Para o batataense Dr. Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, o Lockdown em Batatais foi uma medida necessária e oportuna diante da gravidade da pandemia no município, pois contém a circulação do vírus e alivia o sistema de saúde. “A cidade estava vivendo um cenário muito triste, que vem se repetindo em inúmeros municípios da região. Como batataense e médico, fico consternado sempre que recebemos notícias como a de Batatais, minha cidade natal, onde a pandemia estava fora de controle e, para controlá-la, era preciso adotar rigorosamente os protocolos sanitários”, ressaltou.
Questionado se na sua visão de pesquisador e, com os dados da vacinação, para quando é possível esperar uma redução significativa no número de casos de Covid-19 no país, o Dr. Dimas disse que ainda enfrentamos uma fase difícil da doença. “Não consigo visualizar uma melhora da pandemia no Brasil. O Instituto Butantan trabalha constantemente para oferecer medidas que tragam resultados, como quarentenar casos positivos e tirar de circulação pessoas que possam transmitir a doença. Temos projetos como o soro e o plasma, para o tratamento dos doentes. A vacina é apenas uma das formas de combater esse vírus, é necessária uma luta conjunta e a sociedade precisa estar consciente do seu papel, assim como os prefeitos das cidades”, destacou.
A respeito da produção da vacina do Instituto Butantan, que não vai depender dos insumos chineses, Dimas afirmou que a Butanvac já está sendo produzida e logo teremos as doses prontas. Mas ainda será necessário o aval da Anvisa para os testes clínicos.
O médico avalia que infelizmente ainda temos um árduo caminho a percorrer no enfrentamento da Covid-19. “Os números estão estáveis, mas ainda num patamar muito elevado de mortes. Precisamos urgentemente baixar esse índice e evitar mais mortes com medidas de prevenção”, ressaltou.
Por fim, o Dr. Dimas lembrou que o batataense precisa se manter vigilante. “O distanciamento físico, o uso de máscaras, a higiene das mãos e respiratórias, o tempo todo. Somente desta forma é possível reduzir o número de casos e, consequentemente, internações e óbitos. Está na responsabilidade de cada um de nós que o combate seja efetivo. Gostaria de solicitar que as pessoas reflitam e que, por favor, adotem as medidas de controle sanitário como estão sendo preconizadas pela Secretaria de Saúde do município”, concluiu.