Em março de 2021, Batatais comemorou 182 anos de existência como região político-administrativa independente. Povoada por portugueses e seus descendentes paulistas e mineiros, afro-brasileiros e em seus primórdios alguns indígenas sobreviventes, nosso território, sem dúvida, possui no mínimo dois séculos de muitas histórias.
Nós, Luciana e Alessandra, assinamos a coluna Giro Histórico e Cultural como funcionárias que somos dos museus públicos de Batatais – Museu Histórico e Pedagógico Dr Washington Luís e Centro de Documentação II Guerra Mundial Cap. Enf. Altamira P. Valadares. Nosso objetivo é contribuir com pitacos cá e acolá sobre alguns aspectos da história de Batatais. A escolha dos temas para esta coluna recai principalmente sobre nossa demanda de trabalho cotidiano. A leitura de um dos periódicos que circulavam na cidade a 100 anos atrás é uma dessas tarefas.
Possuímos diversos exemplares seriados do jornal Gazeta de Batataes que começou a circular em Batatais em 1909. Em março de 1921, há 100 anos passados, Batatais completou 82 anos de sua emancipação política. Com isso, levantamos algumas questões: a data foi lembrada e celebrada? como o aniversário da cidade era comemorado a ponto dos jornais noticiarem? a data parecia ter importância dentro do cenário político local? como a população percebia a emancipação da cidade?
A data de 14 de março é quando se comemora o aniversário da emancipação político-administrativa da cidade, ocorrida oficialmente em 14 de março de 1839. Infelizmente, em 1921, não encontramos referência a nenhum ato cívico ou comemorativo. Assim, as questões postas não puderam ser respondidas a contento.
Nas páginas do jornal, nos meses referidos, a única data cívica celebrada foi o Dia de Tiradentes. Nessa data, Joaquim José da Silva Xavier, vulgo Tiradentes, foi enforcado e teve seu corpo decapitado e esquartejado. Isso aconteceu exatamente no dia 21 de abril de 1792, no Largo da Lampadosa (atual Praça Tiradentes), na região central da cidade do Rio de Janeiro. A data foi considerada cívica após a proclamação da República, afim de representar o ideal popular republicano com a figura de Tiradentes (como já comentamos em edições anteriores).
Para os meses de março e abril de 100 anos atrás, a imprensa esteve envolvida com certos interesses de parte da sociedade batataense. Nos assuntos das capas, o tema recorrente foi a peste bovina e a importância da “higiene rural” para que o mal não acometesse os pastos e rebanhos. Nas edições seguintes, o assunto foi recorrente, com instruções para identificação do gado doente, medidas profiláticas a serem tomadas, comunicação, isolamento até relatórios e orientações decorrentes das visitas oficiais aos matadouros e fazendas do município. Algumas ações passaram a ocorrer de maneira intensa após a possibilidade da instalação da doença na região como a autorização para matança de urubus e corvos. Afirmavam que os urubus eram transmissores de doenças e que deveriam ser exterminados. A municipalidade na mesma época também matou cães considerados “vadios” que circulavam pela cidade..
Um outro desdobramento com a possibilidade endêmica da peste bovina na região gerou uma discórdia entre a municipalidade de Batatais e a de Brodowski. O prefeito da vizinha embargou a entrada de carne bovina proveniente dos matadouros batataenses por conta dos boatos de possíveis rezes doentes, o que teria sido descartado, de acordo com a imprensa local com a visita de funcionários da Secretaria de Agricultura. A carne bovina batataense foi considerada isenta de problemas e portanto de livre consumo. O gado bovino proveniente de Brodowski foi impedido de ser abatido para consumo por mais um período.
