A notícia divulgada em todo o estado, em 1º de abril de 2017, dava conta de manifestação realizada às margens da Rodovia Cândido Portinari (SP-334) contra a privatização do Horto Florestal de Batatais, na época anunciada pelo governo do Estado. A decisão foi questionada pela Prefeitura de Batatais, que tombou a área como patrimônio municipal. Formada por ecossistemas como Mata Atlântica e cerrado, em seus 1,4 mil hectares tem, além de áreas plantadas com pinus e eucalipto, espécies em extinção como jequitibá-rosa e cedro, segundo informações do Instituto Florestal do Estado. Além disso, o local conta com pontos de captação de água superficial.
Agora, passados mais de dois anos do processo de tombamento, alguns pontos do Horto continuam sofrendo com a falta de atenção e, principalmente, de conscientização. Nessa semana recebemos questionamento e fomos até o local onde o fogo se alastrava entre os eucaliptos. Interessante que o trio estava limpo até o local de queimada.
Em contato com o Secretário de Meio Ambiente, Rafael Acra, ele afirmou que não recebeu nada a respeito. “Infelizmente a ocorrência de incêndios aumenta nessa época do ano. O horto, como o próprio nome diz, Floresta Estadual, as responsabilidades na gestão cabem ao estado o que não impende a Prefeitura em caso de um incêndio, por exemplo, auxiliar com caminhões pipa, como já ocorreu em outras épocas, mas não recebemos nada a respeito agora”, informou.
Ao longo dos anos percebe-se que o Horto Florestal de Batatais, que deveria ser de fato um espaço melhor utilizado, ambientalmente falando e, por que não dizer, de lazer e turismo, está deixado de lado. Incêndios acabam destruindo de forma gradativa o que a natureza demorou anos para criar, para desenvolver. A equipe que trabalha na área é muito reduzida e falta um plano de combate aos incêndios.
Homepage
>
Notícias
>
Gerais
>
Dois anos depois do tombamento Horto Florestal continua sofrendo com queimadas