A Prefeitura de Batatais, por meio da Secretaria de Saúde, e a nova direção da Santa Casa, que tem como Provedora Dalvania Borges da Costa, acertaram a reabertura da Ala Covid no Hospital. A reunião, realizada no início da semana, teve a participação do vice-prefeito, Dr. Ricardinho. Segundo a Secretária Bruna Toneti, foram fechadas as negociações, apenas estavam aguardando o posicionamento do Governo do Estado, mas já em processo de contratação de pessoal pela Santa Casa. Serão abertos 9 leitos de UTI e 6 leitos de enfermaria, exclusivos para pacientes com diagnóstico positivo para Covid-19.
Devido à dificuldade de contratação de pessoal, a Santa Casa escalonou o início de atendimento, sendo a UTI Covid, com 05 leitos, a partir do dia 14 de fevereiro e os outros 04 leitos até o dia 21 deste mês. Foram pactuados R$ 432 mil para os leitos de Unidade de Terapia Intensiva, custeados pelo Governo Estadual, que serão somados a R$ 143 mil de incremento do município.
A novidade é o local de atendimento, que será o prédio do Centro Oncológico, localizado nos fundos do Hospital Major Antônio Cândido. A Provedora Dalvania afirmou a nossa reportagem que a Ala Covid, ficará totalmente isolada, diminuindo circunstancialmente o risco de contaminação, além de não ter que diminuir o quantitativo de leitos que o hospital oferece para atender os usuários do SUS. “Assim entendemos será um grande ganho para os profissionais médicos, paramédicos e pacientes, que terão todos os leitos já existentes disponíveis para atender nossa população”, afirmou.
Questionada se vai parar o atendimento para os pacientes da oncologia, Dalvania informou que pegou as instalações da Oncologia desativada, inclusive o médico já havia desmontado e levado a estrutura de mobiliário, que era de sua propriedade, na semana passada. Diante disso, por uma medida emergencial e de suma importância para o atendimento desse período de pandemia, com o aval da Secretária de Saúde, manterá a Ala Covid no complexo, por 90 dias, e após decorrido este prazo farão uma avaliação junto ao município para deliberar um atendimento sempre em favor e atendendo as necessidades da população.
O que disse a direção anterior da Santa Casa: a ex-provedora da Santa Casa, Nila Macedo, que deixou o cargo dia 31 de janeiro, nos informou que no final do ano passado a Secretaria de Saúde já manifestava interesse em mudar o foco do serviço prestado pelo Centro Oncológico de Batatais. No caso, não fazer quimioterapia aqui na cidade e, em conjunto Santa Casa, definiu-se pelo rastreamento e diagnóstico de forma abrangente. “Conversei com o médico Dr. Harley, que amigavelmente combinou o distrato, e ficou definido o trabalho com uma ginecologista e com um oncologista clínico. Alinhamos com os profissionais e o município repassaria o mesmo valor para o serviço, que teria ainda um enfermeiro, com especialização em oncologia, recepcionista e um profissional para limpeza. A princípio começaria esse trabalho em 1º de fevereiro, mas, fomos surpreendidos que, após a eleição a nova direção, definiu-se pela abertura da Ala Covid dentro da oncologia”, disse.
Secretária de Saúde divulgou nota informando que o COB terá novo formato
A Secretaria de Saúde nos informou que no dia 1º de fevereiro, após reunião com a direção da Santa Casa de Misericórdia e Asilo dos Pobres de Batatais, foi definida a divulgação de uma Nota de Esclarecimento à população. No documento, informam que o COB – Centro Oncológico de Batatais – é um local público de atendimento, financiado unicamente por recursos da Prefeitura desde sua criação, em 2019, com o objetivo de oferecer melhor assistência aos pacientes em tratamento do câncer em nossa cidade.
“É de conhecimento público, que o serviço oncológico de Batatais prestado pelo COB, desde sua fundação, não foi aprovado para credenciamento pelo Ministério da Saúde como serviço de referência para atendimento na área, uma vez que não atende aos critérios e parâmetros referenciais para habilitação de estabelecimentos de saúde na alta complexidade em oncologia no âmbito do SUS, conforme a Portaria nº 1399, de 17 de dezembro de 2019. Fato este, inclusive, que na nossa opinião deveria ter sido analisado previamente à sua criação, visto que tal serviço de alta complexidade não somente depende dos esforços municipais, mas de autorizações dos órgãos competentes na área a nível Estadual e Federal. Diante do exposto, foi acordado novo formato voltado ao atendimento, rastreamento e diagnóstico precoce, que se encontra em contrato vigente junto ao prestador, com repasses regulares para o funcionamento do serviço”, destaca a nota.