INDICADORES SÓCIO-ADMINISTRATIVOS
Dando continuidade à nossa última edição, a seguir apresentamos aos leitores e leitoras um panorama sociocultural e administrativo da cidade para o ano de 1923.
QUEM ERA QUEM NESTE PERÍODO:
Administração Municipal: Prefeito Municipal – José Ordine; Vice-prefeito: José Ferreira da Silva; Presidente da Câmara – Major João de Andrade Junqueira; Vice-presidente – Dr. Frederico Marques; Demais Vereadores – Manoel Nogueira Junior, José Procópio Meirelles, Lázaro Garcia da Costa, João Paulino da Costa, Capitão Francisco Ferreira Borges, Antônio Garcia de Macedo; Secretário da Câmara – José Nunes de Oliveira.
Diretório Político do Partido Republicano Paulista local: Presidente – Coronel Manoel Victor Nogueira (fazendeiro, ex-prefeito na gestão anterior, ex-presidente da Câmara e presidente do diretório na gestão anterior); Vice-presidente – Coronel Manoel Gustavino de Andrade Junqueira (fazendeiro, coletor estadual e ex-prefeito de Batatais nos anos de 1912 e 1913); Secretario – Coronel Ovídio Tristão de Lima (tabelião e músico); Membros – Major Antônio Cândido Alves Pereira; Capitão José Paulino da Costa e José Procópio Meirelles (todos fazendeiros).
Administração Judiciária: Juiz de Direito – Dr. Bazileu Soares Muniz; Escrivão – Joaquim Victor de Oliveira; Promotor de Justiça da Comarca – Dr. José Arantes Junqueira; Partidor, Contador e Distribuidor – Joaquim Barboza da Silva; 1º Juiz de Paz – Capitão Nelson Pereira Vianna; 2º Juiz de Paz – Major José de Andrade Junqueira e administrador da Santa Casa.
Tabelionatos: 1º Ofício – Ovídio Tristão de Lima; Oficial de Registro de Hipotecas – Juvenal Pereira Lima; Escrevente- Adolpho Affonso; Escrivão de Paz e Oficial do Registro Civil – Francisco Aleixo.
Coletorias: Federal – Octávio Lima; Estadual – Coronel Manoel Gustavino de Andrade Junqueira; Municipal – Drol Galeotti, em seguida, Armando Santos.
Administração Policial: Dr. Laudelino de Abreu, em seguida, Dr. José Agostinho Marques Porto Junior; Escrivão – Francisco Pereira Viana.
Instrução Militar: Presidente da Junta de Alistamento Militar – José Ordine, em seguida, Nelson Pereira Viana; Secretário – Francisco Aleixo; Presidente do Tiro 26 – Coronel Manoel Victor Nogueira; Instrutor do Tiro 26 – Sargento João Martins.
Agente do Correio: Capitão José Paulino Pinto Nazário.
Transporte Público: As linhas férreas da Estação Mogiana eram o principal meio de locomoção da população e escoamento de produtos locais para outras localidades e vice-versa. No segundo semestre de 1923, o sr. Abrahão Abdalla estabeleceu em Batatais uma linha de ‘auto-bonde’ regular em direção a cidades circunzinhas, como Ribeirão Preto (saindo da Companhia Eletro Metalúrgica Brasileira, no antigo bairro Tanquinho), Jardinópolis, Sarandy (atual Jurucê) e Brodowski.
Instrução Pública e Particular: No ano de 1923, as escolas existentes no município possuíam em torno de 600 alunos matriculados. Eram elas: Grupo Escolar Dr. Washington Luís, Colégio Diocesano São José, Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, Externato Almeida, Externato Cabral, Externato Soares, Escola Progresso, Escola D. Aurora, Escola Silva, além das escolas isoladas urbanas e rurais.
