Ao buscarmos personagens locais e seus confrontos e enfrentamentos nas adversidades de qualquer ordem, temos as narrativas realizadas sobre a Segunda Guerra Mundial pelo viés feminino e pessoal de Altamira Pereira Valadares.
Selecionamos o mês de dezembro de 1944 para retirar trechos do diário pessoal da batataense que trabalhou como enfermeira voluntária da Força Expedicionária Brasileira (FEB), para conhecermos um pouco mais do cotidiano de guerra na Itália.
Os diários de guerra são uma das fontes documentais das mais interessantes para se compreender as vivências da 2ª Guerra. Os registros pessoais mais conhecidos do público são os dos pracinhas e oficiais brasileiros membros do Exército, Marinha e Aeronáutica. Algumas poucas mulheres brasileiras na guerra – as enfermeiras – fizeram seus registros, sendo uma delas, a batataense Altamira Pereira Valadares.
O diário feito por Altamira foi batizado pela própria autora de DIÁRIO DE GUERRA e tem dois volumes. No pós guerra, a autora pôde revisitar o próprio diário por várias vezes, e com isso acrescentar fotos, recortes de jornais e de revistas de época, incluir observações ou fazer supressões.
Disponibilizamos trechos do DIÁRIO DE GUERRA da enfermeira Altamira durante o mês de dezembro de 1944.
Com isso, os leitores e leitoras perceberão como um dos agrupamentos, no caso o 32º Hospital de Campo (32nd Field Hospital), retaguarda próxima a um dos fronts, na região de Valdiburra – local onde esteve designada na época – pensou e interagiu com a realidade da guerra.
O enfrentamento de barreiras começava pela dificuldade na comunicação nas duas línguas faladas: o inglês e o italiano, seguia pela formação inadequada e diversificada para o exercício da enfermagem, até as barreiras geoclimáticas, como o frio intenso.
Com a leitura do DIÁRIO DE GUERRA nos deparamos com o que a enfermeira escreve sobre si mesma, a guerra, os lugares, as pessoas, relacionamentos, hierarquias, as dificuldades da língua, dos costumes, da comida, do ofício, enfim, dos múltiplos desafios do dia-a-dia.
Os trechos selecionados tratam do cotidiano tenso e sangrento da guerra vivenciada, mas ainda assim não a deixou alheia aos costumes e tradições da terra deixada quanto às festividades e o significado do Natal.
A leitura do que foi vivenciado pela enfermeira Altamira no mês de dezembro mostrou apenas o esboço da intensidade do conflito nos dias que se seguiram a dezembro de 1944 até o desfecho do conflito em maio de 1945. Vamos a ele:
Uma das primeiras informações que nos é dada por Altamira em seu diário foi a intensa rotina de trabalho dos setores das enfermarias dos hospitais de campanha. As enfermeiras enfrentavam longas e árduas horas de trabalho e plantão, com duração de 16 horas por 8 horas de folga. Começavam a ter cada vez menos tempo para um bom descanso.
“meu horario – 8 as 24hs – levei o tempo todo a preparar material” … “Estou de serviço de 16hs as 8hs da manhã”… “Depois deitei-me na enfermaria Nº 4. Dormi mal.”… “embriagada sono”… “Entro em serviço ás 24hs até 16 do dia manhã seguinte” … “Dormi + bem”
A proximidade geográfica das linhas de batalha (principalmente da Linha Gótica neste período) e o segmento de serviço de Altamira – cirurgias e operações – indicavam que o acirramento do conflito não teria um fim próximo como acreditavam muitos dos envolvidos. A começar dos brasileiros que foram à guerra pensando que antes do final de 1944 teriam retornado ao Brasil.
