Um Empacotador de 21 anos foi preso suspeito de tráfico de drogas, no Condomínio Salim Jorge Mansur, no final da manhã de sábado, 12 de setembro. Segundo informações do Boletim de Ocorrência, os policiais militares em patrulhamento receberam denúncia anônima que no Conjunto Habitacional um indivíduo estaria vendendo entorpecentes. Diante da informação, foram para o local e se depararam com o suspeito, que dispensou uma sacola ao avistar a viatura. O jovem foi abordado e contido e em sua posse foi localizada a quantia de R$ 322,50. Voltando ao lugar onde ele havia dispensado a sacola, foram apreendidos 40 pinos de cocaína e 22 pedras de crack. O suspeito foi levado para o plantão policial e autuado em flagrante por tráfico, ele ficou à disposição da justiça.
Moradores partiram pra cima da Polícia
O que seria uma ocorrência comum ganhou repercussão na rede social, onde foram divulgados vídeos mostrando o confronto de moradores com policiais militares no momento da prisão do suspeito. O Tenente Lucas Sançana, mesmo não estando de serviço nos informou que “ao perceberem que o indivíduo seria conduzido, sua amasia e outros moradores do local, partiram para cima das equipes, numa tentativa de arrebatamento do preso, porém sem sucesso, tendo em vista que os policiais resistiram e valendo-se do uso necessário da força, fizeram prevalecer a legalidade e conseguiram conduzir o indivíduo detido ao Distrito Policial, de onde permaneceu preso, sendo conduzido ao CDP de Franca”.
Segundo o Tenente, infelizmente não é a primeira vez que esse tipo de ação acontece. “Em alguns casos, os próprios traficantes orientam seus ‘funcionários’ a enfrentar a polícia. Em outras situações, vemos pessoas que se revoltam alegando que os policiais utilizam de força desnecessária, argumento que cai por terra quando vemos as filmagens do indivíduo tentando se esquivar e muitas outras pessoas tentando agredir os agentes do Estado. Difícil fazer cumprir a lei sem o uso da força proporcional à resistência oferecida pelo transgressor da lei. Há ainda, pessoas mal orientadas, acreditando que ao filmarem as ações policiais, farão com que os agentes deixem de cumprir a lei. Grande equívoco, tendo em vista que a supremacia do interesse público deverá sempre ser respeitada e o uso legítimo da força é previsto para que esse conceito prevaleça. Bom que todos saibam, os policiais também filmam suas ações, não para ganhar curtidas nas redes sociais, mas sim para se resguardarem das versões equivocadas que muitas vezes são veiculadas. As filmagens que circularam nos grupos de WhatsApp auxiliam os policiais a comprovarem que de fato foram hostilizados e poderiam reagir à altura para que a lei fosse cumprida. Por fim, é importante frisar que a Polícia Militar é legalista e tem seus valores alicerçados nas doutrinas dos Direitos Humanos e na filosofia de polícia comunitária. Somos a favor da liberdade de expressão, do direito de manifestar, das lutas contra todas as formas de discriminação existentes, mas condenamos veementemente qualquer tipo de violência, e dentre eles, a violência contra os policiais militares, que seguirão, como sempre, fazendo cumprir a lei, ainda que com o sacrifício da própria vida, firmes no juramento que fizeram ao ingressarem nesta Instituição Secular”, concluiu.