– Escotismo Escolar: responsável Balthazar Bueno
– Grupo Escolar Washington Luís: diretor – Benedicto Tondella e professoras Maria Clarisse Paula Teixeira, Maria Zenaide Arantes, Theolinda de Oliveira, Cecília Sampaio Passos, Esther Elvira Pereira, Concetta Caruso. No grupo estadual, no ano de 1923, concluíram o curso primário 35 alunos, sendo 14 meninos e 21 meninas.
– Externato Almeida – dirigido pelo prof. Julio Almeida
– Externato Cabral – dirigido pela prof.ª Maria Rita Cabral
– Externato e Internato Soares – dirigido pelo prof. José Soares Júnior
– Escola Progresso – curso primário particular dirigido pelo prof. Professor Rinhel
– Escola feminina urbana do Castelo – dirigido pela prof.ª Thilza Almeida Barros
– Escola masculina noturna – dirigido pelo prof. Júlio Pereira de Almeida
– Escolas rurais: escola mista do bairro da Ilha, professor Jerônimo Silva; escola mista da Fazenda Boa Vista, professora Maria do Carmo Freitas/Laura Junqueira Leal; escola mista rural da Fazenda Barra, professora Apparecida Moreira; escola mista da Fazenda Macaúbas, professora Cândida Pimenta de Castro; escola mista do bairro de Aparecida de Batataes, professora Aurora Marques; escola mista rural da Fazenda Floresta, professora Martha Márcia de Camargo Pereira; escola rural da Fazenda do Alto, professor Francisco Moreira Filho; escola rural masculina da Fazenda Sant’Anna, professor Fausto Ferreira dos Reis.
Instrução Religiosa:
A religião predominante entre a população era a cristã católica. Sabemos também que a Igreja Metodista tinha seus adeptos na cidade. É muito provável que existissem adeptos do espiritismo e de religiões de matrizes africanas, mas desconhecemos esses dados.
O vigário da paróquia da Igreja Bom Jesus da Cana Verde era o então Padre Dr. Joaquim Alves Ferreira, que tinha por sacristão, Sebastião Alves.
As irmandades e instituições que auxiliavam a Igreja Católica eram a Confraria do Rosário, as Filhas de Maria, Coração de Jesus, São Vicente de Paulo e o Asilo São Vicente de Paulo.
Entre os vários acontecimentos religiosos da cidade, destacamos em janeiro as missas em louvor a São Sebastião na área rural: uma na ‘Fazenda Limeira’ e outra na ‘Fazenda Sant’Anna’ – portanto, espaços religiosos com tradição mais que centenária em nosso município.
Em outubro, deu-se a inauguração da ‘Capela Santo Antônio’ na Fazenda Macaúbas, propriedade da Família Correa de Morais, sob a direção de um dos herdeiros, o sr. Domingos Queiroz de Moraes (1892 – ?).
No mês de agosto, houve a divulgação de uma subscrição popular para construção da ‘Capela do Cemitério Municipal’, sob a responsabilidade do sr. Pedro Branco. (GB, 08/07/1923)
Por iniciativa do reverendo Mario Maspes, diretor geral da Associação dos Ex-alunos Salesianos de Dom Bosco, com sede em São Paulo, foi organizado o ‘Centro do Ex-alunos Salesianos da Comarca de Batatais’. (GB, 07/10/1923)
Em novembro, foi relembrada pelas associações religiosas locais e pela imprensa, a passagem de um ano de morte da ‘Irmã Paula Zuccarini’, que dirigiu por longos anos o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora de nossa cidade.
O principal artigo no campo religioso de 1923 foi, sem dúvida, o de dezembro, assinado por ‘Pedro d’Oeste’ (provavelmente pseudônimo) e que traz ao leitor argumentos favoráveis a demolição da ‘Igreja do Rosário’, situada onde hoje está a Câmara Municipal de Batatais.
Entre os argumentos estava que a antiga igreja não era usada para cultos religiosos há muitos anos, sem sequer possuir imagens, sendo depósito de materiais de construção.
