Fomos procurados por alunos, que utilizam o transporte para Ribeirão Preto e Franca, por meio da Associação dos Estudantes de Batatais, que estão questionando o aumento no valor da mensalidade, que subiu de R$ 230,00 para R$ 250,00 neste ano. Está inclusive sendo feito um abaixo assinado cobrando maior apoio do Poder Público. Segundo Eduardo William de Andrade, da Rota R5, para o Barão de Mauá em Ribeirão Preto, os associados entendem que existem grandes gastos para o transporte, mas esperavam um maior apoio financeiro por parte da Prefeitura. “Todos nós achávamos caro o valor anterior, e com esse aumento, era de se esperar nossa desaprovação. Esperamos que isso se resolva e que deixe de ser uma pedra em nosso caminho, pois estamos estudando para buscar um futuro melhor”, destacou.
Até o momento da finalização da reportagem, 84 assinaturas haviam sido colhidas e nesse sábado, dia 25, está marcada para 9 horas uma Assembleia de representantes da Associação com os estudantes, para explicar o aumento. A lista física do abaixo assinado está na Escola de inglês Fashion, na Praça Cônego Joaquim Alves. “Na minha visão, a associação deveria acolher e tentar resolver o problema da melhor forma, porque embora o valor seja abusivo e haja a falta de atenção e compreensão, nós ainda consideramos o transporte fornecido por eles e pago por nós, uma das melhores opções, uma vez que não gozamos de muitos recursos”, frisou a aluna Talita Maira da Silva Salomoni, da Rota F1.
Atualmente se mantém o convênio firmado entre a Prefeitura de Batatais e a Associação dos Estudantes, onde o Município repassa 60% do valor do transporte e os alunos pagam o restante. Segundo nos foi informado, cada aluno custa R$ 625,00 para viajar. “Acredito que para reajustar o valor, deveria aumentar a qualidade do serviço oferecido, o que não está acontecendo. Já cheguei a viajar em ônibus pingando, com mal cheiro, entre outras condições inadequadas. Uma das diversas justificativas oferecidas pela diretoria para este aumento é pelo crime de roubo que ocorreu a alguns anos atrás, porém, não entendemos a lógica do reajuste ser feito a cada ano se o valor pago já está com o necessário para cobrir este roubo. Nossa solicitação coletiva é pelo não aumento da mensalidade e manutenção do valor anterior”, afirmou a estudante Camila dos Santos, que utiliza a Rota R5.
Posição do presidente da Associação: “Desde quando eu entrei na Associação, todo começo de ano é feito uma reunião com as empresas que prestam serviços para AEB, onde negociamos o reajuste em cima da diária dos ônibus. Este ano não foi diferente. Nós fizemos uma reunião com os donos das empresas para negociar a porcentagem, e conseguimos melhorar o máximo possível. Os valores que são levados em consideração para esse aumento condizem com o ajuste de pedágios, combustíveis, impostos, entre outros. Tudo isso é colocado na ponta do lápis na hora da negociação, o que reflete diretamente no valor do boleto. Outro indicador importante que levou a esse aumento é a quantidade de associados que temos. Ano passado terminamos no ano com cerca de 550. Hoje estamos com 370, um número muito abaixo do esperado e que faz uma diferença muito grande na hora de fazer os cálculos do valor a ser lançado. Em relação ao abaixo assinado, nós da Associação ficamos sabendo por meio de redes sociais. Eu, particularmente, acho esse movimento válido, até porque nós acabamos sendo responsáveis pelo dinheiro desses Associados. Porém, nenhum associado chegou a nos procurar para saber qual foi o motivo desse reajuste. É claro que nós temos a explicação e o demonstrativo desse aumento que vai ser explicado com detalhes na Assembleia no dia 25 de janeiro, onde todos os que fizeram o abaixo assinado deveriam comparecer”, informou Carlos Martins – presidente.