No início desta semana, em reunião virtual entre o Prefeito Juninho Gaspar e a Secretária de Saúde, Bruna Toneti, com o Diretor do Instituto Butantan, Dr. Dimas Covas, com a participação da Vereadora Marilda Covas e médicos do instituto, foi discutida a questão da agressividade e evolução rápida do novo coronavírus em Batatais.
Mesmo com isolamento social medido pelo Estado, onde nossa cidade sempre esteve bem posicionada, a explosão de casos chama muito a atenção. Seria a P1 que chegou por aqui ou uma nova variante? A partir desse encontro ficou definida, e realizada durante a semana, a coleta de 10 amostras de sangue, que foram para o Butantan para fazer o sequenciamento do vírus.
Outro ponto importante levantado, foi a necessidade de se chegar a 70% de isolamento durante o Lockdown, pois Batatais está com a taxa de reprodutividade do vírus de 1,40, o que significa que 100 contaminados passam a doença para mais 140 pessoas, um índice 2,5 vezes mais rápido do que o registrado no início do ano passado.
O Butantan propôs uma série de ações para quebrar a cadeia de transmissão e manter a pandemia sobre controle, sendo: intensificar o inquérito epidemiológico com o máximo de testagens, através dos testes mais efetivos, PCR e antígenos, com a retaguarda do Hemocentro de Ribeirão Preto; fazer o sequenciamento genético da cepa circulante, o que já está em andamento; introduzir o georreferenciamento dos casos e contatos; Introduzir a vigilância epidemiológica ativa pelo aplicativo “Tainá” – Contact Tracing, fornecido pelo instituto; tratamento com plasma nos casos de diagnósticos recentes (sendo que 50 bolsas já chegaram na cidade) e criação do centro de monitoramento. Todas as medidas estão viabilizadas na parceria do município com o Butantan para tentar frear a contaminação na cidade.
O Dr. Dimas Covas fez os cálculos, com os dados atuais de Batatais, e após a implementação do aplicativo Contact Tracing, será preciso cadastrar 1.200 pessoas por dia e em 33 dias será apresentada uma fotografia completa da epidemia.