O município teve o mês de agosto mais seco dos últimos anos, segundo o Biólogo Fábio Picinato, do Batea – Batatais Educação Ambiental e Viveiro Florestal. “Em relação ao ano passado tivemos um período pior em questão de chuva. Em 2019 foi registrado um pouco de volume de chuva, já neste ano a gente não teve nada, praticamente. Esse quadro de seca drástico em agosto tinha sido registrado nos anos de 2012 até 2015. Nesse período choveu muito pouco em junho e julho e em setembro voltou a média de 100 milímetros”, informou. Fábio acredita que no mês de setembro volte à normalidade o ciclo das chuvas em Batatais, mas destacou que esse fato está dentro do padrão. “O inverno é um período mais seco mesmo e a região de Batatais faz parte do bioma do cerrado, mas sempre tem uma chuvinha perdida nesse mês e este ano não teve”, destacou.
Com o tempo seco e a umidade baixa as pessoas que tem problemas respiratórios sofrem muito. A umidade do ar para estar boa tem que ficar acima de 60% e, com os dias secos e de temperaturas altas, a estação do Baeta chegou a registrar 20% de umidade, o que é alarmante. “A orientação é se hidratar com água, usar umidificador para amenizar os efeitos do ar seco e não esquecer o uso racional da água, pois sem chuva a falta de água vai ocorrer com frequência”, lembrou o biólogo.
Fábio Picinato disse que a chegada da primavera este ano será em 22 de setembro e as chuvas devem retornar, pois isso tem tudo a ver com a posição da terra. “O equinócio da primavera muda totalmente a irradiação solar, as massas de ar frio no globo inteiro já começam a se movimentar diferente e as chuvas retornam”, disse.
A única preocupação são as queimadas que estão ocorrendo no país este ano, tanto na Amazônia como no Mato Grosso. “Essas regiões evaporam muita água formando nuvens que vem para o sudeste. Com essas queimadas poderemos ter menos água colocando em risco o ciclo de nossas chuvas”, concluiu.