A região do levante, um lugar muito antigo na história da humanidade, na borda do mar Mediterrâneo que envolve países como Síria, Líbano, Israel e a nação palestina, conviveram por muito tempo em equilíbrio. Cidades históricas como Aleppo, Beirute, Damasco, Jerusalém e a Faixa de Gaza entre outras prosperavam por terra e mar.
Hoje não vemos assim, portanto não são os povos, mas sim seus governantes que trouxeram as tragédias que abatem terrivelmente as pessoas que por lá coabitam.
Em resposta a esses desgovernos as sociedades locais viram proliferar em seus territórios grupos terroristas e partidos políticos radicais pregando o ódio uns contra os outros. A religião também serve de tempero forte para justificar ações hediondas de todos os tipos de todos os lados. Islâmicos x judaísmo x sunitas x xiitas só para ficar em algumas delas, o Hamas, localizado em Gaza, é um desses grupos. Com um efetivo entre 40 a 50 mil membros, além de possuírem armamentos também venceu as eleições na Palestina ocupando 72 cadeiras dos 132 assentos.
Seu regimento é claro, seguir Alá, Maomé, o Corão como constituição e pregar a jihad, que mal entendida serve como guerra, e não reconhecem o Estado de Israel. É a faca nos dentes e o sangue nos olhos. Eles são sunitas.
O outro grupo palestino, que foi expulso da Faixa de Gaza depois das eleições é o Fatah que caminhou para a Cisjordânia, outro território palestino dentro do Estado de Israel, fundado por Yasser Arafat em 1959 este é menos radical e mais sincrético que o Hamas, mas mesmo assim sofre vigilância estreita de Israel. É o inimigo dormindo com o inimigo todas as noites.
Na fronteira ao norte de Israel está o Líbano e este na década de 1980 (como o Hamas) fundou o Hezbollah, o Partido de Alá, que é um grupo que tem representantes no parlamento libanês, mas também atua de forma militar e paramilitar, sua orientação religiosa é xiita, como os iranianos que tem uma força significativa na política libanesa.
O Hezbollah surgiu em resposta a invasão israelense no sul do seu país, agora eles estão a postos e com o apoio do Irã, o que complica toda a geopolítica insana do local.
Acrescentando a isso tudo temos a Jihad Islâmica outro grupo totalmente terrorista fundado por jovens estudantes do Egito que se notabilizou nos anos de 1980 com ataques suicidas. Hoje é o menor de todos e por ser pequeno é sobre eles que estão imputando o ataque ao hospital de Gaza que deixou centenas de mortos. Biden em conforto a Netanyahu disse que foram os jihadistas. Na guerra a primeira coisa que morre é a verdade.
O certo é que de explosões em explosões Gaza vai sumindo, o povo judeu vai se vingando e o Egito começa a pensar a receber de volta, talvez milhões de palestinos, para se fixarem no Sinai.
Na Bíblia, Moisés saiu do Egito e levou o povo hebreu para a Terra Prometida, Canãa que hoje corresponde a Israel, Gaza, Síria, Líbano e Jordânia, terras do Levante e que hoje sem solução a população civil de Gaza se vê obrigado a voltar, contra a sua vontade, mas pela força de israel. Tristes tempos na terra prometida.