O varejo, no início de 2021, continuou perdendo fôlego pela falta do auxílio emergencial e pelo recrudescimento da pandemia. A lenta vacinação, o surgimento de uma segunda onda da covid-19, as novas medidas restritivas (fase vermelha e emergencial) e a queda da confiança do consumidor em fevereiro e março deverão manter essa tendência de arrefecimento para o varejo restrito durante o primeiro trimestre.
Em janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo restrito (que não incluem veículos e material de construção) e do ampliado (que consideram todos os segmentos) apresentaram quedas de 0,3% e 2,9%, respectivamente, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Essas retrações ficaram abaixo das expectativas de mercado, e interromperam uma sequência de aumentos nas vendas, registrados durante o segundo semestre de 2020. Em 12 meses, ambos tipos de varejo também apresentaram piora em relação à leitura anterior, com alta de 1,0% e recuo de 1,9%, respectivamente.
Frente a essa situação, dizem os economistas da ACSP, as famílias continuaram priorizando o consumo de itens essenciais e relacionados com a maior permanência nos lares, tais como farmácias, supermercados e materiais de construção, cujas vendas seguiram em expansão.
Pelos mesmos motivos, foram anotadas contrações nas vendas de tecidos, vestuário e calçados – a maior contribuição negativa – e móveis e eletrodomésticos, em linha com o antecipado pelo Balanço de Vendas, divulgado pela ACSP em janeiro, além de veículos e artigos de escritório e informática. Fonte: ACSP