Está acontecendo no Egito mais uma conferência climática/ambiental, é a COP27, como todas as anteriores o alerta vem, mas as ações não, temo que atitudes como estas onde os governantes comparecem bem intencionados não passam de um espetáculo para o mundo onde eles possam expressar suas preocupações, mas efetivamente pouco fazem.
Tudo parece ser uma imensa alienação que provoca um torpor imediato, mas depois nada muda. E é nessa COP do deserto que as florestas estão ganhando uma chance, um termo cunhado parece alento de esperança, mais um. É o que eles estão chamando de “OPEP Verde”, ou ainda a “OPEP das florestas tropicais”.
Essa designação envolve três países, Brasil, República Democrática do Congo e Indonésia, juntos esses territórios detêm 52% das florestas tropicais do mundo e é um potencial imenso para o mercado de carbono. Essas florestas são cruciais para evitar uma catástrofe climática, são elas as reguladoras do clima e freios naturais para o aquecimento global, mas o que vemos é o avesso: avanço do desmatamento, degradação florestal, agropecuária, mineração, ou seja, a área verde vem reduzindo de forma gradual e contínua.
Esses países, BIC ( Brasil, Indonésia e Congo) assim eles já estão sendo tratados, pretendem financiamento internacional para ajudar na conservação florestal, a estratégia é impulsionar projetos de recuperação e ver novamente verdejar os campos, mas existe um pré-requisito o desmatamento precisa parar agora e esse é o desafio número zero de Lula na seara ambiental.
Conforme ocorreram no passado as ações não acompanharam o discurso, daí o ceticismo acerca do tema. Espero que essa ideia saia do papel e se tal acontecer poderemos respirar mais aliviado, se tal não acontecer tanto essas conferências ou até o papel da ONU não passam de meras representações que criadas pelo raciocínio de manutenção do capital nos leva cada vez mais ao inferno da alienação e para lá vamos todos como “corpos dóceis” que vivem acreditando naqueles que elaboram os discursos de dominação.15