A estrutura oferecida pela Unidade de Pronto Atendimento José Antônio da Silva Neto foi severamente criticada pela população nas últimas semanas, especialmente com o aumento da procura por pessoas com síndromes gripais. Em nossa redação colhemos quatro depoimentos de pessoas que relataram os problemas que enfrentaram:
“Estive na UPA, no último dia 2, onde minha mãe Ângela Rodrigues Damasceno se encontrava no estabelecimento desde as 16h e até as 20h sem atendimento com fortes dores musculares. Chegando lá, me deparei com ambiente superlotado, um descaso com a população e as más condições de higiene do local. Um único médico fazia o plantão para o atendimento geral, sendo que não poderia contar com o outro, pois estava na emergência e com várias pessoas sendo socorridas. Sem falar na falta de remédio na farmácia. Entra ano, sai ano, muda a administração e o problema continua. Precisamos urgentemente de mais atenção e melhor atendimento em nossa saúde pública”, Leonardo Damasceno – publicitário.
“Estive na UPA há algumas semanas, com virose e não conseguia parar em pé. Estava pós-cirúrgico de um corte de 30 pontos e precisava me deitar. Lamentável, pedi, eu e meu filho, que estava me acompanhando, para me deitar e tive a resposta da funcionária que se isso acontecesse iria demorar ainda mais para me atenderem. Não tenho o que reclamar do atendimento do médico, somente da demora mesmo”, Hanai da Silveira – designer e arquiteta.
“Eu fui muito bem atendida na UPA, porém me deparei com uma má acomodação dos pacientes. Um lugar sujo, sem nenhuma estrutura e higiene. E a demora nas consultas era imensa. Poderiam ter um atendimento mais detalhado caso tivesse mais médicos no local”. Ana Carolina Teodoro – vendedora.
“Quero ressaltar que fui muito bem atendida, no último dia 31, pelo médico de plantão, mas fiquei três horas sentada esperando, com muita dor, para ser atendida. O que mais me assustou na UPA foi ver pessoas que já estavam com Covid esperando no mesmo lugar que eu que não estou. Graças a Deus, tomei uma injeção para dor e fui embora, mas fiquei com medo. Acredito que o local precisa de um novo planejamento, uma ala separada para positivos com covid, uma limpeza geral, pois lá tinha muitos cachorros com pulga e carrapatos. E a população também tem uma parcela de culpa, com a falta de higiene em um ambiente que deve ficar limpo o tempo todo”. Maria Cubas – aposentada.
“A upa está uma vergonha, tenho medo de ir pra lá e morrer. Além de ter que ficar esperando por horas, tem o agravante dos cachorros que estão ali cheios de carrapatos. Sinceramente, vou pensar duas vezes antes de levar meu filho lá novamente, só em último caso. Meu filho estava com febre de 40 graus, ficou sentado esperando das 19h até 21h30 e ainda tinha oito pessoas na frente dele. A administração precisa urgente colocar pessoas que querem trabalhar dentro da UPA e não só ganhar o salário. Só queria saber pra onde está indo o dinheiro da saúde? Porque pra UPA eu tenho certeza que não está”, Cristiano Fracaroli Tomazini – segurança.