A Santa Casa de Misericórdia e Asilo dos Pobres de Batatais divulgou uma nota de repúdio e esclarecimento público após uma série de publicações nas redes sociais e episódios envolvendo uma acompanhante de paciente e colaboradores da instituição.
A nota, assinada pela provedora Maria Helena Nori Bombonato, afirma que as publicações no Instagram e no Facebook teriam distorcido os fatos, mencionando inclusive uma gravação não autorizada de uma discussão ocorrida dentro do hospital. A provedora relatou que a acompanhante teria adentrado a sala da Provedoria, na presença de outros funcionários, “gritando e ofendendo com palavras de baixo calão”, após ser orientada sobre o cumprimento das normas internas da unidade.
Segundo Maria Helena, a direção da Santa Casa reforça que mantém um programa de humanização em andamento, com ações voltadas ao acolhimento de pacientes e capacitação de equipes, destacando que todas as medidas seguem dentro das normas institucionais e de respeito aos profissionais. “Não sou provedora de gabinete e de fato circulo pelo hospital com o intuito de resolver problemas e estar mais perto dos colaboradores e dos assistidos”, declarou a dirigente, acrescentando que jamais teria invadido quartos ou leitos.
A nota também afirma que a mesma acompanhante já teria feito outras denúncias contra o hospital e médicos locais, “sem fundamentos junto à Secretaria de Saúde”, e que a direção entende que as críticas extrapolaram o direito de manifestação.
Agressão a profissional de enfermagem
Em outro trecho, a instituição relata que no dia 6 de outubro, a filha de um paciente teria agredido fisicamente uma técnica de enfermagem, “de forma vil e covarde”, sem justificativa, após afirmar que o atendimento e os serviços prestados pela equipe médica e de enfermagem seriam “ultrapassados e arcaicos”. A Santa Casa classificou a acusação como “inverídica”, ressaltando que o corpo clínico e a equipe de enfermagem “estão sempre se atualizando e são reconhecidos por órgãos da área da saúde”. “Na Santa Casa sempre iremos dizer não à violência, sim à assistência e sim ao tratamento respeitoso”, destacou a nota.
De acordo com a direção, o caso da agressão foi registrado em boletim de ocorrência, e também denunciado ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren), ao Ministério Público e a outros órgãos competentes.
Novo tumulto e providências
A Santa Casa afirma ainda que, no feriado de 12 de outubro, a mesma mulher e uma irmã teriam retornado ao hospital e “causado novo tumulto” na portaria, proferindo ofensas e tentando invadir o balcão de atendimento. O texto relata que outras pessoas presentes ficaram assustadas com a situação.
Por fim, a direção informou que o paciente, pai das envolvidas, encontra-se bem e em recuperação na Unidade de Cuidados Prolongados da Santa Casa, “internação que não comporta acompanhantes, apenas visitas”.
A instituição encerrou a nota reafirmando seu compromisso com a ética, o respeito aos pacientes e o bom relacionamento com a comunidade, além de repudiar qualquer forma de violência contra seus profissionais.