Percebe-se o aumento e intensidade dos ataques, inclusive aéreos das potências do Eixo pelos apontamentos deixados por Altamira: “O bombardeio está forte; penso que Porreta está em polvorosa!”… ”A cobra fumando horrivelmente – tem chegado feridos”… “A cóbra está fumando de verdade _ má noticia“… “O ataque começou cerrado e forte – ouve-se o troar.”… “Os italianos se alarmaram hoje com a aproximação avião tedesco.”…”O combate está fortissimo artilharia e infantaria e consta q. difícil” … “estremece tudo aqui e tem se a impressão de desmoronamento” …”Hoje estamos sem luz ainda (precausão – os aviões germânicos têm revoado por aqui – a cerração e black-aut é completa –“… “A cobra fumando sempre…”
Próximo a data de Natal, no dia 23 de dezembro, Altamira escreve: “Preciso descançar pª amanhã ou maior necessidade antes.”… “Hoje bombardearam muito a Porreta – estamos com receio de termos serviço pelas festas”.
A proximidade geográfica entre os grupos rivais era sentida, com a chegada dos feridos e prisioneiros de guerra.
“Logo começou a chegar feridos, sendo que alguns após exames R.X. etc foram evacuados para outros hospitais de retaguarda, tais como: 16th Evac.-7º Station, etc.”… “Às 16hs,30 jantar. Ás 17,50 + começou a chegar feridos: 3 brasileiros, 1 italiano e 1 americano (contra ataque alemão). Pelo que vejo vamos varar a noite toda Os brasileiros: Geraldo Elias (preto) e Mario Mar Gilson Vilarino.” … “Trabalhei o dia todo 16hs seguidas – 4 feridos graves – inclusive o capt. Bueno – 1 operado morreu lógo depois na Ward 1 com embolia” … “Operaram o tempo todo trabalhei sem parar até a hora do café pela manha 8hs morta de dôr nos pés e na cabeça. Bela operação _ perfurações de intestino 9 e 1 de estomago e retirada de 1 rim fóra diversos debridamentos _ Tomou 12 frascos de sangue de 500 l.” … “Mais feridos: americanos– brasileiros– alemães- italianos, etc. Todos sem horário certo dispostos a tudo. Americanos e brasileiros.” … “muitos feridos e o que mais me intristeceu foi ver morto na padiola _ o Sargto Dias q. outro dia tão gentilte levou 1 carta pª Humberto (datilografo Cel M.P.)” … “caso do Torax = 2 estilhaços (sendo 1 no nariz) Tivemos sorte – correu tudo bem e rapido pois as 8hs estava tudo terminado” …” O paciente vae mal (que pena – congelamento).” …” chegou 1 ferido brasileiro bastante grave Whime Chaves Sebastião tanto q. os médicos atestaram óbito logo após, porém pª surpresa de todos o Dr. Godofredo sentiu-lhe vida e então foi uma correria_ Os americanos levaram-no pª O.R.” …” Operaram até 2hs (grdes estilhaços até com letras alemã – Só terminei tudo as 3,20 foi q. subi pª deitar”…”O paciente Sebastião Chaves infelismente veio a falecer as 24hs,15 com Carmem”.
A alimentação ou a falta dela foi outro assunto que esteve em constante pauta no DIÁRIO DE GUERRA de Altamira. Seja pela ausência, pela inapetência, pela falta de assimilação cultural ou pela saudade do cheiro e sabor das coisas da terra natal.
“Não almoçamos e jantei sem apetite”… “Ás 17hs jantar – sem apetite – as colegas jantaram no posto saúde do Cel Bórba e trouxeram farófa – arroz e galinha para mim” … “Perdi o jantar hontem, o almoço, o jantar ou ceia hoje – estou cansada e sem apetite.” … “Descemos os 6 correndo para o Mess (arroz e feijão brasileiros- que prazer!) Porém já tudo frio e o café também, mas foi tudo assim mesmo – a fome e a saudade são rainhas e imperam.”
Todo o estresse da guerra aliada a uma alimentação deficitária e desordenada acabou por afetar ainda mais a saúde física e mental de Altamira, sempre envolta em mal estares intestinais e gripais.
