Nesta semana o fornecimento de água em Batatais foi afetado por problemas em bombas em dois poços artesianos. De acordo com comunicado, divulgado pela Secretaria Municipal de Obras, Planejamento e Serviços Públicos, na terça-feira, 21 de janeiro, foi registrada a queima de bombas no Caiapós e no Sistema Santa Cruz. Como consequência, os reservatórios das áreas abastecidas precisaram ser fechados por períodos maiores durante o dia, visando a recuperação de sua capacidade durante a noite.
Um guindaste foi acionado para efetuar os procedimentos necessários de troca dos equipamentos e equipes da prefeitura estiveram trabalhando para substituir os equipamentos danificados.
Até o fechamento desta edição ainda estava em fase de regularização do fornecimento de água, com a interrupção maior durante o dia para a recuperação dos reservatórios.
Município segue com desperdício de mais de 50% da água captada
No final do ano passado, em Audiência Pública para apresentação do Diagnóstico do Estudo sobre o Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto de Batatais, elaborado por profissionais ligados a USP – Universidade de São Paulo, foi apontado que 52.14% da água fornecida em Batatais, em todos os poços artesianos e pelo sistema de tratamento, é jogada fora. Um número assustador e que representa a necessidade de maior aporte de recursos para que o município consiga equalizar o sistema, com controle de perdas, a partir de troca de tubulações antigas, instalação de hidrômetros e uma série de outros investimentos.
Pelo estudo, já estimando a projeção de crescimento populacional de Batatais e a expansão da área urbana, seriam necessários cerca de R$ 80 milhões em 7 anos para resolver os problemas de abastecimento de água na nossa cidade.
Na oportunidade o prefeito Juninho Gaspar fez questão de dizer que o tema precisa ser debatido com a sociedade. “Batatais tem agora um estudo sério e abrangente sobre a questão da água. A cidade possui redes antigas e um parque tecnológico muito defasado. Existem várias perguntas que precisaremos de respostas: vamos continuar com o município tocando a água? É viável realizar financiamentos para arcar com as melhorias necessárias? Vamos conseguir buscar os recursos em outras esferas de governo na proporção que precisamos? Concessão é o melhor caminho? O que fazer, com responsabilidade, para não onerar os cidadãos? De fato, teremos que tomar a melhor decisão possível para acabar com os problemas no abastecimento de água. É um grande desafio a ser enfrentado”, disse o prefeito.
É de fato um dos grandes desafios desta e das próximas gestões, pois, pela legislação vigente se até 2033 o sistema de abastecimento de água de nossa cidade não for autossuficiente, e as perdas não forem reduzidas para 25%, o município perde a gestão do sistema que vai ser regionalizado pelo estado. Os blocos regionais já foram definidos e a agência reguladora criada.