Outro tema recorrente nas edições de capa estava relacionado ao SERVIÇO MILITAR obrigatório. A junta militar local tinha a incumbência de fazer o chamamento dos jovens sorteados quando estes completassem 21 anos. Caso o jovem, não se apresentasse para o alistamento militar, estava sujeito a prisão. Curiosa era a forma de apresentação desses sorteados na imprensa local: o primeiro nome do sorteado e em seguida o nome do pai e caso o pai fosse morto ou algo do tipo, o nome que aparecia era o da mãe. Leia a reprodução.
Uma forte campanha para ampliação da adesão à participação nas linhas de tiro nas cidades voltava a cena. Na cidade de Batatais, o TIRO 26, elegeu em março de 1921 nova diretoria. Assim composta: presidente, coronel Manoel Victor Nogueira; vice-presidente, capitão Nelson Pereira Viana; tesoureiro, José Paulino Pinto Nazario; secretário, José Antonio Nazar. A diretoria informou que os “treinamentos militares continuam sendo feitos na praça Barão do Rio Branco, com grande animação.” (GB, 13/03/1921)
Outro assunto de capa foi O BRASIL NA GUERRA, relacionado às possíveis reparações e indenizações a serem recebidas pelas perdas marítimas, humanas, mercantis e contratuais pelo Brasil durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1917, nossa marinha mercante foi bombardeada pela Alemanha, o que teria ‘forçado’ o Brasil a abandonar o estado de neutralidade diplomática. Vale lembrar que o país não participou de maneira efetiva na guerra – enviou apenas alguns poucos soldados, aviadores, médicos e navios meses antes do armistício.
Novamente serviu como registro de capa de algumas edições dos jornais locais da época, notícias sobre o padrão de comportamento esperado pela comunidade cristã das mulheres católicas, ou seja, o que se considerava adequado/permitido usar pelas senhoritas e senhoras nos anos 20. Num dos títulos, AS DANÇAS E AS MODAS, o periódico afirmou que a Diocese de Campinas, teria condenado os vestuários femininos e as danças, assim: “os vestuários recommendados são factos fechados e não decotados, nem curtos e nem transparentes. (…) Sob penas ao arbítrio da autoridade diocesana, os padres ficam prohibidos de dar a S. Comunhão às pessoas que não se conformarem com a presente resolução.” (GB, 20/03/1921). Em outra nota versando sobre o mesmo tema, um Juiz de Direito afirmava que os comportamentos e atitudes “licenciosos” só poderiam ser evitados com a atitude severa das mães.
A Gazeta local com o título CRISE NÃO; GASTOS PERDULÁRIOS SIM! reproduz o conteúdo de uma revista paulistana sobre os imensos gastos e consequentes lucros obtidos com o carnaval de fevereiro de 1921. Traz como exemplo que um só estabelecimento comercial teria importado 93.000 dúzias de lança-perfumes da marca Rodo, além de 10.000 dúzias de lança-perfumes da marca Mon Plaisir. Além dos tradicionais confettis (100 toneladas) e serpentinas (15 milhões). O artigo continua a tratar de outros gastos, como máscaras, tecidos, fantasias, carros, enfeites, gasolina, hotéis, bailes. Ao final, questiona: “se há crise, ela existe pra quem? Sabemos bem a resposta.” (Gazeta de Batataes, 20/03/1921)
Outras propagandas de diferentes marcas de lança-perfumes comercializadas na mesma época. A publicidade, bem demonstra o quanto o produto era aceito socialmente.
As apresentações das bandas musicais sempre fizeram parte da programação cultural da época; suas agremiações, por vezes, organizavam festas e bailes. Em março de 1921 foi a vez da Banda Italo-Brasileira vinculada Sociedade Dante Alighieri de Brodowski organizar nas palavras do editor “pomposa festa popular” e ainda homenagear outra corporação musical, “a tradicional Banda Guarany de Jardinópolis”.