“Dormi mal a noite – doe a garganta – ouvido e cabeça” … “Estou ligte afônica”…”Estou nervosa e perdi toda calma e satisfação.”… “Passei mal a noite: mal estar geral (cefalalgia – dôr garganta, ouvido – náusea – estomago – intestino – cialorrea) levantei-me sem coragem e desci” … “Estou muito magra e sinto cansaço qdo faço esforço (subo ou desço escada ou ladeira) _ é a velhice.”
O que muito provavelmente acentuou esse estado caótico que as enfermeiras vivenciaram foram as condições geo-climáticas. Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são de inverno rigoroso na Itália. Tempo completamente adverso e incomum ao que o brasileiro estava habituado.
“Tivemos todos a grande satisfação e 1ª impressão do inverno na Italia (a neve é sem gôsto).”
Para piorar a situação, as roupas que o Exército brasileiro cedeu não tinham nenhum tipo de utilidade para aquela época e lugar. Eram completamente inadequadas. Não protegiam de absolutamente nada. No início do inverno, Altamira até pensou que poderia enfrentar o rigoroso inverno com roupas do exército americano, mas ao que parece, nem estas foram suficientes:
“Estou usando uniforme completo americano (de lã) pª serviço e já estou + preparada pª o inverno (calças e blusões lã verde – brasileiro) _ Faltam galochões _”… “Ganhei do boy da noite 1 par de galochão = combatente vou vende-lo e pagar o meu q. encomendei (pois é enorme pª mim)”… “Vestí toda a roupa de lã q. podia suportar e eu e a Carmemainda levamos 1 cobertor, cada uma – descemos pª o breakfast e de lá seguimos com Dr. Waldemar, rumo á Florença _ A temperatura caiu consideravelmente – Bela e interessante viagem! a neve caindo como chuva de vento, em garôa leve, peneirando principalmente em Colnia (ponto + alto aqui), a tempestade aumentou – chegamos em F. geladas e imóveis e caladas – parecíamos 2 freirinhas”
O clima começou a dar sinais de piora constante, tudo em excesso segundo Altamira: chuva, lama, frio e neve:
“Sinto frio e dôr no corpo de frio “…”Quarto muito frio – sem lenha pª estufa e sem luz”… “Hoje está caindo neve grande e forte.”… “muito frio – deitei-me”… Chove sempre”… “Que preguiça – sono e frio!” … “ Estamos a 0 grao fora e 4 dentro com aquecimento”…”Muito frio e neve nos montes” … “Hoje está caindo neve grande e forte”.
Uma das práticas e estratégias de guerra para ‘animar’ os envolvidos no conflito mediante tantas adversidades era estimular atividades sócio-recreativas, como festas, filmes, shows e pequenas viagens próximas aos locais de trabalho ou dependendo da licença, traslados a locais mais afastados pela própria Itália.
Altamira dá a entender que as enfermeiras brasileiras deveriam ir as festas oferecidas pelos membros do Exército americano. Não há nada explícito, ainda assim neste e em outros trechos do diário, nota-se esta imposição em relação aos eventos promovido pelos americanos ou poderia ser apenas uma resistência natural de Altamira.
“Ás 16,30 jantar _ Eu e Neuza nª cama bem frescas qdo tivemos q. descer para aniversário de 2 cpts. americanos – foi uma cousa louca – assim que pude fugi – Carmen e Jura chegaram de Florença e entraram na dança – Jacyra tomou 1 pórry e nos deu o q. fazer _ Carmem me comprou no P.X 2 ceroulos e 6 cartões de Natal por 380 lrs _” … “os americ. instalara 1 club. e tivemos todos q. ir – apesar de indisposta fui e acabei dançando até ao fim _ Depois as nurses fizaram barulho até 2hs,30 da madrugada – Pela manhã não fui ao café”
Como dito, pequenas excursões eram estimuladas: “J.C. e Ruth foram a Florence num jip do Cel. M.P. _ Neuza depois das 14hs foi a Pistoia num caminhão com Marcondes.”
Quanto às cartas, durante o mês de dezembro, Altamira escreve: “Estou sem coragem pª escrever cartas”… “Consegui Luz e lenha e escrevo”… “nada de cartas, que tristeza! “…“Estou triste porq. ha muito q. não recebemos cartas etc. Estamos abandonadas”.
