Os brasileiros ficaram mais endividados em junho, mas a inadimplência se manteve estável, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de famílias com contas a vencer cresceu de 78,2% em maio para 78,4% em junho, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.
A CNC acrescenta que 15,9% das famílias estão muito endividadas. A proporção de consumidores com contas em atraso ficou em 29,5% em junho, ante também 29,5% em maio.
A proporção de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas vencidas, ou seja, que permaneceriam inadimplentes, seguiu em 12,5% em junho, mesmo nível de maio. Essa parcela era de 12,0% em junho de 2024.
O porcentual de famílias comprometidas com dívidas é de 32,2% em junho. Houve redução também no tempo de inadimplência: a fatia de famílias com contas vencidas há mais de 90 dias desceu a 47,3% em junho, o que reduziu o tempo médio das dívidas em atraso para 64,1 dias. Em maio, a média de atraso era de 64,3 dias.
O percentual de famílias que entregam mais da metade da renda para o pagamento dos débitos caiu para 19,2%, fazendo a média do orçamento familiar destinada a este fim cair para 29,6.
O cartão de crédito mantém a liderança como a modalidade mais utilizada, mencionada por 83,3% dos endividados, os carnês possuem uma fatia de 17,0%.
No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, os endividados atingiram 81,1%, na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados é de 80,9%. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve redução de 78,9% para 78,7%. No grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia caiu de 67,6% para 67,5%. Fonte: CNC





