Temos o hábito de mais pedirmos do que agradecermos, não generalizando. Majoritariamente, pessoas de diferentes idades e residentes em locais diversos, realizam pedidos parecidos, agregando-se em grupos: os pedidos materiais e os não materiais. Cada um desses grupos, compostos por pessoas de diferentes realidades, vivências diferentes, priorizam o que elegem, para si, como prioridades. Imaginemos o que pediria uma pessoa internada em um hospital oncológico? Paralelamente, imaginemos o que pediria uma pessoa abastada e com saúde? Há de se relevar que nossas expectativas e pedidos decorrem de nossa história vivida.
Esses pedidos também podem mudar drasticamente, dependendo das mudanças ocorridas na vida das pessoas. Uma mesma pessoa, pode ter sido fútil no passado e não materialista no presente, ou o contrário. Essa mudança radical ocorre em casos muito específicos. Tanto que, existem pessoas, que mesmo passando por experiências difíceis não chegam a tornar-se desprendidas de bens materiais.
Há de se considerar que o diálogo entre pessoas tão diferentes, torna-se bastante difícil, em virtude de que a empatia não é alcançada pela maioria dos humanos, assim não viver o que o outro vive, faz com que a pessoa não consiga imaginar – de verdade – pelo que o outro passa. Também, existem os capazes de conseguir com a empatia e pela empatia, humanizarem-se e gerar delicadeza, desprendimento e bondade.
Saibamos que os bons exemplos que possamos gerar não são o bastante para serem determinantes na formação de nossos filhos e de outras pessoas com as quais convivemos, porém, o mau exemplo tem um peso muito maior do que o bom exemplo nas pessoas que tentamos formar e convivemos. Ainda assim, entendo ser imprescindível que façamos ações de caráter, e essas além da finalidade para as quais foram geradas, também servirão de exemplos aos outros.
Talvez o maior presente que possamos ganhar é a preservação ou o resgate da saúde. Não há riqueza maior. Desprovidos de saúde, nada somos ou muito pouco podemos. Temos que preservar a saúde mental, tão importante quão a física. Quando as possuímos, pouco temos a pedir.
Pedir pela família, pela vida de nossos familiares, por momentos de paz e união… Temos que agradecer, muito mais do que pedir.
Momentos alegres e felizes advém da saúde, da família, da paz, da união… Vejamos como o imprescindível é imaterial e não conseguimos comprá-los, caso não os tenhamos. Desta feita, agradeço, mais do que peço.
Quando gostamos de alguém, o ideal é que lhe desejemos: – que tenha uma vida longa e uma morte breve.
Se chegarmos a perder quem amamos, a sua morte apenas o tornará invisível. Pela sua importância, essa pessoa continuará naqueles para os quais teve real importância, assim, em nós. E, a saudade, a manterá viva em nós, em nossas ações e pensamentos! Muito amor envolvido!
A vida, faz com que aprendamos a olhar para o céu e contemplar a beleza do azul, a mirar a luminosidade que adentra a casa, a dizer a nossos amados: – obrigada por existir em nossa vida e da sua importância para sempre. Aprendemos, caso queiramos, estando abertos a isso, a gostar da nossa companhia, assim, a entendermos que é hora de procurar menos e encontrar mais, e a conseguirmos ver o que já está postado à nossa volta e ainda não havíamos percebido.
A seguir, dois presentes para vocês e esperamos que gostem:
Guimarães Rosa nos diz: “O mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, mas elas vão sempre mudando”;
Mário Quintana, lembra-nos: “O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você”.
O que Carlos Drummond de Andrade nos fala sobre o ano novo, pode ser pensado sobre cada novo dia que começa: “Para ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”.
Aproveite cada novo amanhecer!
Pense nisso!