/O dengo da morte

O dengo da morte

A água parada, o calor esquentando,
A sombra úmida, a vida pulsando.
Quintal solitário, terreno baldio.
Estágio larvario.

Escuro, rajado de branco
10 dias, inferno total,
No campo da morte, no vaso do morto,
No meio de nós, o mosquito adulto.

A febre, as dores, fraqueza e vômitos,
Das manchas quando agravam em sangue,
Da clássica a hemorrágica,
Com sede, no cio, procria.

400 metros do seu criadouro,
No quarteirão, na sala, debaixo da mesa,
Um mês e os primeiros já foram,
Mas são muitos de novo, no ciclo da vida.

A dengue não escolhe,
Ou esse ou aquele,
São todos seu alvo, na linha de fogo,
Da morte talvez.

Não deixe a água parada,
O calor esquentando,
A vida pulsando,
O mosquito chegando.