Literatura infantil: a importância de ler e contar histórias para crianças pequenas
Pensando em atividade criativas para fazer durante o distanciamento social sem perder o foco no aprendizado, conheça a importância de ler para crianças
POR ENTRETANTO
Mais do que nunca, alunos, professores e pais precisam usar a criatividade para superar os desafios inéditos do distanciamento social provocado pelo Covid-19. Durante o período em que as crianças pequenas estão em casa, ler para elas pode ser uma atividade prazerosa para toda a família ,pois as histórias fortalecem a mente infantil, assim como brincar colabora para a formação da criança.
Para toda a família
Adultos e crianças estabelecem uma conexão durante a leitura – e ambos adquirem mais vocabulário e criam laços que vão durar para sempre. Contar e ler histórias para as crianças criam memórias especiais para toda a vida!
Ler e ouvir histórias fortalece a mente e o coração
“A leitura colabora muito para o desenvolvimento infantil, principalmente nos primeiros anos de vida, quando a criança tem um potencial enorme de desenvolver linguagem, afeto”, diz Luciana Brites, psicopedagoga e CEO do Instituto Neurosaber.
No final, a leitura de histórias para as crianças beneficia também os adultos, como descobriu um estudo da universidade de Roma de 2016, confirmando que “os leitores vivem mais contentes e satisfeitos do que os não leitores, e são, em geral, menos agressivos e mais otimistas.
Tudo de bom para estes tempos de quarentena, não é?
O contato com histórias faz bem
As pessoas que leem mais, em geral, costumam ser mais empáticas e compreensivas. O motivo? É que o contato com as histórias permite conhecer realidades diferentes. E isso leva a perceber que existem diversas possibilidades para viver, pensar e sentir. Isso é fundamental para quem está confinado em casa, acender a imaginação e despertar a capacidade de sonhar, inventar ou criar De acordo com o blog do clube de assinatura de livros infantis A Taba, “crianças que têm acesso a palavras e ao contato com adultos durante a apreciação de um livro tendem a ser mais saudáveis e a serem menos propensas a alguns distúrbios de comportamento, como déficit de atenção e ansiedade”.
Nossa sugestão é pegar um livro e se sentar ao lado da criança – no chão, no sofá, na cama – e então começar a contar uma história.
Algumas dicas:
Você pode deixar seu filho participar da escolha do que vai ser lido. O importante é que seja uma história, um texto que entusiasme você também, para passar isso adiante.
Vários especialistas sugerem que você faça vozes especiais para os personagens do livro. Tente, você também vai se divertir.
Também vale explorar as imagens do livro, que deve sempre estar virado para a criança poder vê-las.
Livros com acesso gratuito
Você sabia que pode acessar livros infantis grátis em e-book durante esse período? Você vai encontrar exemplares das editoras Brinque-Book, Pulo do Gato, Companhia das Letrinhas, Tricoleca, da Fundação Itaú Social entre outras.
Veja alguns links que vão ajudar na escolha:
http://quindim.com.br/blog/10-livros-criancas-3-a-5-anos/
http://quindim.com.br/blog/10-livros-fase-de-alfabetizacao/
Nas trilhas da Educação…
1.Alunos interessados em voltar a estudar na Educação de Jovens e Adultos podem procurar as escolas estaduais de Batatais para fazerem inscrição: E.E Cândido Portinari e Antônio Augusto Lopes de Oliveira Júnior.
2.MEC autoriza universidades a continuarem com aulas remotas até o final do ano de 2020.
3.Enem tem 5.783.357 inscrições confirmadas para 2020.Do total, 60% são mulheres.
Enquete sobre a nova data do ENEM 2020 vai até dia 30/06/2020 – Participe votando na página do participante, onde são apresentadas três opções com adiamento das provas em 30, 60 e 180 dias.
Espaço escola
O espaço escola destaca, hoje, uma ação solidária – O Projeto “Tampinhas Solidárias” que reúne a juventude do município de Batatais para ajudarem as organizações de animais da cidade. É uma parceria conjunta do Interact Club, Ordem Arco-íris e Ordem Demolay agindo em prol dos animais diretamente neste período difícil de isolamento social que estamos vivendo.
Toda a população pode contribuir juntando tampinhas plásticas. Quanto maior o número de tampinhas arrecadadas, mais animais serão ajudados. Além de ajudar os animais, o meio ambiente também agradece com a coleta seletiva do lixo. Uma ação que pode ser desenvolvida dentro das próprias casas.
Se você gostou da ideia e só juntar uma boa quantidade de tampinhas e entrar em contato com os números: Ana Regina Bonvini (16)99279-2647, Isadora Fernandes (016)99254-9970 e Heitor Malanotte (16)99343-3566.
Toda a renda será revertida para a APASFA e ONG Novo Caminho. A solidariedade começa com poucos e ganha força com todos. Participe e ajude!
Poesia: o velho abrigo da alma
“Aula de leitura”
Ricardo Azevedo
A leitura é muito mais
do que decifrar palavras.
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas soltas do mar,
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa,
se trabalha ou se é à-toa;
na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens do céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.
Poema extraído do livro: AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. São Paulo: Ática,1999.
Fica a Dica!
Sinopse:
O livro “A Importância do Ato de Ler” de Paulo Freire relata os aspectos da biblioteca popular e a relação com a alfabetização de adultos desenvolvida na República Democrática de São Tomé e Príncipe.
É um livro que nos esclarece que a leitura da palavra é precedida da leitura do mundo e também enfatiza a importância crítica da leitura na alfabetização, colocando o papel do educador dentro de uma educação, onde o seu fazer deve ser vivenciado, dentro de uma prática concreta de libertação e construção da história, inserindo o aluno que está sendo alfabetizado num processo criador, de que ele é também um sujeito.