Outro argumento recaiu sobre a idade da edificação, considerada muito antiga, quase centenária, feita de pau-a-pique e adobes; com suas paredes completamente rachadas.
Portanto, de acordo com o editorial, a edificação representava perigo à sociedade no estado em que se encontrava:
“O facto principal, entretanto, é este de se tratar de uma ex-igreja há sete anos seguramente, não se realiza a menor cerimônia religiosa. Aquelas paredes ennegrecidas e rachadas o que guardarão de nocivo à nossa vida? Por certo, uma série enorme de repteis venenosos. A praça em que se acha a ex-igreja é central e poderia destinar-se a outros fins de utilidade pública. (…) A demolição da ex-igreja não é um crime ou coisa que o valha; é, antes uma medida de progresso e hygiene, que ahi está a nos desafiar desde longa data (…)” (GB, 02/12/1923)
Caro leitor, interessante observar que 100 anos depois, em novembro de 2023, a Câmara Municipal de Batatais instalou uma placa com foto fazendo referência à existência da Igreja do Rosário no local.
Lazer, Recreação e Esportes
Durante o ano, muitos eventos socioculturais foram promovidos pelas agremiações, teatros, cinemas e bandas da cidade; além é claro, da presença quase que mensal de alguma companhia circense no município. Os jornais se encarregavam ainda de noticiar as notas ditas chics da cidade e região, como saraus, festas privadas, casamentos, nascimentos, viagens e até mesmo enfermidades e falecimentos da elite socioeconômica da cidade.
Destacamos alguns desses eventos e notas:
Exposições e apresentações
– Em junho, esteve palestrando no teatro Lola de Oliveira, filha da escritora Andradina Andrada e Oliveira, ambas escritoras, romancistas e feministas.
– Nota sobre um artista batataense de nome Sebastião Santiago, com 22 anos e uma promissora carreira de pintor. Segundo o jornal, “Sebastião Santiago, moço de origem humilde, órfão de pai e arrimo da mãe, é possuidor de inteligência, delicadeza e aptidão para a pintura desde criança”. Seus trabalhos estavam expostos na Casa Ferreira, na Praça Cônego Joaquim Alves. (GB, 14/10/1923)
– O jovem artista José Dorça, realizou pequena exposição de quadros a óleo numa das salas da Pensão Maestrello. Os quadros expostos, em sua maioria, representavam paisagens. Quase todos os quadros foram adquiridos pelas pessoas que visitaram a exposição.
Agremiações
As agremiações como o Club 14 de Março e Sociedade Italiana de Beneficenza e Mutuo Socorro já existiam. O Club 14 de Março – como já tratado em outras edições – funcionava no Salão Santa Cecília e a Sociedade Italiana tinha sede própria, no prédio até hoje existente à Rua Coronel Joaquim Alves, n.273.
Conforme anunciou o semanário, no ano de 1923, a ‘Societá Italiana de Beneficenza e Mutuo Soccorso’ elegeu para a anuência dos anos de 23 e 24, como presidente Romulo Venturoso; vice, João Pesente; 1ºsec., Casimiro Puccinelli; 2ºsec., Francisco Scarciello; 1ºtes., Hermínio Lazzarini; 2ºtes., Adelino Simioni; conselheiros: Carmine Delfelicibus, Pedro Branco, Carlos Sebastiani, Baptista Pesente, José Venturoso e Pio Dami; porta-bandeira: Guido Segato e Guido Gurian; comissão de contas: Francisco Aleixo e Dante Vicentini.
No ano de 1923, surgiram duas agremiações socioculturais: no mês de abril, o ‘Club dos 5’ e em setembro, o ‘Grêmio Recreativo Dramático e Dançante 21 de Abril’. Sobre o Club dos 5, temos apenas a informação de sua formação e que sua sede também ficava no Salão Santa Cecília. (GB, 22/04/1923)
Quanto ao Grêmio 21 de Abril temos que sua sede ficava no início da Rua Coronel Joaquim Alves e seu 1º presidente foi o capitão José Paulino Pinto Nazário. Segundo consta, a agremiação funcionou por longos anos e perdurou até a década de 40.
