A raposa e o timbu*
A raposa convidou o timbu para visitarem um galinheiro bem provido. A raposa iria às galinhas e o timbu aos ovos e pintos. Entraram por um buraco que mal permitia a passagem. Começaram a fartar. A raposa prudente, apenas satisfez o apetite. O timbu, voraz, empanturrou-se, ficando com a barriga inchada. De súbito ouviram os passos do dono da casa. A raposa passou como um raio pelo buraco e sumiu-se no mato. O timbu meteu-se a tentar, mas ficou engalhado pelo meio do corpo, ganindo como um desesperado. O homem chegou, viu o estrago e disparou a espingarda no timbu, que morreu por ser guloso. * Gambá
1. Cinco erros mais comuns na redação do ENEM: 1 – Não compreender o tema ou não saber interpretar os textos motivadores; 2 – Não saber a estrutura textual exigida; 3 – Não conhecer as competências avaliativas da banca; 4 – Não delimitar a tese na introdução; 5 – Não apresentar repertório sociocultural.
2. Vale a pena relembrar os períodos de inscrição dos vestibulares que estão abertos: Vestubular Unicamp: Inscrições abertas até o dia 23/09/2022 e Fuvest: Inscrições abertas até as
12 horas do dia 23/09
Poesia: o velho abrigo da alma
Seu Curupira, dono da mata,
como é, como é você?
Quem já viu o Curupira
cai sempre em contradição:
uns falam que ele é gigante,
outros, que é um curumim
e outros, que é um anão.
Uns falam que ele se mostra,
outros dizem que se escondem
bem dentro do breu da noite.
Mas ninguém duvida, jamais,
que o Curupira protege
as matas e as florestas
e é o senhor dos animais.
E o Curupira, se vê um caçador,
vira mágico e vira a mata.
Dá sinais, engana e pia,
assobia e espanta as aves
e espanta os outros animais.
E assim ele desvia a morte
e desvia dos caminhos o caçador.
Se o caçador não se retira,
vira fera o Curupira,
Os pêlos soltam-se do corpo,
monta num porco-espinho
e, com ira, o Curupira se atira
pra cima do caçador.
Na mata, o caçador já não mata:
chegou seu dia de caça,
vira caça do Curupira.
E o Curupira, se vê um lenhador,
brinca de esconde-esconde.
Só pra defender a floresta,
nos troncos ele se esconde.
O corpo se encolhe pra dentro,
a queixada e as imensas orelhas
se balançam com febre pra fora.
Nervosos, os galhos de agitam
e os pêlos do Curupira se arrepiam
e soltam mil choques e luzes.
O lenhador quase pira:
pega o machado, dá no pira,
sem ver que era o Curupira.
E o Curupira só ternura inspira
aos habitantes da mata.
Mas quem mata ou destrói a mata
vai ter que enfrentar a ira
do valente Curupira.
Seu Curupira, dono da mata,
como é, como é você?