Na edição anterior apresentamos o início da formação do “AERO CLUBE DE BATATAIS” (Ae.C.B.), instituição que completou no dia 03 de março passado, 80 anos de uma existência ininterrupta. Para fechar nosso primeiro estudo sobre os primórdios do Ae.C.B.
A Escola de Pilotagem do Ae.C.B. teve início com a chegada do aeroplano Urbano dos Santos em dezembro de 1942, e com apenas 3 meses de funcionamento conseguiu brevetar a primeira turma de alunos, avaliados por Banca Examinadora do Departamento de Aeronáutica Civil (DAC) da 4ª zona aérea de São Paulo. Dias depois, paraninfaram a turma dos novatos e dedicados aviadores batataenses, o interventor federal, Dr. Fernando Costa e Dona Helena Gurgel Guedes – madrinha do 1º aeroplano, o Urbano Santos. Nesta época, os novos pilotos civis ingressavam automaticamente na reserva da Força Aérea Brasileira (FAB).
A diplomação ocorreu no dia 28 de março de 1943 com a presença de autoridades oficiais e militares e é considerado um dos marcos da história do Ae.C.B. Percebe-se com isso, que acontecimentos significativos não faltam para celebrar a aviação na cidade.
Durante os primeiros tempos de funcionamento do Ae.C.B., o endereço postal e ponto de recados da Ae.C.B foi a Casa Minerva, conhecido estabelecimento comercial situado na Praça Cônego Joaquim Alves. Um dos seus proprietários participou das primeiras diretorias do clube, sendo membro dos mais empolgados, o sr. Joaquim Barbosa Júnior; além de comerciante, foi proprietário redator da Folha de Batatais.
O Ae.C.B. utilizou outros espaços como sede administrativa, como uma sala nas dependências da Biblioteca Municipal, situada à época no início da Coronel Joaquim Rosa ou uma sala improvisada nas oficinas do O Jornal – situada entre a Rua 7 de Setembro e a Pça Dr. Paulo de Lima Corrêa, pertencente a outro atuante membro da diretoria da Ae.C.B. na década de 40, José Teixeira de Andrade, professor no Colégio São José e jornalista, proprietário redator do referido semanário.
Em 1944, o Ae.C.B. alugou um espaço para servir de sede administrativa à Rua 7 de Setembro nº 10-A – propriedade do sr. José Ferreira da Silva -; esta condição durou alguns anos, pois os recursos da agremiação, segundo constam das atas, “não permitiram a continuação da despesa de aluguel”. Em 1951, a sede provisória volta a ser numa das salas da Biblioteca Municipal.
A maioria dos eventos sociais, assembleias e reuniões oficiais da agremiação foram realizados na Sociedade Recreativa 14 de Março.
Outra informação retirada da impressa escrita noticia que em janeiro de 1943 foi tocado pela primeira vez o Hino do Aeroclube de Batatais durante a comemoração de batismo do piloto Cássio Alberto Lima, por execução de voo solo. O hino fora composto por Nestor Villar Figueiredo – à época gerente do Banco São Paulo em Batatais, fazendeiro, criador de gado ‘gyr’, poeta, musicista e tesoureiro de várias entidades locais – e André Ricci Pippa – professor, comerciante, compositor e membro ativo de várias agremiações locais (Não foi encontrado nenhum registro da letra do hino).
Em outubro do mesmo, foi organizado o 1º baile do Ae.C.B., realizado na Sociedade Recreativa 14 de Março, o Baile do Dia do Aviador.
A partir dos primeiros meses de 1944, a diretoria cogitou a abertura de outra via de acesso às dependências do aeroclube, partindo das terras do Instituto Agrícola de Menores em linha reta até às dependências do clube, já que as dificuldades de acesso eram permanentes na estrada oficial, apesar das incessantes tentativas de melhoria do trecho utilizado empreendidas pelo clube e pelas autoridades constituídas.
A estrada antiga ia de Batatais a Sales Oliveira, via ‘Retiro’ e num dado trecho tinha a entrada para as dependências do aeroclube. O mau estado de conservação dessa estrada perpetuou durante toda a década de 40 e início dos anos 50, quando o Ae,C.B. faz a transferência de suas dependências e campo de pouso para mais próximo da cidade. Sabe-se que havia traslado por transporte coletivo diariamente de Batatais a Nuporanga e vice-versa.