Salões e Teatros
O teatrinho local, o São Carlos, situado na esquina da Rua Santos Dumont com a Rua Sete de Setembro, passou por reformas no mês de julho de 1923, com ampliação da área dedicada à platéia e a reconstrução do palco seguindo os modelos modernos da época, conforme informou o proprietário Ernesto Corsini. Durante todo o ano, o teatro ofereceu filmes ao público. (GB, 01/07/1923)
Além do Teatro São Carlos, tínhamos o elegante Salão Santa Cecília, próximo à Praça Cônego Joaquim Alves, que promovia ao público que o frequentava: saraus, encenações teatrais, bailes, filmes e palestras. O salão serviu de sede para algumas agremiações como o Club 14 de Março, por exemplo.
Bandas Musicais
Os coretos nas praças públicas também proporcionavam descontração, durante as quintas-feiras e domingos, aos munícipes; com a apresentação das bandas musicais locais, a Santa Cecília e a Euterpe Batataense.
Para melhorar esses momentos de lazer nos logradouros públicos, logo no início do ano, a administração municipal, providenciou para o coreto da Praça Cônego Joaquim Alves, ‘iluminação elétrica’. Além da iluminação, foram colocados bancos e estantes no coreto, feitos pelo senhor Luiz Simioni. Ao final do mesmo ano, a população estava descontente com os longos intervalos das apresentações musicais para não atrapalhar as celebrações religiosas na Igreja Matriz e pediam uma solução.
A ‘Banda Santa Cecília’ tinha por regente, no ano de 1923, o maestro Martins Saraiva que no mês de junho daquele mesmo ano produziu dois dobrados para a cidade: ‘Paço Municipal’ e ‘Força Pública’, infelizmente, desconhecidos do público atual. (GB, 24/06/1923)
O maestrino Alberto Perroni, da ‘Euterpe Batataense’ compôs e executou um dobrado em homenagem ao Dr. Leandro Cavalcanti, médico residente em Batatais. (GB, 28/03/1923)
Além das bandas, se apresentava em algumas retretas, saraus privados e celebrações religiosas a ‘Orquestra do Coronel Ovídio Lima’.
Circos
A população podia desfrutar de diferentes momentos de lazer com as apresentações circenses. O jornal registrou algumas dessas atrações que fizeram temporada durante todo o ano por estas bandas, como o Circo Pierre com sua companhia de ginástica, acrobacia e variedades, o Circo de Touros, o Circo Simões, o Circo Ideal, o Circo Jardim Zoológico com tigres, leões, pumas, o Circo Demóstenes, o Circo Seyssel, o Circo Imperial Japonês, Circo Colombo entre outros.
Os circos não tinham um local específico para montar seus pavilhões e ficavam em diferentes locais da cidade, como na Praça Municipal, na Praça 15 de Novembro, na Praça Anita Garibaldi ou na Praça do Rosário.
Futebol
Poucos foram os jogos do ‘Batatais Futebol Clube’ (BFC) noticiados durante o ano. Em setembro de 1923, uma nova diretoria foi eleita e ao clube foram dedicadas elogiosas palavras pelo jornal, tais como, ‘gloriosa associação que já ocupou bellíssima posição nos centros esportivos do Estado’.
A nova diretoria ficou assim composta: presidente – Capitão João Nogueira de Carvalho; vice-presidente – Coronel Ovídio Lima; 1º sec. – José Procópio Meirelles; 2º sec. – Francisco Tristão de Lima; tesoureiro – Guilherme Tambellini; orador – Dr. José Arantes Junqueira; diretor esportivo – Antonio Garcia Arantes; membros da comissão sindicância – Waldomiro Marques, Adelmo Galeotti e Gustavo Simioni. (GB, 23/09/1923)
Noivados e Casamentos
– Em janeiro de 1923, o ainda estudante de medicina da Universidade do Brasil do Rio de Janeiro, Carlos Pereira Vianna, filho do Major Alfredo Pereira Vianna, ficou noivo de Helena Simioni, filha do comerciante e agricultor Antônio Simioni.
