As redes sociais chegaram para ficar, e se tornaram sinônimo de modernidade e descolamento, num ambiente no qual se pode acompanhar o que as pessoas fazem, pensam ou compartilham. Mas essa exposição permanente pode ser perigosa para quem se expõe no ambiente virtual sem medir as consequências. Nesse território não há divisão entre público e privado, e postagens feitas de forma despretensiosas podem gerar uma grande dor de cabeça, ou até fazer um trabalhador perder o seu emprego, uma vez que patrões e recrutadores estão de olho no que os profissionais compartilham e nas possíveis repercussões que podem ser geradas.
A verdade é que as empresas estão de olho nos perfis, não apenas monitorando-os diretamente, mas recebendo denúncias de pessoas que veem estes conteúdos impróprios. O consumidor também fica atento a estas postagens e a suas repercussões, e não raro, descarta a compra de um produto ou a contratação de um profissional pelo simples fato de não concordar com seu posicionamento nas redes sociais.
Por outro lado, o bom uso das redes sociais também pode trazer benefícios para quem souber dosar a sua boa utilização. Por exemplo, pessoas engajadas em causas de voluntariado, em ONGs de animais, campanhas de agasalho, que praticam esportes, que fornecem informações úteis no dia a dia, ou simplesmente tem uma postura positiva e receptiva em suas postagens, são bem vistas pelo mercado de trabalho, que vê como positivo o que elas fazem quando estão fora da empresa.
Hoje, é muito comum que as empresas monitorem ativamente a participação dos funcionários nas redes sociais sempre com a intenção de não compactuar com posições radicais e impróprias que seus funcionários possam expor nas redes sociais, e que por ventura possa a contaminar a imagem da empresa.
A coach executiva Luciana Tegon (http://tegon.com.br/coaching.php), dá 16 dicas do que os internautas devem evitar em suas postagens em redes sociais:
– Superexposição nas redes pode não ser bom – mostra que a pessoa tem mais foco em si mesma que no trabalho;
– Postar fotos mostrando o corpo ou com trajes íntimos, em situações incomuns ou constrangedoras, não pega bem. Se fizer questão de mostrar, deixe disponível apenas para os amigos;
– Redes sociais não são o lugar indicado para discussões ofensivas. Quem se expõe fica sujeito a julgamentos e está vinculando uma imagem sua que pode não ser positiva para um headhunter;
– Pessoas que costumam contar os dias para acabar a semana de trabalho mostram ter mais foco em prazer, diversão e descontração do que aspiração na carreira;
– Pessoas que reclamam demais têm foco nos problemas. Quem tem mais atitudes positivas mostra foco na solução;
– Falar mal de concorrentes pega mal, ainda que a intenção seja defender a empresa onde trabalha. Além disso, pode parecer que o empregador está estimulando a crítica;
– Postar apenas conteúdos envolvendo a vida pessoal pode prejudicar a carreira, já que pode dar a entender que a pessoa não tem interesses profissionais;
– Falar mal do patrão e de colegas de trabalho, faltar do trabalho e no mesmo dia postar foto se divertindo, além de pegar mal, dão demissão por justa causa;
– Aquele “consumidor profissional” que reclama de tudo reflete a vida dele. Ser crítico com tudo prejudica o profissional em busca de emprego, pois se fala mal do transporte público, vai falar mal da empresa e do chefe;
– Pessoas que precisam expor sempre suas opiniões e que são voluntariosas devem deixar seus perfis abertos apenas para amigos;
– Não escreva o que você não falaria na rua;
– O país vive um momento de muitas polarizações, e assuntos polêmicos sempre geram discussões. Evite se envolver nisso;
– Não precisa postar tudo o que está fazendo – além de se expor excessivamente e ter de arcar com o que foi publicado, pode ser perigoso para a sua segurança;
– É inadmissível ser preconceituoso, difamador e caluniador;
– Repense as postagens do que está sentindo no momento. Às vezes num dia ruim, expor a situação que te incomodou pode parecer imaturidade ou inflexibilidade;
– Cuidado com comentários sobre política e religião. Defender uma crença é totalmente normal, mas agredir ou ofender escolhas e posicionamentos de outros usuários é inaceitável.
Por fim, basta ter em mente que se trata de uma “rede social”, ou seja, um local de socialização, não é mesmo?