos em diferentes momentos da história. Mais tarde, pagou ele com a própria vida pelos desafios que enfrentou como chefe daquela nação, ao enfrentar os Falcões do Pentágono e a crise em 1962 dos misseis em Cuba, ocasião em que poderia ter desencadeado uma nova guerra. Desta feita surge uma das épicas frases da época, “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer para seus país”. Outro fato interessante foi do Marechal francês Pétain, herói na I Guerra Mundial, contudo terminou como um covarde por se render à Alemanha da II Guerra. Naquela oportunidade teve ele a coragem em se render, haja vista não ter como resistir a força germânica, assim, se rendeu e salvou considerável parte da França. Ao que parece esse especial ingrediente não pode abandonar os administradores deste Brasil e de nossa Batatais, pois, que, há muito esperamos coragem a enfrentar os desafios do dia a dia, seja as queimadas na floresta Amazônica, seja a retirada dos equipamentos de raio x dos consultórios odontológicos das unidades básicas de saúde de nossa cidade. A coragem em tomar atitudes deve prevalecer frente ao jeitinho brasileiro sempre encaixado nas dificuldades de nossa gente. Administrar, acima de tudo requer humanidade, e respeito ao dinheiro público, pois este, cada dia mais e mais escasso enfraquece todos os setores públicos. Aos olhos da rua, as decisões tomadas nem sempre serão bem aceitas, talvez, até por falta de comunicação, contudo, não deverá o administrador prevaricar em seus atos postergando ações. Levar a cada canto da cidade, a determinação em melhorar a tão sofrida vida do brasileiro dos dias de hoje é tarefa, deveras descomunal. A cada dia só se ouve corte de recurso, contingenciamento ou inúmeras outras palavras bonitas. Entretanto deverá o administrador atuar em todas as áreas, com a seriedade com a qual foi escolhido, sem pestanejar na hora de tomar decisão, talvez não a desejada, contudo a melhor possível delas. Há muito estamos perdendo, entre 2004 e 2012 as notícias eram que o mundo era o Brasil, contudo não passou de uma grande piada, talvez por não terem a devida coragem de aplicar as necessárias mudanças, para que hoje pudéssemos estar gozando de melhores tempos. O país saiu do trilho do crescimento e entrou no desfiladeiro da roubalheira sem precedentes, faltou aí coragem pra muita gente botar a boca no trombone e salvar-nos daqueles tempos sombrios. Fácil é imputar ao outro as dificuldades da atualidade, difícil é falta de coragem em reconhecer os avanços do outro. Assim, convido os amigos leitores a uma reflexão. Falta-nos coragem a enfrentar os novos desafios, ou nos falta coragem em reconhece-los?