Outra atividade recreativa era a audição dos programas da Rádio do 5º Exército. Envolvia todo o acampamento; isso quando conseguiam um bom aparelho com sintonia. Os programas da rádio ofereciam músicas brasileiras: “Agóra todos os dias temos 15’ de “Nossa Terra” programa brasileiro no Radio 5º Exército d’aqui; é um grande prazer ouvir o brasileiro falar e os doentes até choraram de comoção ao ouvir as canções de nossa terra”
A higiene e a vaidade feminina foram praticamente anuladas na guerra, em função das dificuldades para se usar um simples vaso sanitário ou lavar um rosto: “Tomei banho bacia” … “as meninas foram o Q.G. avançado tomar banho”… “Á 1hs,30 + subi para o qto. Todas dormindo _ mesa banho, ne, escovei os dentes deitei-me”…”banho duro e agua vidrada” … “Subi – tomei 1 banho gato (mudei tudo)”.
O diário no mês de dezembro permite ainda observar que em várias situações, Altamira fazia uso de palavras estrangeiras mais cotidianas, tanto americanas quanto italianas, como por exemplo: mess, breakfast, nurses, em inglês ou sarta, manjare, talhare em italiano, bem como expressões como ‘Ivone’, codinome dado ao banheiro coletivo feminino na guerra.
Quando a data natalina se aproximava, o envolvimento com assuntos relacionados tornou-se maior, como a troca de cartões, cartas e pequenos mimos.
“As cartas dizem q. me mandaram tanta cousa mas não chegou nem a 3ª parte – será q. veio mesmo? Si tal acontecer nem sei como ficar com tanta cousa (vou dar de festas tbem)”…” Veio o soldado Lazaro com cartas: 5 para mim, da: minha sógra e Jonjóca postal Natal _ 1 de Altina recheiada de noticias – 1 de Humberto David com 1 retrato dele (gostei da gentileza e presteza) – 2 de Aurea, com 5 postaes lindos do Rio – Nem li nada _ tanta cousa e visitas estou inquieta – Quando descíamos para o jantar chegava um caminhão com 2 sacos de registrados: Envelopes com os sonhados retratos de Helio, Papae, Nenê, Altina e família e Affonso – que satisfação grande! – 1 registrado com cigarros, graxa, 1 capacete tricô (afinal) e 1 toalha rosto fantasia; outro com 2 caixas tampax e muitos drops – outro com meu pegnoir – outro com 1 lata de salgadinhos Caravelas da Casa Colombo, de Gabizo” … “Estou só no qto, que socêgo – escrevo estas linhas e tambem 1 cartinha pª CAE.F.E.” … “Escrevi pª Palomo, Dalton, Cel Miilton Daemon, Lavínia”…” enfim terminei a carta pª Nenê (levei 3 dias para faze-la dada as interrupções”. Entre o Natal e o ano novo chegaram as correspondências esperadas: “Chegaram muitas cousas pª nós da C.A.E.F.E. mas tudo mexido e atrazado.”
Pelo menos da parte da Altamira percebe-se uma valorização intensa pela troca de presentes. É possível notar de forma constante também a necessidade de reconhecimento por suas qualidades profissionais, nos escritos da enfermeira Altamira. A valorização da terra natal quando próxima dos americanos também é perceptível.
À medida que a véspera de Natal se aproximava, a carência com a chegada de cartas parece ter amenizado o estado de tensão e ansiedade em que viviam. Os preparativos e envolvimento das enfermeiras com o Natal ficou nítido. Chegaram a improvisar duas árvores de natal no agrupamento, uma americana e outra brasileira. As enfermeiras brasileiras prepararam e adquiriram lembrancinhas para entregarem aos pacientes: “Estamos em preparativos para o Natal. Amanhã iremos á Florença comprar os presentes para os feridos e pessoal. Boa noite.” … “compramos enfeites pª as arvores – carteiras – porta retratos, cigarreiras – ceroulas – camisas – caxicól etc _ com 200 lrs e com 1 maço cigarros – Tudo pronto! _ recortei 1 corneta e estrellas em folha de lata biscoitos – Carmem e Jacyra fêz as flôres e Jura os cartões.”… “Tbem trouxe 1 arvore de Natal pª enfeitar. Tenho feito para todos tudo o q. posso fazer _ Todos os dias arranjo um pouco de manjare”.