Ainda sobre a Banda Italo-Brasileira, numa outra edição da Gazeta de Batataes há um informe em que o maestro da corporação, de nome José Carlos, homenageou com um “bello dobrado” a agremiação Batatais Futebol Clube (BFC). Afirma que o maestro produziu um tango para homenagear o “Sapeca Chicó”. (GB, 03/04/1921)
O futebol em Batatais a partir do final dos anos 10 conseguiu envolver e mobilizar um grupo significativo de adeptos e torcedores efusivos. Há 100 anos, a bola rolava solta nos campos do BFC e do Riachuelo Futebol Clube (RFC). Os maiores clubes locais recebiam para disputas times de cidades vizinhas e mesmo de cidades de Minas Gerais, um pouco mais próximas a Batatais. Nos meses de março e abril de 1921, os clubes receberam representantes do Palestra Itália de Ribeirão Preto; do Elite de Franca; do Estrela Team de Franca; do Cravinhos Futebol Clube, do time de São Joaquim; de Casa Branca; A. Triângulo de Uberaba e dos times das fazendas e bairros locais.
Para arrecadar fundos para construção das arquibancadas o BFC foi realizada quermesse nos dias 15,16 e 17 de abril na Praça Cônego Joaquim Alves com a apresentação das bandas musicais locais, Euterpe e Santa Cecília. Segundo consta, a quermesse contou com barracas, muitas prendas e apresentações cinematográficas. A cordialidade parecia dar o tom nas relações sociais entre os membros dos clubes fora das quadras. Apesar das rivalidades esportivas participavam dos eventos um do outro, em ajuda mútua. “Foram tiradas diversas photographias”. (GB, 24/04/1921)
Para os que, como nós, são curiosos quanto a memória do RFC, reproduzimos o resultado da assembleia dos associados realizada no dia 14 de março no Salão Santa Cecília para gerir a associação entre março de 1921 a março de 1922. (Quem sabe, dando nomes, alguém chega com depoimentos, documentos e fotografias)
O resultado para a diretoria de 21-22 do RFC: presidente de honra, coronel Gabriel de Andrade Junqueira; presidente, Afonso Vieira de Lima; vice-presidente, capitão João Batista Ferraz de Menezes; 1º secretário, Adolpho Affonso; 2º secretário, capitão Carmosino de Araújo; 1º tesoureiro, José Paulino Pinto Nazário; 2º tesoureiro, Claudimiro Firmino da Silva; 1º diretor esportivo, Arthur Firmino da Silva; 2º diretor esportivo, Archilles Drosghic; orador oficial, doutor José Arantes. E segue com a nominação da comissão de sindicância; a comissão de finanças; seus suplentes e os respectivos capitães: geral, Joaquim Machado; 1º time, João Degani; 2º time, Victorio Fazzion; 3º time, Henrique Sibin.
O parecer número 10 da sessão da Câmara Municipal de Batatais de 11 de abril de 1921 foi aprovado afim de auxiliar na construção de um asilo de mendicância pela Conferencia São Vicente de Paulo. Para tal, abertura de um “botequim” em local a ser determinado na Praça Cônego Joaquim Alves. Terá funcionado o estabelecimento?
Uma propaganda que nos chamou a atenção foi a do Hotel Lazzarini, antigo Hotel dos Viajantes, de propriedade de José Lazzarini, falecido em 1918 de gripe espanhola. De acordo com cartaz fornecia aos moradores e hóspedes nos almoços de domingo tradicional macarronada e às sextas-feiras, peixes frescos. Ficava na Rua 7 de setembro onde hoje está o Banco do Brasil.
SAIBA QUAIS CASAIS CONTRATARAM CASAMENTO NESSE PERÍODO
Trouxemos para esta coluna, alguns trechos dos editais de casamento ou mesmo notas sociais de noivados e enlaces religiosos publicados na GB. (Pedimos aos leitores caso tenham fotografias ou outro tipo de lembranças, documentos ou memórias dos casamentos dos avós e bisos, caso queiram, compartilhem conosco pelo e-mail do museu: mhpwashingtonluis@gmail.com).
