As micro e pequenas indústrias têm buscado recursos no mercado para financiar suas operações, mas apenas 40% delas estão conseguindo sair dos bancos com contratos de empréstimos assinados.
É o que mostra a 13ª edição da Pesquisa Indicador Nacional da Micro e Pequena Indústria de maio, realizada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) em parceria com o Datafolha. O instituto de pesquisa abordou 712 empresas entre abril e maio nas cinco regiões do País. Apurou que o número de empresas que buscaram empréstimo no último bimestre aumentou 5 pontos porcentuais e alcançou um dos maiores índices da pesquisa, com 19%, perdendo apenas para o bimestre agosto-setembro de 2022, quando chegou a 20%.
O ambiente para a tomada de empréstimos por este segmento continua árido por conta da elevada taxa de juros ou mesmo pela simples ausência de linhas de crédito proporcionais ao tamanho da empresa.
Em conformidade com o Simpi o país tem a falta de linhas de créditos adequadas ao tamanho de suas atividades, 14% das empresas tomaram empréstimos pelo cheque especial e 11% usaram o crédito pessoal. Por isso é que, em alguns casos, as taxas chegam a 400%.
INADIMPlÊNCIA
A taxa de inadimplência registrou aumento no bimestre abril/maio, a falta de pagamento de clientes para as Micro e Pequenas Indústrias (MPI’s) chegou a representar 38% do faturamento em relação aos outros meses. É o maior valor desde janeiro deste ano. As regiões Centro Oeste/Norte e Sul do País são as mais afetadas pela falta de pagamento e a porcentagem de empresas chega em 47%.
Ele acrescenta que quando se tem um aumento de 14% para 19% no número de empresas buscando crédito, na prática a mensagem é a de que as empresas estão sem dinheiro em caixa. E a pesquisa mostra que apenas 8% das 712 empresas pesquisadas afirmaram ter capital suficiente para passar o mês. Outras 53% das MPIs não têm recursos para fechar o mês.