Olá pessoal, hoje vamos falar de um fenômeno interessante e na mesma proporção preocupante, que vem ocorrendo neste fechamento de semestre.
Assim como nós em nossa empresa, o mercado realiza um balanço para medir a performance do semestre, e recentemente li que uma Startup havia sofrido muito e não sobreviveria, e neste último final de semana meu genro comentou de uma startup que uma amiga dele faz parte que estava sofrendo demais para se manter de pé, após isso comecei a ver várias notícias correlacionadas, e inclusive os investimentos neste tipo de empresa caíram na casa de 44% no período.
O que é uma Startup?
É uma empresa em fase inicial que possui uma proposta de negócio inovadora e com um grande potencial de crescimento. Elas podem atuar em qualquer área ou tipo de mercado e, normalmente, utilizam a tecnologia como base para suas operações.
O que é uma empresa Unicórnio?
As empresas unicórnio são aquelas que atingem uma valorização de 1.000 milhão de dólares sem ter presença na bolsa, e isto é o sonho de qualquer Startup quando começa a funcionar.
Após me inteirar sobre o que estava ocorrendo no mercado, ficou claro para mim o entendimento que o final do semestre de 2022 no ecossistema de startups foi marcado por demissões em massa em todo o mundo, grandes empresas de tecnologia congelando contratações e investidores de capital de risco muito mais cuidadosos ao investir.
Uma forma simples de explicar o motivo é relacionar este impacto aos efeitos de uma crise mundial, também a fatores macroeconômicos como alta de juros, inflação e uma terrível perspectiva de recessão em todo o mundo. Com isso em destaque os investidores mudaram seus rumos, deixando de lado sua agressividade e aumentando a cautela.
Essa tal cautela fez com que as startups tivessem que lidar com uma realidade diferente, pois sempre recheadas de investimentos, agora estão focando em um planejamento financeiro mais eficiente e inclusive revisando suas estruturas, e realizando o que toda empresa nas fases seguintes de sua existência normalmente tem que fazer, cortar custos, incluindo pessoas quando necessário.
Sabendo que as startups cortaram o que precisavam para alcançar a sustentabilidade do negócio, ou seja, deixar o crescimento sustentável, time reduzido, cultura forte, foco em gerar receita, lucro e muita cautela na queima do caixa, temos certeza de que muitas sobreviverão, ou pelo menos é o que esperamos.
Os especialistas dizem que as que em sua natureza já focam na sustentabilidade do negócio, devem sobreviver à crise, as demais dificilmente.
Isso é motivo para as organizações e profissionais que tem negócios com startups mudarem suas relações?
Sem sombra de dúvidas estes momentos geram muitas incertezas, mas eu sempre acredito que as melhores oportunidades também aparecem. É preciso que profissionais que trabalham com a inovação saibam analisar os estágios das startups, seus produtos, diferenciais e saibam mapear as oportunidades de atuação bem como as dores que podem ser resolvidas e/ou amenizadas pelas startups.
Este risco é diferente das Startups que nascem por meio de iniciativas de Corporate Venture Builder (CVB), prática das corporações criarem startups e novos negócios suportados por um método robusto e eficiente. A opção se torna interessante uma vez que, diante de cenários de incerteza, muitas companhias se voltam para o fomento de projetos e iniciativas internas com objetivos de focar na criação de valor e no potencial já instalado.
É importante destacar que a palavra “Lucratividade” é considerada o mantra do momento, em empresas em geral, e principalmente as Startups estão a utilizando a todo instante.
Para concluir hoje segue uma frase do Mestre Yoda de StarWars: “Não tente. Faça… ou não faça. Não há tentativa.”