Ovidio José de Faria, 21 anos, natural de Batatais, residente à rua 13 de maio, filho de Astolpho Jose de Faria e Rosa Marcelina de Jesus com Maria Gabriela de Souza, 20 anos, residente a rua Jardim, filha de Gabriel Martins de Souza e Ana Rita Garcia, fazendeiro no município.
Tertuliano Previde, 20 anos, natural de Batatais, residente neste distrito, filho de Guiade Chrystiano Previde e Victoria Previde com Analia Leonel do Prado, 18 anos, natural de Igarapava (SP), filha de Aprigio Leonel do Prado e Catharina Bradaschia.
Antonio Carnevally, 23 anos, natural da Província de Regio, Calabria, Itália, residente na Fazenda da Lage, filho de Jose Carnevally e Joanna Albanez com Carolina Geron, 19 anos, natural da Provincia de Pádua, residente na Fazenda da Lage, filha de Virgínio Ceron e Catharina Spigolon.
Marcílio Gomes, 29 anos, engenheiro civil, natural de Batatais, residente à rua Coronel Joaquim Rosa, filho de Claudio José Gomes e Maria Cherubina da Silva Gomes com Guaraciaba Vianna, 23 anos, natural de Batatais, residente a rua 21 de abril, filha de Alfredo Pereira Vianna e Luzia Corsini Vianna.
Pamphilo Severo Jeronymo, 23 anos, natural de Batatais, residente na mesma cidade, filho de Serevo Jeronymo e Maria de Paiva com Maria Carolina da Silva, 21 anos, natural de Batatais, residente na mesma cidade, filha de Joaquim Carolino da Silva e Maria Rita de Jesus.
Neter Ferez, 25 anos, natural da Síria, residente em Ribeirão Preto, filho de José Ferez e Maria Ferez, residentes na Siria, com Helena Suaid, 22 anos, natural da Síria, residente na cidade de Batatais, filha de Jorge Suaid e Julia Suaid.
Antonio Jose Ribeiro, 24 anos, natural de Patrocinio do Sapucai (MG), residente na Fazenda Angola, filho de Isaac Ribeiro e Gabriella Francisca com Alzira Candida de Andrade, 18 anos, natural de Altinópolis (SP) e residente na Fazenda Cachoeira, filha de Joaquim de Andrade e Innocencia de Jesus.
Alcebiades Martins, 22 anos, residente em Viradouro (SP), filho de Horacio Diogo Martins e Gabriela Candida de Jesus com Claricinda Augusta Martins, 18 anos, natural de Nuporanga (SP), residente na Fazenda dos Pimentas, filha de Vigilato Antonio Vallin e Martha Petronilha Martins.
Juvenal Augusto dos Santos, 23 anos, natural de Cravinhos (SP), residente na Fazenda Macaúbas, filho de Augusto Manoel dos Santos e Catharina Ferreira Leite com Maria Coradin, 23 anos, viúva, natural de Batatais, residente na Fazenda Macaúbas, filha de Antonio Coradin e Pati Regina.
Umberto Colombini, 25 anos, natural de Leme (SP), residente na Fazenda Macaúbas, filho de Herminio Colombini e Carolina Suave com Maria Benetti, 21 anos, natural de Casa Branca (SP), residente na Fazenda Macaúbas, filha de Geraldo Benetti e Auretese Carlota.
Carlos Pierini, 22 anos, natural de São João da Boa Vista (SP), residente em Batatais, filho de Antonio Pierini e Luiza Pierini com Adelaide Sebastiani, 21 anos, natural de Batatais, residente em Batatais, filha de Carlos Sebastiani e Adarna Paulinetti.
Marcello Sofiatti, 19 anos, natural da província de Roma, filho de Pio Soffiatti e Talga Leticia com Thereza Fionira, 19 anos, natural de Batatais, filha de Pedro Biaggi e Augusta Venturoso.
