No sábado, 30 de janeiro, o presidente da ACE Batatais, Ennio César Fantacini e o diretor de assuntos jurídicos, Alexandre dos Santos Toledo, estiveram reunidos com o prefeito Luis Fernando Benedini Gaspar Júnior, o vice-prefeito, Dr. Ricardo Mele Filho, e a secretária municipal da Saúde, Bruna Toneti, para discutir medidas para amenizar as consequências da reclassificação da Região de Ribeirão Preto para a “Fase Vermelha” do Plano São Paulo.
O Prefeito apontou a impossibilidade de o município modificar a própria classificação no Plano São Paulo. Mostrou, inclusive, notificação que recebeu do Procurador-Geral de Justiça, do Ministério Público do Estado de São Paulo, de que ele poderia ser pessoalmente responsabilizado civil e criminalmente se não atender às regras.
A administração municipal e a gestão da ACE chegaram ao consenso de que a reclassificação depende, além de seguir protocolos sanitários para evitar transmissão da COVID-19, ampliar a rede de atendimento, especialmente no município de Ribeirão Preto. A reclassificação à Fase Vermelha teve como causa principal a insuficiência de estruturas de atendimento especializado para a COVID-19, que já existiram, mas foram desmobilizadas ao longo do segundo semestre de 2020, principalmente na cidade de Ribeirão Preto.
Ajustaram, então, mobilizar os municípios da região para exigir junto aos governos estadual e federal, os recursos necessários para a ampliação da estrutura de atendimento, o aumento de leitos especializados na rede regular e a auditoria das unidades de saúde para apurar a regularidade no uso da estrutura já existente.
A ACE Batatais repudiou a reclassificação da região à Fase Vermelha, com imposição dos ônus da pandemia aos empresários, quando a causa é a desmobilização das estruturas de atendimento, principalmente na cidade de Ribeirão Preto, ocorrida principalmente pela falta de financiamento do Governo Federal e Estadual para manutenção destas estruturas.
Empresários e populares se manifestaram em frente da Prefeitura
Uma mobilização de empresários e populares foi registrada na segunda-feira, 1º de fevereiro, em frente ao prédio da Prefeitura. Os organizadores, que convocaram os insatisfeitos pelas redes sociais, cobravam das autoridades providências para a abertura das empresas que foram obrigadas a baixar as portas devido à reclassificação da região à fase vermelha do Plano São Paulo. “O intuito foi de promover essa manifestação para questionar essa situação e mostrar nossa indignação com essa fase. Entendemos que cada município tem sua realidade. A gente pagar um preço de uma situação de um estado inteiro não é correto”, destacou Leonardo Rodrigues Damaceno.
O Prefeito Juninho Gaspar foi até a praça para receber os manifestantes. “Fizemos questão de recepcionar os empresários e pessoas da comunidade que legitimamente protestavam contra o fechamento do comércio por conta da fase vermelha do Plano São Paulo. Nos solidarizamos e estamos trabalhando para que o mais rápido possível as atividades voltem a normalidade na cidade”, disse o Prefeito.