Na última Sessão da Câmara Municipal de Batatais, na terça-feira, 5 de novembro, a represente dos moradores do Conjunto Salim Jorge Mansur, Zeni de Jesus Silvestre, esteve ocupando a Tribuna livre para cobrar atenção dos Vereadores e dizer dos riscos que a população residente naquele bairro vem passando. “Chega a ser desumano. O problema da água por exemplo, a Prefeitura tem ido desentupir os hidrômetros no Bloco B, pois os encanamentos estão enchendo de baratas. Chegamos a lacrar as caixas d’água, mas mesmo assim baratas e escorpiões estão aparecendo por todo lado. Existe um reservatório lá, que não temos acesso, que há 25 anos nunca ninguém limpou. Os moradores estão usando a água suja, até com bombos mortos e enfrentando problemas de alergia e outras doenças”, afirmou.
Zeni, que falou a nossa reportagem após participar da Sessão, destacou que a estrutura dos prédios está péssima. As derivações de esgoto todas danificadas, canalização de gás visível, caixa de energia escoradas e com fios a mostra e existe receio de que futuramente os prédios possam cair. Parte da parede de proteção da caixa d’água do Bloco B, já veio abaixo. “Cheguei a conversar com um bombeiro de Ribeirão Preto e ele afirmou que se vier a Batatais terá que interditar os prédios em situação de risco. Mandei ofício e depois falei pessoalmente com o Prefeito, mas será que vão esperar cair para tomarem alguma providência.
A situação se agrava, uma vez que existem no Conjunto muitas pessoas desempregadas que não tem condições nem mesmo de comprar água potável. “O mais curioso é que no período eleitoral o Salim Mansur é tratado pelos candidatos como bairro popular, agora dizem que é condomínio fechado. Estamos aqui até sem energia externa, com insegurança generalizada. Uma moça foi esfaqueada recentemente e nada é feito”, desabafou. Segundo Zeni a Promotoria já foi acionada e espera que as autoridades ajudem na solução dos problemas.
Requerimento endereçado ao CDHU pede vistorias urgentes nos conjuntos verticais
Recebemos a informação de que o Vereador Júlio do Sindicato Rural protocolou um requerimento na Câmara para que seja oficiada a CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, com cópias a Prefeitura Municipal e o Ministério Público, solicitando que sejam realizadas vistorias ‘urgentes’ na estrutura dos conjuntos habitacionais verticais, Salim Jorge Mansur e Geraldo Ferraz de Menezes, que podem estar colocando a população residente em situação de risco. “Mesmo com a informação de que a responsabilidade pela manutenção dos prédios seria agora dos moradores, apresentei o requerimento para que os responsáveis pela construção e liberação dos referidos prédios façam uma ampla vistoria e que, com o auxílio do Ministério Público, busquemos em conjunto uma solução pensando na segurança das famílias residentes nos referidos conjuntos de apartamentos, que são formadas por pessoas com baixa renda”, informou o Vereador.