Recentemente, diversos munícipes têm demonstrado indignação com uma onda de furtos nos dois cemitérios locais, um problema recorrente que, apesar de amplamente conhecido, continua sem soluções eficazes. Um exemplo alarmante foi o relato de Ubaldo Mozart Ribeiro, que recebeu a notícia de que as placas de identificação de seus pais, com nomes, fotos e dados, haviam sido furtadas no Cemitério Bom Jesus. Este tipo de crime, que atinge diretamente as famílias que visitam os cemitérios em busca de recordações de seus entes queridos, tem se repetido semanalmente.
“Recebi um telefonema do meu sobrinho, que visita os cemitérios todos os domingos, informando que as placas com os nomes, fotos e dados dos meus pais foram furtadas. Ficamos profundamente indignados, pois sabemos que esse tipo de crime tem ocorrido há tempos, e nenhuma solução foi tomada até agora”, desabafou Ubaldo.
A falta de vigilância nos cemitérios é uma das principais razões apontadas pela comunidade para o crescimento dos furtos. Luís Flávio, outro munícipe que falou com nossa reportagem, denunciou a ausência de funcionários da prefeitura e de vigilantes nos cemitérios durante as visitas, o que deixa o local vulnerável à ação de criminosos. “Quando visitamos o cemitério não encontramos nenhum funcionário no local, nenhuma pessoa responsável. A presença de um vigilante, a instalação de câmeras de segurança ou qualquer outra medida efetiva poderia inibir esses furtos”, sugere.
A situação é ainda mais preocupante quando se leva em conta o caráter irreparável do crime: além de ser um ato de vandalismo, os furtos nas sepulturas têm grande impacto emocional, já que envolvem bens de valor sentimental inestimável para as famílias.
Em um apelo claro às autoridades competentes, os dois cobram ação da Polícia Militar, Polícia Civil e da Guarda Municipal. “Esperamos que as autoridades tomem uma atitude, pois esse problema persiste há muito tempo sem que nada seja feito. É inadmissível que o desrespeito à memória de nossos entes queridos continue impune”, afirmou Ubaldo.
O que está em jogo é muito mais do que a perda material. Trata-se do respeito à memória e à dignidade dos cidadãos que, ao visitarem os cemitérios, buscam apenas honrar e lembrar seus entes falecidos.
A necessidade de ações concretas: a Guarda Municipal, a denúncia da comunidade e o papel da administração pública
Esse tipo de crime, que afeta diretamente a confiança dos cidadãos nas instituições responsáveis pela segurança pública, exige uma resposta urgente e eficaz. A Guarda Municipal, uma das principais forças de segurança da cidade, deve intensificar suas ações de combate a esse tipo de crime, promovendo rondas regulares e criando uma presença mais marcante nas imediações dos cemitérios. Além disso, a implementação de câmeras de segurança em pontos estratégicos, como já ocorre em outras áreas da cidade, seria uma medida fundamental para coibir esses furtos e identificar os responsáveis.
Além das ações da Guarda Municipal, a população também tem um papel essencial. Os cidadãos precisam estar atentos e dispostos a denunciar qualquer atividade suspeita à polícia. A colaboração entre a comunidade e as autoridades é essencial para combater esse tipo de crime e devolver a segurança aos locais de sepultamento.
Por fim, a administração pública tem a responsabilidade de garantir a segurança dos cemitérios, fornecendo recursos para a implementação de medidas de vigilância adequadas, como a presença constante de vigilantes e câmeras de segurança. A instalação desses equipamentos deve ser considerada uma prioridade, especialmente em áreas com histórico de furtos.
O momento é de ação. A cidade precisa se unir para combater esses crimes, e a sociedade exige que as autoridades tomem providências concretas para assegurar o respeito à memória dos nossos entes queridos.