O Ae.C.B. chegou a pedir autorização aos proprietários das terras para abertura dessa nova estrada: alguns sitiantes proprietários de terras, simplesmente autorizaram, outros impuseram cláusulas e cogitou-se a compra de trechos de outros proprietários. A entidade arrecadou dinheiro com doações, subvenções e fez parcerias com o Instituto Agrícola de Menores – no período dirigido por Toledo Piza, a Empresa Bologna e a Prefeitura Municipal de Batatais para construção de uma estrada que desse melhor acesso ao aeroclube; mas até 1956 nada foi feito de forma satisfatória.
Entre julho de 1944 a junho de 1946, a Escola de Pilotagem do Ae.C.B., por diversas razões, teve suas atividades suspensas. Durante quase dois anos, essa inatividade ocorreu porque o avião de treinamento, o Urbano dos Santos, esteve em manutenção entre julho de 1944 a novembro de 1945.
Em junho de 1945, a Escola de Pilotagem retomou suas atividades por quase um ano com a chegada de um segundo aeroplano. Depois paralisou suas atividades novamente, em 25 de fevereiro de 1946, devido a suspensão geral de voos civis pelo Ministério da Aeronáutica, o que durou até abril de 1946 (OJ, 01/05/1946). Suas atividades foram retomadas, dessa vez com o instrutor de voo Arildo Suplicy de Figueiredo, que havia brevetado a segunda turma de pilotos de Batatais anteriormente (OJ, 06/06/1946).
Graças ao empenho de seus associados, em especial do conhecido editor batataense José Olympio junto às autoridades no RJ, o Ae.C.B. recebeu a doação de outra aeronave em junho de 1945, por meio da CNA; o segundo aeroplano adquirido foi um PP-RKO, Paulistinha tipo CAP-4, batizado de Amoroso Costa e apelidado pelos alunos de Vermelhinho. O novo aeroplano chegou na cidade e automaticamente passou a servir de treinamento (OJ, 28/06/1945).
Em julho de 1946, a paixão pela aviação levou um grupo de amigos de Batatais e região a adquirir, para uso privado, um aeroplano PP-TGU, um Stinson 105, o popular Tieté. O grupo era composto pelo Dr. Luís Cândido Alves, Dr. Oswaldo Scatena, Benedito Marques de Souza, Cândido de Souza Pereira Lima (Sinhô) e Luís Garcia Palma. O aeroplano ficava a disposição do Ae.C.B. para uso social da diretoria.
Ainda nesse clima nacional de entusiasmo em relação a aviação, a vizinha cidade de Altinópolis chegou a fundar seu próprio aeroclube em 04 de agosto de 1946, tendo por incentivadores Paulo Garcia Palma e Capitão Manoel Garcia Palma. De acordo com seus fundadores, o governo federal por meio da CNA faria a doação de um aeroplano Piper Cub. Ao que tudo indica, não teve continuidade.
A febre dos aeroclubes pelo Brasil foi uma constante na década de 40. Em nossa região a diretoria do Ae.C.B. participou de vários encontros de aeroclubes, dentre eles do I Congresso Regional de Aviação em Uberlândia – 24 e 25 de agosto de 46. Foi também em outubro de 1946 que o Ae.C.B. organizou a sua primeira ‘Semana da Asa’, incentivada pelo Ministério da Aeronáutica.
Esse entusiasmo aviatório pode ser percebido com a construção de outros campos de pouso no município. Em Ata de Reunião do Ae.C.B. de 10 de maio de 1947, o presidente da entidade, Dr. Luís Cândido Alves, fez registrar o pouso e decolagem de aeroplano próprio na pista particular da Fazenda Jatobá deste município.
Em meados de julho de 1947, uma notícia agitou os ares batataenses: a de que o governador eleito, Dr. Adhemar de Barros, iria abrir 10 aeroportos estaduais no interior do Estado de São Paulo. Com isso, a diretoria do Ae.C.B. e o prefeito municipal começaram a se organizar internamente e tentar promover uma audiência com o dito governador e indicar Batatais para receber um dos Aeroportos. Essa possibilidade de instalação de um aeroporto estadual não aconteceu.