– Em fevereiro, ficaram noivos Dr. Carlos de Arruda Sampaio Filho, 30 anos de idade, médico, natural de São Paulo, nascido em 03/09/1892, filho do Dr. Carlos de Arruda Sampaio, nascido em Campinas no ano de 1869 e da Sra. Adelina de Araujo Sampaio, nascida em Jacareí/SP no ano de 1878, residentes em Ribeirão Preto/SP e a senhorita Sarah Salem, 18 anos de idade, natural de Franca/SP, nascida em 21/12/1904, residente em Batataes, filha do sr. capitão Alexandre Salem, nascido na Síria em 1876, agricultor neste município e de Maria Victoria Salem, falecida em 1922. O pai do noivo era advogado e professor de Literatura no Ginásio Estadual em Ribeirão Preto. Eram irmãos do noivo: Gilberto Sampaio, médico, casado com Alda Moreira; Dr. Alcides Sampaio casado com Maria José Nogueira; Rubens, Sérgio, Judith e Gilda Sampaio. O noivo tinha como avós paternos, membros de família ilustre de Campinas, José Fortunato de Carvalho e D. Carlota de Arruda Sampaio.
– Em março, foi celebrado o casamento de Augusto Diniz Junqueira, 31 anos, viúvo, natural deste distrito, residente a Rua Celso Garcia, filho do Major José de Andrade Diniz Junqueira e de D. Ignacia Carolina de Andrade, com Antonieta Cinalli, 18 anos, natural de Altinópolis, residente a Rua Capitão Andrade, em Batatais, filha do Capitão João Cinalli, negociante em Batatais e de D. Maria Bernadete da Luz Cinalli.
– Marcou casamento no mês de abril o casal Alcides Paschoal e Olga Yole Rossini. Ele era solteiro, guarda-livros, natural de Batatais, nascido em 24 de maio de 1901, residente em Ribeirão Preto, filho de José Félix Paschoal, 56 anos e de D. Jesuína Maria da Conceição, 54 anos, residentes em Batatais. A noiva era solteira, de prendas domésticas, natural da capital do Estado, nascida no dia 18 de agosto de 1902, residente nesta cidade à Rua Celso Garcia, n.26 em companhia de seus progenitores, Ângelo Rossini, de 53 anos de idade e de Climene Calegare, 46 anos de idade.
– Em maio, Antônio Garcia Ribeiro, cirurgião dentista em Ribeirão Preto, residente em Pitangueiras ficou noivo de Helena Ferreira da Rosa, filha do capitão José Ferreira da Rosa Sobrinho, fazendeiro no município.
– Em junho, casaram-se José Luiz Corrêa Filho e Angelina Cortinove, ambos residentes nesta cidade. Ele, natural deste distrito, onde nasceu em 17 de janeiro de 1897, empregado do comércio, filho de José Luiz Correia de Toledo, de 65 anos de idade e de Luiza Carolina de Toledo, de 62 anos de idade, residentes nesta cidade. Ela é natural desta cidade, onde nasceu no dia 01 de outubro de 1899, de prendas domésticas, filha de José Cortinove, já falecido, e de Luiza Tavola, de 60 anos de idade, residente nesta cidade.
– Em junho ficaram noivos, Manoel Pereira Pimenta, industrial nesta praça com a Sra. D. Maria Venturoso.
– Em julho, ficaram noivos José Garcia Moreira, agricultor neste município e a senhorita Apparecida Alvim, filha do Sr. Norberto Alvim.
– Em agosto, casaram-se Lindolpho Antônio da Silva e a senhorinha Marianna Borges. Ele, com 22 anos, natural de Nuporanga, residente na Fazenda Ressaca, filho do capitão Gabriel Antônio da Silvas e D. Maria Cândida da Silva e a noiva, com 26 anos, natural de Batatais, filha do Capitão Francisco Ferreira Borges Sobrinho e de D. Maria Paulina Borges.
