O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou, na última terça-feira (14/6), os dados de maio do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, que registrou variação de 0,93% para as famílias pertencentes ao estrato de renda mais alta e 0,29% no segmento de renda mais baixa. No acumulado deste ano, até o mês de maio, as taxas de inflação para essas duas faixas foram de 4,66% e 4,79%, respectivamente. A maior alta em 2022 foi registrada entre as famílias de renda média (4,85%), conforme a tabela:
Os subgrupos “transportes”, “alimentos e bebidas” e “saúde e cuidados pessoais” foram os principais responsáveis pela pressão inflacionária em maio. No caso dos transportes, além da alta de 1,0% dos combustíveis, o reajuste de 18,3% nas passagens aéreas impactou a inflação do segmento de renda mais alta, enquanto os aumentos das tarifas de ônibus intermunicipal (1,2%) e interestadual (1,4%) pressionaram as famílias de renda mais baixa.
No subgrupo “alimentos”, apesar das reduções de 10,1% no preço dos tubérculos, 3,2% das hortaliças e verduras e 2,3% das frutas, houve alta entre os farináceos (3,2%), leite e derivados (3,4%), panificados (1,8%) e aves e ovos (1,7%). Esses aumentos, além do reajuste de 2,5% dos medicamentos, tiveram um peso maior entre as famílias de menor renda, devido à sua importância na cesta de consumo desse segmento. Da mesma forma, a queda de 8,0% no preço da energia, em maio, gerou um alívio inflacionário maior para as famílias mais pobres, haja vista o peso desse item no orçamento dessa faixa de renda. Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação IPEA