Foi lançado essa semana, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, uma nova política industrial denominada “Nova Indústria Brasil” (NIB) para combater a desindustrialização do país que vem passando por um quadro crônico de estagnação perdendo competitividade em relação aos produtos importados, sobretudo a China que consegue combinar preço e qualidade atraente ao consumidor.
O crédito concedido para essa expansão será de R$ 300 bilhões que já está sendo conhecido como “Plano Safra da Indústria”. O BNDES destinará R$ 271 bilhões para financiamento, R$ 21 bilhões não reembolsável (quando o investimento é em estudos e pesquisas) e R$ 8 bilhões em participação nas ações dessas empresas.
O plano tem 4 eixos: Mais Inovação para atender as cadeias agroindustriais, mecanizar 70% da agricultura familiar, aumentar a produção local de máquinas e equipamentos. Empresas que potencialmente serão beneficiadas são as de motores elétricos, fabricação de carros e aeronaves. A eletrificação de veículos para mobilidade urbana é uma tendência, então empresas de ônibus, trens e outros transportes afins irão modernizar suas indústrias com energia mais limpa.
O segundo é o eixo Mais Verde que pretende financiar a descarbonização da indústria brasileira investindo em participações voltadas à transformação ecológica ampliando biocombustíveis na matriz energética de transportes. O terceiro eixo é o Mais Exportação que visa a transformação digital da indústria brasileira visando triplicar a produção nacional em novas tecnologias incluindo a produção nacional de semi condutores e daí já entrando no quarto eixo que é o Mais Produtividade, este incentivando também a transformação digital nas micro, pequenas e médias indústrias brasileiras e também na Embraer e nos projetos de defesa como energia nuclear, sistemas de comunicação e sensoriamento além de veículos autônomos e remotamente controlados.
Essa reindustrialização com investimento público não agradou a todos; os bancos privados alerta para possíveis efeitos negativos para seus acionistas porque eles vão emprestar menos dinheiro, mas para quem tem as taxas mais altas do mundo é bom saber que o Brasil também sabe investir.