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Homepage > Colunas > Professor Ricardo > O trabalho: a encruzilhada do destino
15 de maio de 2020

O trabalho: a encruzilhada do destino

Em 1889 em Paris, foi realizado um congresso organizado pela Segunda Internacional Socialista, uma de suas pautas era a regularização do trabalho e para tanto tomaram como referência a greve do 1º de maio que teve em Chicago em 1886, os trabalhadores naquela ocasião estavam lutando por melhores condições de trabalho e redução da jornada, trabalhava-se até 17 horas por dia. Houve confrontos, mortes e prisões, mas a luta não foi em vão, códigos foram criados e direitos inseridos em diversas constituições, no Brasil a data foi instituída em 1925, mas foi com Getúlio Vargas que a data ganhou força e em 1943 no Primeiro de Maio criou-se a CLT: Consolidação das Leis do Trabalho.

A palavra trabalho e sua significação na História sempre foi alvo de diversas interpretações e variados conceitos. Trabalho tem sua origem no latim Tripalium que quer dizer tortura, ou ainda, aquilo que provoca dor; de fato na Grécia o trabalho era coisa de escravo, nobres não trabalhavam, dedicavam seu tempo ao ócio criativo e a prática de exercícios, daí advinham suas virtudes e o bom aproveitamento desse progresso físico, mental e moral constituíam a ética com base no talento natural que foi concedido. Desenvolver esse talento bem feito era o caminho para a felicidade.

Esse conceito acabou sendo reinterpretado por Kant no início da Idade Contemporânea que passou a afirmar que o trabalho era um meio para se realizar algo que não lhe foi dado aprioristicamente, ou seja, com muito esforço e sacrifício pode-se conseguir uma vida digna, com ética e ser feliz nas ações realizadas.

Portanto o ditado popular: “O trabalho enobrece o homem” parece não ser tão correto, porque o nobre nunca foi afeito ao trabalho, os burgueses sim, estes trabalhavam, mas nunca foram nobres. Nobres não gostam de se sacrificar, querem apenas o regozijo da boa vida.

Veja o caso da novela Fina Estampa, Tereza Cristina odeia o trabalho, enquanto Pereirão dá um duro lascado, ambos procurando a felicidade ao seu modo, ou ainda no futebol quando Sócrates jogava, era um nobre que pensava e encantava com a genialidade, mas sacrificar-se em campo jamais, quem fazia isso por ele era BiroBiro que corria feito louco para o doutor jogar. Outros ainda dizem que o trabalho é formador do gênero humano, inclusive na sua dimensão espiritual, outros já dizem que é algo que aliena e deforma o ser humano.

Bem, são muitas suas definições e nos dias atuais ele volta a tona, trabalhar na quarentena ou não, ser ou não ser. Ainda sem entender o termo em sua plenitude, o Primeiro de Maio nos remete a uma reflexão, mas uma coisa é certa o trabalho sempre existiu e sempre vai existir, de uma forma ou de outra, pois é ele que amálgama as relações humanas mais profundas, ele é o motor da História.

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