Os últimos dias foram de muita polêmica nas redes sociais a respeito da morte de um cachorro, de nome Shiro, no Jardim Helena. O fato ocorreu no dia 1º de abril, onde o animal, da raça akita, que saiu da casa de sua tutora de forma repentina, adentrou a residência do vizinho e, infelizmente, teve um enfrentamento com um dos cachorros que lá moram. Os proprietários tentaram separar, mas não conseguiram e o dono do imóvel sacou uma faca e desferiu um golpe no Shiro, que acabou morrendo.
A tutora, Rosana Campos, em entrevista concedida a imprensa durante semana, explicou que saiu a procura de seu cachorro e viu a parte traseira do animal (o rabo) pela porta da casa do vizinho e adentou ao imóvel. “Quando eu cheguei lá ele (proprietário da casa) já estava batendo a cadeira para o Shiro ir embora. Sabemos que quando tem vários cachorros eles brigam entre si, não tem jeito. Só sei que o cachorro dele passou e o Shiro agarrou na perna dele. Abocanhou a cocha do outro animal, ele não mordeu os proprietários da casa e nem o filho. A gente tentou tirar o Shiro da mordida lá, a proprietária gritava muito, apavorada, com razão, estava tentando salvar o cachorro dela e eu tentando tirar o meu para apaziguar. Nesse momento, o tutor estava com uma faca, de serrinha pão, tentando furar ele, só que era um cachorro forte, e, depois, com uma faca grande desferiu um golpe no Shiro. Eu só vi o buraco, o sangue jorrar e virei as costas e vim embora para a minha casa. Não tive atitude nenhuma”, relatou.
O jovem Diego Detoni, filho do casal vizinho, em publicação de esclarecimento público, disse que por volta das 17 horas, chegou em casa e guardou o carro na garagem, segundos depois, com o portão ainda aberto, Shiro entrou em sua residência, imediatamente tentando avançar em seus cachorros. Carlos Alliprandini, seu pai, que estava sentado, se levantou e tentou cercá-lo com uma cadeira para que ele não alcançasse os outros cães. “Nesse meio tempo, a tutora do Shiro, vendo seu cão com os dentes cravados na perna do nosso cachorro, não tentou ajudar. Foi um ataque extremamente violento e forte. Uma cena assustadora e desesperadora, havia muito sangue. Meu pai, em um ato de desespero, medo, proteção e legítima defesa de sua família, já sem saber de quem era aquele sangue todo, se era do Gauss ou meu, recorreu à alternativa que lhe restava”, relatou.
A Polícia Civil esteve no local e fez os registros para a investigação que deverá ser aberta, bem como Rosana Campos, por meio de sua advogada, informou que também faria o registro do boletim de ocorrência.