Nesse trecho é interessante observar que as relações comerciais davam-se na maioria das vezes por troca, principalmente cigarros, ração (comida), produtos de higiene pessoal e roupas. Além das trocas, compras nos vilarejos, havia o PX (Piéx), um posto de troca móvel na tradução literal que funcionava como uma loja só para os militares.
No dia 24 de dezembro conforme os relatos de Altamira, a equipe assistiu à missa e depois participaram de uma breve celebração.
“Temos q. descer pª a Festa a meia-noite _ Desci justate na hora da missa – Uma cousa comovente _ Todos brasileiros presentes e + o Cel Borba e médicos do front. Terminado houve cumprimentos – distribuição presentes – até nós ganhamos 1 vidro de extrato _ O captam Arkie nos ofereceu café e pão dôce.” … “Vamos dormir 1 hs da manhã _ Todos saudosos mas contentes.”
Altamira escreveu que as nurses americanas fizeram uma festa natalina para as crianças italianas da região onde estavam.
O que parece não ter saído conforme o planejado foi o almoço de Natal na casa da família de Pina, italiana e modista, que com a guerra, passou a fazer serviços de costura para alguns membros do acampamento brasileiro e que tornou-se amiga pessoal de Altamira. Os ‘tedescos’ teriam roubado as aves criadas para esta finalidade.
No dia 25 de dezembro, o dia de Natal no agrupamento de Altamira, de acordo com ela, acabou sendo “agradável”. A oficialidade e membros do quadro de saúde americanos ofereceram um belo almoço à equipe brasileira. Segundo nossa autora: “tudo bonito – regado a vinho, castanhas, balas _ perú – farófa etc _”
Os dias que antecederam a entrada de 1945 foram movimentados no agrupamento. Feridos entram a todo momento. Altamira se comove com a morte de um sargento conhecido seu. Eventos e festas oferecidos pelos americanos. Frio cada vez mais intenso. Altamira indisposta, mas em trabalho.
Para coroar o fim de um ano, os membros que estavam de folga foram convidados a almoçar no 3º Batalhão Saúde e segundo descreve Altamira: “num dia de sól e Neve – lindo – belo passeio – assim q. chegamos tiramos diversos retratos na neve (…)”
Conforme informa Altamira, o almoço de ano novo oferecido aos oficiais de saúde americanos foi um sucesso. “Os americanos gostaram muito e querem voltar rementeiro e pessoal do 16th. Servi a todos com prazer”. Foram consumidos: “3 carneiros – 18 kilos de batata – arroz ettc – vinho _ café – salada frutas”. A noite, ainda teve espaço para mais comemoração: “os americanos trouxeram queijo e bebidas = champangne etc. Todos nos reunimos no qto dos americanos _ foi 1 festa – sanduiches _ bebidas risos etc. Dr. Godofredo estava aqui deitado fui ve-lo e levei-lhe 1 calice de cocktail _ (rosto traumatizado). As 24hs os cumprimentos e tambem o ataque alemão estava impiedoso: artilharia em todas as direções _eu triste e abafada. Todos se foram e nós nos acomodamos (…)sonhei que haviamos voltado para nossos lares.”
E a guerra? Continuava, não existiu trégua no período narrado como pode ser observado nas narrativas do diário.
Para saber um pouco mais da Capitã Enf. Altamira, seu DIÁRIO DE GUERRA e outras coleções e memórias da 2ª Guerra, os leitores poderão pesquisar nos sites: http://centrodocumentacaoaltamira.blogspot.com/ .
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