Para tal, numa tentativa de ser escolhido, o Ae.C.B. adequou sua pista de pouso às medidas oficiais. Nas palavras do então presidente do Ae.C.B., Dr. Luís Cândido Alves, “graças ao alto espírito de compreensão do sr. João Zanetti, o Aeroclube permutou, com o referido senhor, terras que lhe permitirá estender sua pista de pouso para 1300 mts. Serviço já iniciado e que, provavelmente, em setembro estará concluído” … “estamos informados que, desde que tenhamos a pista, a VASP fará escala nesta cidade, duas vezes por semana” (OJ, 03/08/1947). Segundo consta, o Ae.C.B. permutou com João Zanetti, trechos dedicados ao inacabado Parque Dr. Paulo de Lima Corrêa.
Além da ampliação da pista, foi construída uma casa adequada para a zeladoria, conforme as orientações do DAC, pois o guarda-campo até então ocupava apenas um cômodo das dependências do Ae.C.B.
Entretanto, os maiores impedimentos para a instalação de um aeroporto no município não foram superados: a má conservação da estrada de acesso à entidade e a falta de transporte coletivo regular. Aliás, durante todo o período estudado, estas condições estiveram entre as principais reclamações dos associados, o que provocava uma baixa procura por aulas na Escola de Pilotagem (OJ, 21/12/1947).
Esses esforços iniciais não foram suficientes para que Batatais estivesse apta a receber um aeroporto, mas, o sonho alimentado de possuir um aeroporto adequado a qualquer tipo de aeronave e com estação de passageiros, frutificou por toda a década de 50 e mesmo nos anos 60, conforme as atas do Ae.C.B., os jornais da época e os depoimentos coletados.
Depois de 1947, pouco ou nada se tem de informações sobre as atividades do Aeroclube. As breves notas encontradas dão a entender que o mesmo esteve, novamente, sem treinamentos, por falta de alunos.
Um novo fôlego acontece no início dos anos 50, com a retomada das atividades do Ae.C.B. depois de um auxílio de alto valor dado pelo governador do Estado, Lucas Nogueira Garcez, voltado para reforma e adaptações de sua pista e aeroporto (OJ, 08/07/1951). O governador do Estado e sua comitiva fizeram uma visita oficial a Batatais em maio de 1952 e, para tal, utilizou o transporte aéreo existente na cidade.
No final de 1951, surgiu uma outra solução para o Ae.C.B. sanar as dificuldades de acesso às dependências da agremiação: a mudança da entidade para um local mais próximo da cidade, o que facilitaria o acesso ao aeroclube, pois a situação caótica da estrada era apontada pelos sócios e usuários como a maior causadora da falta de uso da Escola de Pilotagem.
Os debates sobre a mudança das dependências do Ae.C.B. estiveram, desde o início, atrelados à instalação de um aeroporto municipal. Nessa nova empreitada estavam os membros do Ae.C.B. e a própria administração pública, na reta final da gestão do prefeito Dr. Jorge Nazar.
O Ae.C.B. contou com a aprovação da mudança de local por seus associados em assembleia. A decisão recebeu parecer favorável de representante da Diretoria de Aeroportos da Secretaria da Viação e Obras Públicas do Estado enviado a Batatais para análise do novo terreno, em região mais próxima do perímetro urbano.
Com autorização da Diretoria de Aeroportos, a associação contratou estudos topográficos e traçado das curvas de níveis das pistas nas novas terras aprovadas para ser o aeroporto, inicialmente estabelecido somente nos limites da Fazenda Santa Terezinha, de propriedade Adolfo Pignolato. Esses estudos foram feitos pelo topógrafo e aviador batataense, Carlos Junqueira Nogueira.
Além disso, em assembleia seus associados autorizaram “a venda de seus bens patrimoniais e fazer doações à Prefeitura Municipal para fim de ser criado o aeroporto municipal, providencia esta já tomada pelo Prefeito, que já enviou à Câmara Municipal projeto de lei acompanhado de mensagem” (Ata de reunião do Ae.C.B., 30/04/1952).
O projeto de lei em questão foi aprovado pela Câmara Municipal de Batatais em maio de 1952. Após a aprovação do PL, deu-se a criação do Aeroporto Municipal de Batatais, conforme a publicação da Lei n. 144 no O Jornal de 08 de junho de 1952. Após a criação do Aeroporto, ocorre um intenso ingresso de novos associados no Ae.C.B.