– No mês de outubro, ocorreu o casamento de Julio Esteves Franco e Maria Garcia Barros, na casa dos pais da noiva em Batatais. Ele, com 22 anos, natural de Ituverava, nascido em 19 de julho de 1901 e filho do Capitão José Esteves Júnior e D. Maria Firmina da Rocha, residentes na capital do Estado e a noiva, com 30 anos, nascida em 13 de abril de 1893, natural de Batatais, filha do Capitão João Martins de Barros e de D. Máxima Garcia de Barros, residentes nesta cidade. Foram padrinhos da noiva: os casais José de Figueiredo Palma – D. Aurora Cinalli e José Garcia de Barros – D. Hercília Palma de Barros e do noivo, o casal João Cândido Alves Filho e Rita Barros Ferreira
– Ainda em outubro, ficaram noivos Dr. Leandro Cavalcanti da Silva Guimarães, médico residente em Batatais com a senhorita Lucilla Ferraz de Menezes, filha do Capitão João Baptista Ferraz de Menezes, comerciante nesta cidade.
– Em novembro, ficaram noivos Mario Zapparoli e a senhorita Angelina Bove. Ele é solteiro, 25 anos de idade, natural deste distrito nascido em 13 de março de 1898, residente na Fazenda São Pedro, filho de Luiz Zapparoli falecido na Itália há mais de 10 anos e de Maria Girardi, de 45 anos de idade. A noiva tem 17 anos de idade, natural deste distrito onde nasceu em 06 de novembro de 1906, residente na Av. Dr. Rebouças, n. º30, filha de Domingos Bove, falecido nesta cidade há 8 anos e de Maria Sentelleghe, de 40 anos de idade.
– Em novembro, contratou casamento Antônio Romagnolli e dona Brazilina Rigonatto, sendo o noivo solteiro, 21 anos, natural deste distrito, onde nasceu em 12 de setembro de 1902, residente na Fazenda Boa Vista, filho de José Romagnolli, com 56 anos de idade e Quaglio Maria Luiza (falecida há 14 anos) e a noiva, natural do distrito de Ribeirão Preto, solteiro, nascida em 08 de junho de 1904, residente na Fazenda da Matta, filha de Jacomo Rigonatto, falecido há 2 anos e meio e Ana Urice de 47 anos de idade.
– Contrataram casamento Américo Gaeta, guarda-livros, filho de Rosa Carnevalli Gaeta e Rita Borges, filha de D. Jesuína Gabriela de Paula.
Obituários
Janeiro – a Sra. Esther Vasques Rezende faleceu em Pindamonhangaba, no dia 17 de janeiro, era cunhada de José Barbosa de Mello, negociante em Batatais. A extinta era professora adjunta do Grupo Escolar Dr. Washington Luís desta cidade há 12 anos.
Janeiro – João Jorge Iunes Abeid, irmão do José Jorge Abeid. O falecido era auxiliar das oficinas tipográficas do jornal a Gazeta de Batataes.
Fevereiro – Falecimento de Coronel Manoel Caetano Villas Boas Primo, antigo agricultor no município de Batatais. Era casado, em terceiras núpcias, com a Sra. Delminda Rezende, e dos primeiros matrimônios deixa 5 filhas, todas casadas. O extinto contava com 66 anos de idade e foi enterrado no Cemitério Paroquial em jazido perpétuo.
