Uma pessoa de Botsuana que estava na África do Sul foi diagnosticada com a variante Ômicron, lá contaminou outras, daí o vírus partiu para Hong Kong depois Europa, EUA e Brasil, sabe-se que pelo menos 25 países já registraram sua presença, mas infectologistas afirmam que a Ômicron já está por todo continente africano.
A Ômicron é a 5ª “variante de preocupação”, tivemos a Alpha no Reino Unido, a Beta na África do Sul, Gama em Manaus e a mais poderosa de todas a Delta na Índia, essa praticamente exterminou todas as anteriores e trouxe grande preocupação para o mundo, nós brasileiros a sentimos de perto e os números foram estarrecedores.
Agora chegou a vez da ainda desconhecida Ômicron, o que se sabe é que ela é muito mais transmissível acumulando mais de 50 mutações, todavia mais mutações não quer dizer necessariamente que ela é pior ou mais grave, ainda sabemos pouco, mas o pouco que sabemos, apesar de ser altamente transmissível, o resultado felizmente até o momento, parece ser mais leve que sua antecessora.
Temos que considerar que os países africanos onde encontramos o maior número existe muito pouca vacinação, a África do Sul não chegou aos 25% da população totalmente imunizada e são os jovens que estão infectando mais, uma evidência que a vacina funciona. Vacina e máscara.
Parece que o vírus está querendo nos ensinar e não estamos querendo aprender, a covid não é um problema local, ela começou como uma doença respiratória na China, chegou na Europa, no Brasil causou falta de oxigênio em Manaus e vários outros problemas fatais, acumulou mutações na Índia e agora gera variantes na África. O vírus é um problema global, mas a vacina pode barrá-lo, desigualdade de vacinação proporciona novas variantes, estamos caminhando bem com nossa campanha vacinal, mas o que adianta o estado de São Paulo estar com 75% da população vacinada se Roraima ainda não chegou aos 30%? Essa discrepância nos coloca em risco, só estaremos seguros quando o mundo todo estiver vacinado. Talvez a Ômicron tenha vindo num momento para refletirmos, estão chegando as festas do final de ano, carnaval e algumas cidades estão considerando a flexibilização do uso das máscaras, apesar do momento que estamos vivendo ser outro, graças a vacinação, esta variante pode não ser tão dramática, daí a importância total de tomarmos a segunda dose e o reforço e seguir tomando sempre que as autoridades sanitárias determinarem. Restringir entrada de pessoas no país também é muito importante.
Temos que trabalhar sério e levantar a guarda porque novos riscos sempre vão surgir.