Jose Maximo, 19 anos, natural de Santa Rita de Passa Quatro (MG), filho Miguel Maximo e Miquelina Maria de Jesus com Benedicta Olympia de Moraes, 21 anos, natural de Franca (SP), filha de Bertholdo Rodrigues da Silva e Maria Joaquina de Moraes.
Fiori Montoani, 25 anos, natural de Santa Cruz das Cachoeiras (SP), residente na Fazenda Passa Tempo, filho de Pedro Montoani e Thereza Ceca com Palmyra Raymundini, 17 anos, natural de Batatais, residente na Fazenda Santo Antonio, filha de Narcizo Raymundini e Malia Celia.
João Ivo Junior, 30 anos, natural de São Simão (SP), residente em Serra Azul, filho de João Ivo de Araújo Pinto e Anna Olympia da Silveira Pinto com Durvalina Pereira Lima, 27 anos, natural de Batatais, residente na Fazenda da Barra, filha de José Manoel Pereira e Mariana Candida Pereira.
João Bergamo, 21 anos, natural de Batatais, residente na mesma cidade, filho de Pedro Bergamo e Secundiana Furlanis Bergamo com Maria Vidal, 23 anos, natural de Batatais, residente na mesma cidade, filha de Francisco Pereira Vidal e Antonia Custodia de Moraes.
João Francisco Rosa, 27 anos, natural de Ribeirão Preto, residente em Batatais, filho de Olympio Antonio Rosa e Maria Candida Rosa com Julia Carnassa, 16 anos, natural de Ribeirão Preto, residente em Batatais, filha de Angelo Carnassa e Angela Temporini.
Furtunato Angelo Buscarioli, 24 anos, natural de Belem do Descalvado (SP), residente na Fazenda Sant’anna, filho de Antonio Buscariolli e Maria Previsolli com Angela Labo, natural de Batatais, residente na mesma fazenda do noivo, filha de Antonio Labo e Paschoa Bento.
Francisco Pereira da Silva, 25 anos, natural de Montes Claros (MG), residente na Fazenda Bela Vista, filho de Santos Pereira da Silva e Gertrudes Gabriella de Jesus com Balbina Umbelina de Jesus, 16 anos, natural de Patrocínio do Sapucaí (MG), residente na mesma fazenda do noivo, filha de Marcionil Souza Santos e Maria Cândida de Jesus.
João Marques de Souza, 22 anos, natural de São José do Morro Agudo (SP), residente no local nomeado, filho de Domingos Marques Pereira e Mariana Gabriela de Souza com Maria Francelina de Jesus, 18 anos, natural de Batatais, residente na Fazenda Sant’Anna, filha de Antonio Alves de Bessa e Maria Eduarda de Bessa.
Vico Bavieri, 21 anos, natural de Batatais, residente na Fazenda Rancho Novo, filho de João Bavieri e Sala Mana com Maria Amalia Guilhermitti, 17 anos, natural de Batatais, residente na Fazenda Bela Vista, filha de José Guilhermitti e Pesa Cecilia.
Jose Mamedes de Bessa, 33 anos, natural de Batatais, residente na Fazenda Sant’Anna, filho de Joaquim Jose de Bessa e Maria Rita de Jesus com Anna Joaquina de Jesus, 19 anos, natural de Batatais, residente na mesma fazenda do noivo, filha de Joaquim Tostes Fleming e Ana Geracina de Jesus.
Remo Rigotto, 21 anos, natural de Batatais, residente na cidade, filho de Luiz Rigotto e Inez Geraldi com Regina Valentini, 20 anos, natural de Palma, Itália, residente em Batatais, filha de Zanoni Valentini e Luiza Guion.
Ficaram noivos – Eliza Machado, filha do capitão Fernando Leite Machado e Maria Augusta Pedrosa com José Gomes da Silva, recém-formado advogado, filho do finado fazendeiro José Gomes e Maria Cherubina Gomes.