Abril – Falecimento de Dona Jesuína Paula de Moraes, 87 anos, “residente na capital do Estado, viúva do coronel José Francisco de Moraes, mãe do revmo. Padre Evaristo de Paula Morais, d. Maria Moraes, d. Jesuína Cândida de Araújo casada com o sr. major Thomaz Martins de Araújo e avó dos nossos conterrâneos dr. Joaquim Onofre de Araujo e o pharmacêutico José Odilon de Araújo, residentes em São Paulo. A fallecida era natural desta cidade, onde residiu por muitos annos e pertencia a importante e tradicional família Pereira Lima. Foi realizada solene missa pelo revmo. Padre dr. Joaquim Alves, parente da extincta, (…)”
Maio – Falecimento de Leonor Vilas Boas Pereira casada com o sr. Joaquim Antônio Alves Pereira, agricultor.
Maio – Falecimento de José Zanella, aos 77 anos, italiano, casado com Maria Zanella. Deixou os filhos: João e Ítalo.
Junho – Falecimento de Lázaro Garcia da Costa, agricultor e vereador, nasceu a 22 de janeiro de 1886 em São José do Morro Agudo. Vindo morar criança em Batatais. Era filho de Felisbino Garcia da Costa, já falecido e de Marcellina da Costa. Deixa viúva a Sra. Maria Luiza Garcia e órfãs as seguintes crianças: Maria Apparecida, Carolina, José, Mario, Maria Antonieta, Luiz e Diva, todos menores. Era irmão de Lazara da Costa; tio do sr. Benedicto Arantes, coletor estadual em Brodowski e cunhado dos srs. Raul do Amaral e tenente Américo Alves Ferreira.
Junho – Falecimento de Arthur Bastos, residente na cidade de São Joaquim, ocupando o cargo de vice-prefeito e por várias vezes vereador faleceu dia 19/12/1922. O distinto era cunhado do Nelson Pereira Viana, primeiro juiz de paz deste município e presidente da junta de alistamento militar.
Junho – Falecimento de Francisco Antônio Diniz Junqueira, residente em Batatais há longos anos. Nasceu em Franca, em 1858, sendo filho do falecido Capitão da Guarda Nacional José de Andrade Diniz Junqueira e de Dona Cândida Esméria de Lima – filha de Manuel Antônio Pereira Lima e de Juliana Josefa de Jesus Silva -, que ainda estava viva, com 85 anos, quando o filho morreu. Tinha por irmãos: os Srs. Coronéis Gabriel de Andrade Junqueira (deputado estadual), residente em SP, Manuel Gustavino de Andrade Junqueira (coletor estadual), residente nesta cidade; majores João de Andrade Junqueira (ex-prefeito de Batatais), José de Andrade Diniz Junqueira, tesoureiro da Santa Casa de Misericórdia, e Martiniano de Andrade Junqueira e da exma. sra. Gabriela Cândida de Andrade Lima, casada com o sr. Gabriel Theodoro de Lima, residentes em Campinas. Foi casado em primeiras núpcias com Ignacia da Costa Junqueira e deixou dois filhos, Joaquim Diniz Junqueira, vereador em Batatais, casado com Floripes Junqueira e Gabriel de Andrade Diniz Junqueira Sobrinho. O defunto era casado em segundas núpcias, com a Sra. Maria Junqueira. Foi enterrado no Cemitério Paroquial.
Julho – Faleceu o sr. José Rodrigues da Silva, português, com 54 anos, o antigo administrador da Fazenda Morada. O extinto deixa viúva a sra. Bertholina Rodrigues da Silva
Agosto – Faleceu nesta cidade, contando 42 anos de idade, a sra. Eulália Emilia Pereira, viúva do sr. Torquato Alves Pereira. A morta era uma das proprietárias do hotel ‘São José’, deixa 5 filhos todos menores. Era irmã da sra. Delminda Cardoso e dos srs. Álvaro e Dirceu Cardoso. Foi enterrada no Cemitério municipal.
Setembro – A veneranda Paulina Barbosa Nogueira, esposa do sr. capitão Luiz José Nogueira, residentes nesta cidade. Deixa 7 filhos e era cunhada do sr. José de Anchieta Nogueira, também residente nesta cidade.
Dezembro – Alexandre Faccion, sogro do sr. Rômulo Venturoso, industrial na praça