O bilionário Elon Musk é notícia por si só, ele sai de casa e já virou assunto, todos querem saber o seu dia a dia, suas empresas, mulheres, filhos, enfim tudo que ele faz é uma novidade peculiar, pois ele é o homem mais rico do mundo.
Em uma entrevista o bilionário “causou” mais uma vez quando foi perguntado se ele acreditava em Deus, de pronto respondeu que assim como Einstein ele acredita no Deus de Espinosa.
A saber, Espinosa foi um filósofo holandês (1632-1677) que disse que Deus é o único motivo da existência de todas as coisas, é uma substância única e nenhuma outra realidade existe fora Dele. Deus existe e foi gerado por si, para existir ele não necessita de nenhuma outra realidade. Sua essência pressupõe Sua existência, a substância divina é infinita e não é limitada por nenhuma outra sendo a causa de todas as coisas existentes e por consequência nada existe fora de Deus e tudo que existe é uma forma de Deus, portanto Ele não é o criador do Universo, Ele é o próprio Universo, Ele é a realidade como ela é e se revela na harmonia de tudo que existe.
O pensamento de Espinosa é de um racionalismo absoluto que diz que a superstição é uma paixão negativa nascida da imaginação uma vez que ela é impotente para compreender as leis necessárias do Universo. A superstição oscila entre os medos dos males e a esperança dos bens, dessa oscilação surge a imaginação e dessa imaginação surge um ser supremo todo poderoso que existe fora do mundo e o controla de acordo com seus caprichos: Deus.
Do medo e da esperança nasce a superstição e esta faz surgir uma religião onde Deus é um ser colérico onde tem que prestar cultos para que ele seja benéfico, daí emerge uma casta de homens que dizem ser intérpretes da vontade de Deus sendo eles capazes de oficiar cultos, profetizar eventos e invocar milagres.
A superstição engendra um poder religioso capaz de dominar a massa popular ignorante, tal poder religioso forma um aparato militar e político sustentando a superstição e esta forma a raiz de um Estado autoritário e despótico onde o governante mantém o terror nas massas e estas ficam entre o medo dos castigos e suas esperanças de recompensas, então tentar explicar Deus de forma transcendental, onipotente, onipresente é uma forma refinada de superstição. Portanto, o Deus de Espinosa não está no meio de nós, Ele é tudo o que é, ou seja, Ele é nós, somos todos entes em relação.
Bem, de uma forma ou de outra Espinosa marcou sua posição na História, foi até excomungado por conta do seu pensamento.
Deus já passou por diferentes paradigmas, o mitológico, o religioso, o científico e certamente outros paradigmas virão, mas a Graça Eterna perpetuará. E você leitor, com qual definição de Deus você fica?