A equipe econômica estuda a edição de uma Medida Provisória (MP) para a concessão do auxílio emergencial por mais tempo, mas a um valor menor, enquanto segue analisando a focalização de programas sociais para vitaminar o Bolsa Família e torná-lo uma marca da gestão Jair Bolsonaro. O valor para a extensão do auxílio não está definido.
Cada mês de auxílio nesse valor acarreta gastos adicionais de cerca de 50 bilhões de reais para a União, considerando o universo de mais de 60 milhões de beneficiários, entre informais e vulneráveis que já faziam parte do Cadastro Único.
O desejo, agora, é que o alongamento do auxílio seja por um valor menor, numa espécie de ponte para o novo programa à frente.
Na equipe econômica, a ideia é que o Renda Brasil, programa que virá para substituir o Bolsa Família, fique entre 250 a 300 reais.
NOVO CADASTRO ÚNICO
A estruturação do Renda Brasil passa também por uma nova sistemática para o Cadastro Único, que é o instrumento de identificação das famílias de baixa renda.Hoje ele é operacionalizado pela Caixa Econômica Federal, que encaminha ao Ministério da Cidadania todos os meses uma imagem da base de dados, cujo sistema fica sob a responsabilidade do banco.
Técnicos do Ministério da Cidadania consideram esse modelo ruim, pois acaba gerando a criação de múltiplas bases de dados para usos específicos de cada programa do governo, além de demora para validar situações cadastrais. A intenção agora é fazer com que a pasta assuma esse papel no lugar da Caixa, internalizando o sistema.