O Indicador de Inflação por Faixa de Renda apontou aceleração da taxa de inflação para todas as faixas de renda no mês de setembro. O estudo foi divulgado na semana passada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revelou que a inflação foi mais acentuada para as famílias de renda muito baixa (1,30%), comparativamente à apurada no grupo de renda mais elevada (1,09%).
Habitação: os reajustes de 6,5% das tarifas de energia elétrica, de 3,9% do gás de botijão e de 1,1% dos artigos de limpeza, foram os principais responsáveis pela alta do grupo habitação. Esse aumento responde por mais da metade da inflação para o segmento.
Alimentos em domicílio: aumento das frutas (5,4%), das aves e ovos (4,0%) e dos leites e derivados (1,6%), arroz (18%), feijão (4,3%), carnes (4,5%) e óleo de soja (27,5%)
Transportes: a alta inflacionária desse segmento foi influenciada pelos reajustes de 2,3% da gasolina, de 28,2% das passagens aéreas e de 9,2% dos transportes por aplicativo.
Deflações: planos de saúde (-2,3%) e em serviços pessoais e de recreação, como cabeleireiro (-0,37%) e hospedagem (-0,47%).
Inflação: Os dados acumulados nos últimos 12 meses revelam que, embora a pressão inflacionária tenha acelerado para todas as faixas de renda, a inflação acumulada nas famílias de renda mais baixa (11%) é 2,1 pontos percentuais maior que a registrada na classe de renda mais alta (8,9%).