Conforme indicam os documentos pesquisados, a construção do Aeroporto Municipal tem início em princípio de 1955 e no início de 1956 estava “quase concretizado um dos mais arrojados planos do Ae.C.B., hoje em estado de grande adiantamento” (ATA de reunião do Ae.C.B., 25/02/1956). Embora durante os anos seguintes foram feitas várias adequações e melhorias.
OJ, 05/12/1957 – Acervo MHPWL (Batatais/SP)A transferência do Ae.C.B. de local – da Baixada do Retiro para os altos da região norte da cidade, próximo ao bairro conhecido atualmente como Jardim Aeroporto ou Jardim Gabriela – ocorreu no segundo semestre de 1956, na presidência do Ae.C.B. do Dr. Manoel Alves Pereira e durante a administração municipal de Mário Martins de Barros.
De acordo com a ATA de reunião do Ae.C.B. de 25/02/1957 percebemos que a nova pista estava concluída, o hangar estava em fase de conclusão e assim foram retomadas as aulas de pilotagem.
O Ae.C.B. ‘toma novos ares’ com a retomada intensa da entidade aviatória batataense com sua Escola de Pilotagem nas décadas de 60 e 70, vivendo seu apogeu aeroesportivo, chegando a ter matriculados mais de 50 alunos.
A nova fase do Ae.C.B. nas décadas posteriores a década de 60, instalado nas dependências do Aeroporto Municipal será assunto para novas pesquisas e entrevistas. Por enquanto, compartilhamos com os leitores os bastidores da criação do Aeroclube de Batatais, suas dificuldades de acesso por terra e o entusiasmo da sociedade batatatense por este empreendimento, com destaque às mulheres sócias e aviadoras e outras curiosidades.
No final da década de 80 do século XX, o espaço é nomeado de Aeroporto Municipal Comandante Jorge Dimas.
AS MULHERES NA AVIAÇÃO BATATAENSE NOS ANOS 40, 50 e 60
Desde a primeira composição da diretoria do Ae.C.B. temos uma pequena participação feminina, seja como membros da diretoria, sócias e/ou alunas. Algumas dessas representantes femininas, em Batatais, na década de 40 foram: Olga Mello Silva, Carmem Sylvia Lellis de Lima, Yolanda Tambellini, Dinah Góes Ribeiro Silva, Maria Ignez M. Junqueira, Abigail Alvim Garcia, Isabel Martins de Barros, Doquinha Alves Ferreira, Maria Odila Martins de Barros, Maria José Nogueira de Barros, Olga Stolai, Genoveva Garcia, Maria Antonieta Borges, Flora Roncaratti, Teolinda Andrade Diniz Junqueira, Berenice Alvim Garcia, Pepa Lima Lellis, Carminha Barboza, Albertina Crivelenti, Maria Delamarque Macedo, Aurora Maria Oliveira Silva, Célia Carvalho, Maria Rita Lellis, Maria Amália Pires da Cruz e Neusa Zanetti.
Porém, as mulheres que chegaram a possuir brevê, sendo atuantes e que mais tempo permaneceram na Escola de Pilotagem foram: Olga Mello Silva e Carmem Sylvia Lelllis de Lima.
OLGA DE MELLO SILVA
Primeira mulher a brevetar na Escola de Pilotagem do Ae.C.B., aos 25 anos de idade. Matriculou-se no dia 09 de dezembro de 1942 na E.P., solou a 16 de janeiro de 1943 e brevetou em 08 de dezembro de 1943.
Olga Mello Silva era natural de Orlândia, cidade vizinha a Batatais, nascida a 19 de março de 1918, era filha de José Aurélio Silva e Ambrosina Mello Silva. Sabe-se que teve pelo menos quatro irmãos: Nelson, Paulo, José (Dr. Zezé ou Dédu) e Enoc (os dois últimos residiram em Batatais).
Esteve presente desde a primeira reunião de formação do Aeroclube. Foi professora regente da Escola da Fazenda da Morada e depois no Grupo Escolar ‘Dr. Washington Luís’. Enquanto trabalhou na cidade, provavelmente morou numa pensão e/ou com seu irmão Dédu, médico e aviador na cidade.
Fez parte da diretoria do Ae.C.B. durante algumas gestões na década de 40. Solicitou oficialmente seu desligamento no ano de 51, provavelmente quando estava de mudança de Batatais.
Faleceu na década de 60, vitimada por um câncer. Está enterrada, conforme relatos em Campinas.
