O diretor do Instituto Butantan, o batataense Dimas Tadeu Covas, assumiu a coordenação dos testes de coronavírus no Estado de São Paulo. Segundo publicado no Diário Oficial nesta quinta-feira, 2 de abril, ele passa a ser responsável pela Plataforma de Laboratórios de diagnóstico de coronavírus. Pelo texto, caberá à plataforma, além de realizar os testes, proceder avaliações técnicas para aquisição de insumos e definir protocolos de trabalhos. Com a medida, o Instituto Adolfo Lutz passa a ser subordinado a Dimas Covas.
Em entrevista à Globo News, o diretor disse que a mudança serve para dar agilidade aos trabalhos. “Eu tenho uma boa notícia em relação aos testes. Ontem, o secretário da Saúde baixou uma resolução que foi publicada hoje de manhã e colocou o Instituto Butantan como sendo o coordenador da Rede Estadual de Laboratórios e diagnósticos para o covid-19”, celebrou.
“Isso significa que nós vamos mudar muitos esses procedimentos, vamos agilizar todos eles e vamos dar uma dinâmica diferente à questão dos testes laboratoriais. Agora, como coordenador eu vou, imediatamente, fazer as versões para que todos os laboratórios que tenham pedidos de habilitação sejam habilitados”, explicou.
O Instituto Butantan aguardava há uma semana a certificação para começar a realizar testes para o diagnóstico de coronavírus.
Ante da criação da plataforma, a certificação tinha que ser dada pelo Instituto Adolfo Lutz, que é vinculado à Secretaria Estadual da Saúde.
Na quarta-feira o Instituto autorizou mais três laboratórios do interior paulista a fazer testes: Unicamp, Fundação Hemocentro e Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
As instalações de um novo laboratório no Instituto Butantan começaram no dia 25 de março. O espaço recebeu uma pipetadora e equipamentos de extração do RNA do vírus e de RT-PCR automatizados. O Butantan também já adquiriu os primeiros lotes de reagentes necessários para a realização dos exames e está implementando um software de rastreabilidade de amostras.
O coordenador afirmou que à frente da coordenação dos testes, irá ativar a rede da USP, que tem capacidade para realizar 45 mil exames por mês, e ampliar o turno das atividades.
De acordo com Covas Tadeu, o governo paulista negocia a importação de mais de 1 milhão de testes para ampliar a capacidade de diagnóstico.
“O estado de São Paulo vai importar um 1,3 milhão de testes. Neste momento nós estamos em negociação direta com o governo da Coreia. Esperamos que estes testes cheguem aqui ainda na primeira quinzena de abril”, afirmou.