CARMEN SYLVIA LELLIS DE LIMA
Primeira batataense a brevetar pela Escola de Pilotagem do Aeroclube de Batatais, aos 19 anos de idade. Matriculou-se na E.P. no dia 12 de janeiro de 1943, solou no dia 30 do mesmo mês e brevetou no dia 08 de março de 1943.
Nasceu em Batatais, no dia 27 de agosto de 1924, era filha de Francisco Tristão de Lima (Chicó) e Maria José Lellis de Lima (D. Filhinha). Viveu com sua família até casar-se na Rua Barão de Cotegipe. Teve por irmãos e companheiros de aviação: Paulo Sérgio Lima (casado com Norma Terezinha Lima) e Cássio Alberto Lima (casado com Claire Garcia Machado de Lima, filha de Helena Garcia Barboza e Joaquim Barboza Júnior).
Começou os estudos primários no Externato Cabral e os completou junto com o Ensino Ginasial no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora de Batatais.
Fez o curso de Secretariado Bilingue no Externato Ophelia Fonseca em São Paulo
Em 1948 já era casada. Seu marido e companheiro de voos chamava-se Carlos Junqueira Nogueira. Até onde levantamos, o casal teve uma filho, Rafael Luiz Lima Nogueira.
O pai de Carmem foi tabelião do 1º ofício durante anos. Chicó, como era conhecido, filho do Coronel Ovídio Tristão de Lima e Dona Adelaíde Azevedo Lima. Teve como irmãos, o Coronel Ovídio Tristão Junior, Maria Aparecida de Lima Ordine, Geraldo Tristão de Lima. Faleceu em 06 de maio de 1948. Netos: Sylvia Lúcia Machado Lima, Marco Antônio Machado Lima e Rafael Luiz Lima Nogueira.
CURIOSIDADES
– Na década de 20, Batatais possuía uma pequena pista de pouso situada nas proximidades da Vila Vicentina;
– Na década de 30, Batatais teve outra pista simples de pouso que ficava nos altos do bairro Riachuelo, conhecido como Campo do Riachuelo, possivelmente próximo a Caixa d´Água.
– O hangar e pista do nosso 1º aeródromo foram projetados pelo governo do Estado; após autorização oficial foi construído pelo empreiteiro local, Rômulo Rigotto.
– No primeiro estatuto da entidade consta que a data 25 de fevereiro foi escolhida para ser o dia da transição das diretorias. A escolha da data está relacionada à história da cidade. “… o dia 25 de fevereiro é para o calendário de Batatais, a data que assinala o início de sua existência, oficialmente reconhecida. Foi aos 25 de fevereiro de 1815 que o Príncipe Regente houve por bem estar crear uma nova Freguezia no longínquo sertão da velha ‘Estrada dos Guayases’, dalem Rio Pardo, no lugar denominado ‘dos Batatais’” (OJ, 14/03/1943).
– A estrutura do 1º hangar ainda existe, é a que está no Aeroporto Municipal de Batatais, na mudança de local do Ae.C.B. foi desmontado e remontado nas novas dependências.
– Para conhecer as diretorias do Ae.C.B., no período estudado, acesse o site do Jornal Cidade de Batatais, https://jornaldacidadebatatais.com.br/colunas/giro-historico-e-cultural/ e busque a coluna Giro Cultural e Histórico, a partir do dia 16/04/2022.
– 1ª Diretoria do Aeroclube de Altinópolis: Paulo Garcia Palma, prefeito municipal, presidente honorário; Capitão Manoel Garcia Palma, presidente; Dr. Pio Antunes de Figueiredo, vice-presidente; Nilson Vicentini e Walter Vicentini, secretários; Adelmo Galleotti e Arlindo Vicentini, tesoureiros; Adhemar Vilela de Figueiredo, diretor geral; Hermenegildo Mango, Newton Vicentini, Elpídio Faria, conselho técnico de areonáutica; Alferio Zucoloto, José Thales Meirelles e Luís Garcia Palma, conselho consultivo e de contas. (OJ, 08/08/1946)
– A Fundação Santos Dumont, com sede na capital paulista, fundada em 1956 foi dirigida pelo engenheiro aeronáutico, Romeu Corsini, de família residente em Batatais, no final da mesma década e início dos anos 60. O dito engenheiro juntamente com Adonis Maitin criou em 1941, o avião Paulistinha.